
*Francisco de Abreu Cavalcante
Pertence ao segundo livro “Maravilhas da vida” a ser publicado em breve.
I
Na imensidão do universo
Há muitos bilhões de anos,
Pequeno planeta ficou
Girando em torno de si,
Que em suma propriedade,
“Planeta Terra” se chamou.
II
As imutáveis leis da natureza
Levam-nos à identidade real,
Deus é Uno e Trino, de certeza,
Três em 1 é lei transcendental
Assim: presente, passado e futuro
Nos mostram o princípio universal.
III
A tecnologia em questão
Não me proponho mostrar,
Quero abordar simplesmente,
O que consigo observar
De forma bem transparente
Sobre o que desejo falar.
VI
Espero cantar, não só o Amor
Mas tudo que me convém,
As maravilhas do mundo
Estão em casa também:
Palavras, querer profundo,
Tudo mais que o mundo tem.
V
Ao falar em maravilhas da Vida
Deleito-me com grande emoção,
São coisas consagradas, divinas,
Mistérios do homem de bom coração,
Por isso quero mostrar, escrevendo
Os valores dessa doce paixão.
VI
Tento dizer somente o que sei,
Não obstante saber: “tudo que sei
É saber que nada sei”
Assim, digo o que sei. Se nada sei,
Nada digo? Não, não, algo penso que sei!
Então, falo somente aquilo que sinto.
VII
Compreensão, razão, Amor,
Trabalho, vida, bem ou mal vivida,
Juventude, saúde, até a dor,
Insetos úteis ou nocivos, natureza,
Um passarinho no chão, caminhar
E correr com iminente destreza.
VIII
Dor: angústia, sofrimento moral,
Tristeza, mágoa, piedade, aflição,
Tudo para o homem é essencial,
Piedade é algo que vem do coração
Dependendo de mero significado,
Pois, para tudo há uma razão.
IX
Sim, a dor nos é essencial, porque
Nos indica onde se pode encontrar
A enfermidade que nos incomoda,
Como e por que a deveremos tratar,
Entre outros sentidos importantes
Da dor, são espirituais a nos ajudar.
X
Inocente beleza, a “Mesa de Bar”
Tão simples refrão de sentido feliz,
Onde compõem-se sutilezas da alma
De quem amar, sempre quis,
Surgindo dali verdadeira poesia
Mostrando autêntico matiz!
XI
Cada um de nós ocupa um espaço
E dois não ocupam o mesmo lugar,
Há um corpo físico a separar;
O que você pensa é somente seu,
O que digo, que seria só meu,
Há alguém com o direito de julgar.
XII
Invejo os pensadores, na vida,
Homens famosos universais,
Verdadeiros abnegados,
Não vivendo em pedestais,
Cuidando da humanidade
Com suas descobertas reais.
XIII
Por que invejar, se é um pecado!
Acho que Deus vai me perdoar,
Seguindo meus pensamentos
Em almejando onde chegar,
De possuir tais conhecimentos
Para a humanidade ajudar.
XIV
Entrego-me em Tuas mãos, Senhor,
Para que um dia eu possa amparar,
Aqueles irmãos necessitados de Amor,
Mostrando-lhes o caminho a trilhar,
Retirando-lhes da desgraça e da dor
Para melhoria de vida conquistar.
XV
Ser abnegados para com seus irmãos,
Glorificando a vida em trabalhar,
Úteis nos momentos de precisão,
Daqueles necessitados cuidar,
Fazendo do trabalho adoração
Contente em sua ajuda prestar.
XVI
Das simples coisas no mundo
Que sequer nos permite avaliar,
Do solo de infinita grandeza,
Pequenas nascentes a brotar,
Favores da mãe natureza,
Em mananciais se formar.
XVII
Água, terra, flora, fauna e ar
Com milhões de espécies a viver
Para suprir a cadeia alimentar,
Onde o homem pode então obter,
Recursos lacustres e silvestres,
Para que não lhe deixe perecer.
