Manaus, 3 de julho de 2025

É necessário que nos municiemos de muita força espiritual, porque só força física é pouco

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É necessário que nos municiemos de muita força espiritual, porque só força física é pouco, para enfrentarmos os dias atuais carregados de amargura, revolta e desesperança, com a nossa cidadania ofendida e o nosso país afundado nessa corrupção sistêmica, cuja apuração teve começo mas parece não ter fim. Vivemos tempos de desordem social e gangsterização de políticos, com exceções e de empresários, com exceções. Situações estranhas acontecem no nosso país, nestes tempos de banalização dos maus costumes na política, de desvalorização da vida humana, de roubo de dinheiro público que faz falta à saúde, à educação e outras necessidades, e à segurança pública, que se transformou mesmo em tragédia nacional. Vejamos o que aconteceu no estado do Espírito Santo, há pouco tempo, onde os policiais militares fizeram greve, afrontando a Constituição, que veda a paralisação da categoria.

Mas naquele caso, a greve foi feita pelas esposas dos militares, que proibiram os maridos de saírem do quartel. Que coisa ridícula foi os militares demonstrarem mais obediência às suas esposas do que à disciplina legal de regência da atividade de interesse público que exercem. Penso que se fossem obedientes às suas mulheres só em casa, no dia-a-dia doméstico, já seria suficiente, uma subordinação dos maridos a elas, sem necessidade de se instalarem nas portas dos quartéis, impedindo os seus maridos de saírem para trabalhar, e teriam evitado a morte de mais de 140 pessoas.

Se a moda esdrúxula pegar, e os policiais não trabalharem porque as mulheres não permitem, o país vai parar, por falta de segurança. Aqui em Manaus, há pouco tempo também, um fato muito estranho que merece comentário foi a liberação do pedófilo Adail da prisão domiciliar. O promotor e o juiz da vara de execuções criminais desconsideraram a má conduta do preso na prisão, esqueceram as várias crianças contra as quais ele praticou ofensas físicas e morais à honra e à mente dessas crianças, e reduziram a pena de mais de 11 anos para 3 anos, dando-lhe liberdade. Ainda bem que a instância superior corrigiu a decisão equivocada do juiz, com base do parecer do promotor de justiça. Outra situação incompreensível foi o governo do estado indenizar as famílias dos bandidos que mataram outros bandidos nas penitenciárias de Manaus, naquela carnificina que ocorreu no início deste ano, e não indenizar as famílias dos que foram assassinados pelos marginais mortos.

Estranho me pareceu a rapidez do pagamento, sem envolver a empresa que administra o presídio, para dividir o prejuízo do estado. O assunto mereceria uma discussão judicial. O conceito de segurança pública é genérico e não se restringe apenas ao ambiente carcerário. A Constituição protege a integridade física, moral e psicológica do preso, mas também prescreve que a segurança pública é dever do estado, para todos. O estado tem o dever de cuidar da segurança de todos, os presos e os  não presos. E essa empresa umanizzare, que já recebeu do estado mais de um bilhão de reais nos dois últimos governos, o que ela realmente faz nos presídios? Será que só serve para dar dinheiro a políticos, como noticiou a imprensa? E o que dizer da operação maus caminhos, que investiga a ação dos ladrões do dinheiro roubado da saúde, e ainda não vimos nenhum sinal de retorno do produto do roubo aos cofres públicos?

No plano nacional, as maiores autoridades da república estão citadas em atos lesivos ao patrimônio público, começando pelo presidente da república, o presidente do senado, o presidente da câmara, o presidente da comissão de constituição e justiça do senado. O Chefe do Poder Executivo, com as acusações dos empresários joesley e wesley safadões, ficou estremecido e insustentável na cadeira presidencial, e com isso a república se coloca numa turbulência política sem fim, alimentada por notícias diárias de atos ilícitos e graves cuja prática é imputada ao Chefe da nação. Está instaurada, assim, a desordem social e administrativa, passando pela política com a atuação dessas organizações criminosas de políticos e empresários, colocando-nos todos em estado de desesperança com o presente e o futuro da nossa pátria amada, salve, salve. Estamos realmente vivendo tempos de amargura nacional. Neste momento, a palavra de ordem é reagir, não permitindo pelo voto a volta a novos mandatos políticos desses destruidores do nosso país.

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