Natural de Itacoatiara/AM. Nasceu em 24 de novembro de 1945.
Filho de Pedro Gomes da Silva e Olívia Maria de Arruda Gomes.
Casado com Maria de Fátima Oliveira Gomes. Pai de três filhos e avô de quatro netos.
Promotor de Justiça de Segunda Entrância aposentado.
Membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA): eleito em 18/08/1968 para a Cadeira nº 14, mais tarde renumerada para 26, sob o patronato do naturalista suíço Jean Rodolphe Agassiz; empossado em 25/03/1969 com recepção do Orador Oficial Padre Raimundo Nonato Pinheiro. Neste Sodalício exerceu os cargos de Secretário (1970/1971), Orador Oficial (2001/2002), Vice-Presidente (2003/2004), Presidente interino (2004) e Vice-Presidente (2017/2018, 2019/2020 e 2021/2022).
Membro da Academia Amazonense de Letras (AAL): eleito em 24/09/1999 para a Cadeira nº 20, patrocinada pelo polígrafo brasileiro João Ribeiro, e tomou posse em 14/04/2000, sendo recepcionado pelo acadêmico Robério dos Santos Pereira Braga. Nesta instituição exerceu os cargos de Tesoureiro (2004/2005), Secretário Geral (2006/2009), Titular do Conselho Fiscal (2010/2011), Adjunto de Tesoureiro (2018/2019) e novamente Membro do Conselho Fiscal (2022/2023).
Sócio efetivo da Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP) e da Associação de Escritores do Amazonas (ASSEAM).
Sócio correspondente do Colégio Brasileiro de Genealogia (CBG: Rio de Janeiro/RJ) e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGT: Santarém/PA).
Mentor intelectual da fundação, em 2009, da Academia Itacoatiarense de Lettras (AIL) e, em 2020, do Instituto Geográfico e Histórico de Itacoatiara (IGHI) – ambos em Itacoatiara/AM.
Leitor voraz e pesquisador experiente, iniciou a atividade de escritor aos 16 anos (1961) e lançou seu primeiro trabalho aos 19 (1965). Seu livro de estreia “Itacoatiara. Roteiro de uma Cidade”, prefaciado pelo historiador e então governador do Amazonas, Arthur Cézar Ferreira Reis, foi lançado em 5/09/1965, na abertura oficial da Rodovia Manaus-Itacoatiara (AM-010). O 18º livro de sua autoria, “As Pedras do Rosário”, foi entregue ao público no dia 31/05/2022, à altura de seus 76 anos e meio de idade. Efetivamente, são seis décadas de convívio com as letras amazonenses.
Oriundo de família numerosa, FGS começou a trabalhar aos 13 anos de idade. Em Itacoatiara foi doceiro, auxiliar de carpinteiro, carreteiro no Mercado Público, carregador na Usina de Beneficiamento de Castanha de I. B. Sabbá & Cia., jornaleiro, balconista, entregador de mercadorias e conferente de carga e descarga no porto da cidade; e, já em Manaus, após os 18 anos, atuou como balconista na firma J. G. Araújo & Cia. (1965), repórter policial cm “A Crítica” e colunista literário no “Jornal do Comércio”. Desde então desenvolveu atividades profissionais no serviço público e na iniciativa privada, como as de servidor concursado da Fundação SESP (Ministério da Saúde) em 1965/1970; assessor administrativo e jurídico da Santa Casa de Misericórdia de Manaus (1970/1976); assessor sindical e jurídico da CONTAG/AM (1974/1975); fundador e assessor da FETAGRI/AM (1975/1976); fundador e secretário executivo da Associação dos Hospitais do Estado do Amazonas (1974/1976); membro de Grupo Tarefa da Comissão Justiça e Paz da CNBB Norte I (1975/1976); assessor jurídico e fundiário da SEPROR/AM (1977); assessor parlamentar e chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do Estado (1977 e 1999/2005); executor do Projeto Fundiário Manaus e Advogado da Divisão Fundiária do INCRA/AM-RR, órgãos do Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrários (1977/1978); Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas, admitido por concurso de provas e títulos: titular da Promotoria de Justiça de Primeira Entrância da Comarca Judiciária de Itapiranga e, por substituição, em exercício nas comarcas de Silves, Maués e Itacoatiara (1978/1983); promovido por antiguidade à Segunda Entrância, foi titular da 8a Promotoria de Justiça, da 4a Curadoria Judicial, da Curadoria de Família e Sucessões e da 3a Vara Criminal – todas na Comarca da Capital (1983/1986); presidente honorário da Comissão Especial pró-titulação de terras do Município de Itapiranga (1979); consultor jurídico da Cooperativa Mista Agropecuária de Itacoatiara (1981/1984); disposicionado ao gabinete do governador do Estado do Amazonas nos anos de 1983/1984 e 1988/1989; consultor jurídico da Prefeitura Municipal de Itacoatiara (1989/1992); assessor jurídico da Câmara Municipal de Itacoatiara (1990/1991); assessor jurídico e coordenador do Núcleo de Questões Fundiárias e da Coordenadoria de Questões Judiciais da Procuradoria-Geral da SUFRAMA, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (1997/1999); e diretor/tesoureiro da Associação de Amigos da Cultura (2002/2009).
Em 1990, contratado pelas câmaras municipais de Itacoatiara, Itapiranga e Silves, redigiu os anteprojetos de Lei Orgânica dos respectivos municípios. Depois de ouvidos vários segmentos de sua população, discutidos e votados em plenário, referidos textos foram aprovados e transformados em Lei Fundamental dos aludidos entes federativos.