XVIII
Água, alimento, suprimento
Sem o qual não podemos viver,
Se salgada, nos dá o sal da vida,
Se doce, nos induz a Vida manter,
Assim, pedimos a Deus para,
No mundo, a água permanecer.
XIX
A água, composto da vida
Que os seres vivos contêm,
No homem, é mais da metade,
Nos outros animais, também,
Dependendo sempre da idade
O percentual que cada um tem.
XX
Deus, Criador do universo
Tudo sobre a terra colocou,
Com um ínfimo pingo d’água
A natureza humana criou,
Como seus filhos amados,
Suas Criaturas, adotou.
XXI
Da terra o homem tira seu pão
E tudo mais a merecer,
Fértil sagrada alimentação
Para que todos possam viver
Na pobreza ou na riqueza,
A terra não lhe deixa perecer.
XXII
A terra dá tudo que se planta
Dependendo do nosso labor,
A terra é fértil, a terra é santa,
Devemos tratá-la com Amor,
Com brandura a cultivamos,
Dando a Deus sempre louvor.
XXIII
Seu subsolo é considerado
Como um grande purificador
Filtrando as águas servidas
Com elevados graus de calor
Tornando-a pura novamente
Com o seu devido valor.
XXIV
A flora de árvores robustas
Nascem da terra também,
Como as pequenas verduras
Para nossa alimentação vem,
Trazendo-nos seus nutrientes
Que a nossa vida mantém.
XXV
A fauna… Rica fauna brasileira!
Orgulho de nossa gente,
Água doce, o maior volume
Está em nosso continente,
Portanto, aqui podemos dizer
Que a fauna piscosa é evidente.
XXVI
Uma grande costa marítima,
Com 10.367 km. de extensão,
Nos empresta o 16º lugar no
Mundo, pra pescar com precisão,
Do Pará ao Rio Grande do Sul
De barcos, jangadas ou batelão.
XXVII
O pescado de Água doce
Nos orgulha sobre maneira,
Com milhares de espécies
Que oferecem as ribeiras
Dos rios da bela Amazônia
Nascentes das cordilheiras.
XXVIII
Das espécies pesqueiras existentes
Nos rios da Amazônia Ocidental,
Mesmo mencionando milhares
Jamais chegaria o seu total,
Algumas das mais conhecidas
Até no âmbito internacional.
XXIX
Um grande peixe de escamas,
2 metros, 50 kg ou até mais,
Pirarucu, no mundo conhecido
Peixe de considerado sabor,
Simplesmente assado ou cozido
Tem sempre estimado valor.
XXX
Entre maravilhosos peixes miúdos
Encontra-se o famoso jaraqui,
Considerado de grande importância
Equivalente ao bacalhau português,
Constatado comprovadamente
Ser um peixe rico em ômega três.
XXXI
Outra maravilha de nossos rios
É o conhecido e saboroso pacu,
Redondinho e muito gorduroso,
Assim como o compridinho aracu,
A curimatã e outros herbívoros
Comem raízes aquáticas e mureru.
XXXII
Dos mais populares daqui,
Conhecemos tucunaré, sardinha,
Pirapitinga, o popular tambaqui;
Aruanã, matrinxã, e a branquinha,
Que constituem na alimentação
Salutar, de peixe com farinha.
XXXIII
Entre os conhecidos peixes lisos
Ou de pele, há o saboroso dourado,
Preferido nos hotéis internacionais,
Como um prato muito bem classificado,
Não deixando o mais exigente a desejar
Especialmente nos restaurantes locais
XXXIV
Ò Deus de suma bondade,
Permita-me em Lhe pedir:
Conservai-me com essa lucidez,
Perdão se estiver a exigir
O desejo de mostrar outros poemas
Neste nobre idioma português.
*Poeta e professor aposentado, natural de Itacoatiara. Graduado em Letras, Língua Inglesa. Integrante do Coral João Gomes Júnior.
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