FGS concluiu o antigo curso primário e o ex-ginasial em Itacoatiara (1953/1964) e o de Magistério de nível de segundo grau no Instituto de Educação do Amazonas em Manaus (1965/1967). Fez o primeiro ano de Pedagogia na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da atual UFAM (1968) e graduou-se pela tradicional Faculdade de Direito (1968/1972). Participou de inúmeros seminários, encontros e cursos de extensão e/ou aprimoramento intelectual e profissional, tanto em Manaus (vários anos), como em Brasilia/DF (vários anos), São Paulo (1972 e 1973), Caxias do Sul/RS (1975), Recife/PE (1975), Rio de Janeiro (1975 e 1976), Cuiabá/MT (1977), Boa Vista/RR (1977), Macapá/AP (1998) e outros centros.
Na juventude participou de movimentos de política estudantil, fundou e dirigiu o jornal “O Idealista”. Secretário-Geral (1962) e Presidente (1963) do Grêmio Estudantal “Fernando Ellis Ribeiro”, da ex-Escola Comercial de Itacoatiara, nesta função liderou a campanha que resultou na estadualização do estabelecimento (decreto Ad Referendum da Assembleia Legislativa n° 57, de 14 de março de 1963, firmado pelo governador Plínio Ramos Coelho), que desde logo passou a ser Ginásio (e posteriormente Escola) Estadual “Dep. Vital de Mendonça”. Despontou no I Seminário de Estudos Educacionais do Baixo Amazonas, realizado em Itacoatiara paralelamente ao Congresso Anual da UESA em 1963, e foi orador de sua turma (1964). Em Manaus foi ativista do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito e articulista do jornal “Folha Acadêmica” (1968/1972).
Em 1966, ainda um estudante do Instituto de Educação do Amazonas, irrequieto e prenhe de civismo, assinou o livro de fundação do MDB, partido de oposição ao regime militar implantado no País dois anos antes. Posteriormente, integrando a chamada Ala Autêntica do PMDB, liderou em Itacoatiara a luta pela redemocratização do Brasil. Como partícipe dos movimentos Pró-Anistia e Eleições Diretas Já! saudou o presidente nacional do Partido, deputado Ulysses Guimarães, quando de suas visitas a Itacoatiara em 1976 e em 1977. Candidato da oposição à Prefeitura de Itacoatiara (1976) foi vítima de pressões políticas, econômicas, psicológicas e morais. Mesmo derrotado, recebeu nesse pleito o segundo maior número de sufrágios entre cinco concorrentes. Disputou novamente o cargo de prefeito municipal em 1982, sendo o mais votado com quase quarenta por cento do total de votos conferidos a seis candidatos inscritos. Sua vitória não foi reconhecida pela Justiça Eleitoral em razão da sublegenda, artifício jurídico aprovado pelo Congresso Nacional, à época sob a pressão do regime militar, para barrar a vitória dos candidatos majoritários da oposição em todo o Brasil. Em 1986 rompeu com o governador Gilberto Mestrinho, desligou- se do PMDB e se inscreveu no PSB para aderir ao Movimento “Muda Amazonas”. Participou das eleições proporcionais daquele ano, recebeu expressiva votação sendo diplomado 3o suplente de deputado estadual. Reassumiu suas funções no Ministério Público Estadual e em seguida delas desligou-se para concorrer às eleições de 1992 pelo PST, sendo eleito vereador à Câmara Municipal de Itacoatiara. Empossado no ano seguinte e logo integrado à bancada da oposição, promoveu intensa batalha parlamentar em prol da ética e contra os desmandos políticos. Em meados de 1995, ainda que houvesse transcorrido apenas a metade de seu mandato, por desencanto renunciou à vereança e desligou-se definitivamente da atividade político-partidária.
Ocupado em estudar e divulgar a trajetória histórica de Itacoatiara, sempre se pautou pela intransigente defesa da cultura municipal. Uma clara, fortíssima vocação telúrica o motiva e conduz a estar sempre e permanentemente a serviço da comunidade onde nasceu. O Blog de sua propriedade, “Itacoatiara história e cantigas” (www.franciscogomesdasilva.com.br), é um interessante veiculador da Cultura da Amazônia. Igualmente reconhecido por proferir entrevistas e palestras em sua cidade, na capital e fora do Estado, FGS é citado e bibliografado nas obras de dezenas de autores regionais e nacionais.
Dentre outras, recebeu as seguintes homenagens: Em 7/12/2004: Comenda “Ordem do Mérito Legislativo”, na categoria Mérito Especial, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Em 3/10/2013: Placa de “Festejo e Aplauso Cultural”, da mesma instituição. Em 15/12/2014: Medalha do “Mérito Cultural Dr. João Valério de Oliveira”, da Câmara Municipal de Itacoatiara. Em 25/03/2019: Diploma do “Mérito Jubileu de Ouro”, do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.
Em 29/05/2021: Apresentação do Documentário cinematográfico “Francisco Gomes da Silva – Traços Históricos e Biográficos”, de autoria do pesquisador e documentarista Thyrso Munhoz, no Auditório do Colégio Jamel Amed, sob o patrocínio do Instituto Geográfico e Histórico de Itacoatiara (IGHI) em cooperação com as Secretarias Municipais de Cultura e Educação, da Prefeitura Municipal de Itacoatiara (PMI).