No sábado passado (25/03/2017), o Intituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) comemorou festivamente o seu primeiro centenário de existência. O badalado evento que teve lugar na sede do sodalício, à Rua Bernardo Ramos, 117, Centro Histórico de Manaus, foi prestigiado pelo governador do Estado, José Melo, autoridades civis e militares, vultos representativos da universidade, do mundo cultural amazonense, além da maioria de seus sócios efetivos – ou seja, mais de duas centenas de pessoas que lotaram a sala principal do sodalício. Na oportunidade, abrindo à histórica sessão, falou a professora doutora Marilene Corrêa, presidente da Instituição, seguindo-se-lhe o professor doutor Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e recém-eleito e empossado membro da Academia Brasileira de Letras, o historiador Robério dos Santos Pereira Braga, orador oficial da entidade, e o governador do Amazonas.
Após a tradicional sessão de fotografias e a distribuição aos presentes de exemplares da primeira Revista do Instituto, lançada em junho de 1917 e agora reeditada para marcar o evento – a cerimônia culminou com o oferecimento de um coquetel aos presentes.
Na noite anterior, sexta-feira, 24 de março, no mesmo recinto deu-se a conferência do presidente do IHGB que abordou o tema: “História e memória – a historiografia como construção epistemológica”, sendo ao final muito aplaudido.
O IGHA é a mais antiga instituição cultural do Amazonas e nasceu em 25 de março de 1917. Como bem citou a presidente Marilene Corrêa, na apresentação da Revista: “Criado por Bernardo Ramos e alimentado em cem anos por múltiplas contribuições dos seus associados e dirigentes, e pela sociedade do Amazonas, o IGHA chega em 2017 pleno de ideias, projetos, realizações. O fato de ter sobrevivido ao primeiro centenário indica que as estratégias de agregação superaram os desacordos e as investidas de desagregação. Venceram os esforços e tarefas de preservação do Instituto e de sua função maior de guarda da memória; venceram as disposições de indivíduos e grupos aptos para superarem suas diferenças e divergências em nome de um projeto maior em torno da Entidade, e de seu lugar institucional na história das ideias”.
O confrade Robério Braga, no posfácio da obra destaca “as figuras de proa do sodalício naqueles anos inaugurais: Bernardo Ramos, o presidente, era comerciante credenciado, egiptólogo, numismata, escritor e pesquisador (…); Antônio Bittencourt, ex-governador do Estado, em cujo período foi fundada a Universidade Livre de Manáos (…); Vivaldo Lima, médico, advogado, professor, desportista, político; Agnello Bittencourt, professor, ex-prefeito de Manaus, geógrafo, escritor (…); Ignácio Moerbeck, engenheiro civil (…). A estes se aliaram Hamilton Mourão, secretário-geral do Estado (vice-governador), promotor de justiça que depois seria juiz e desembargador; coronel Henrique Rubim, professor, diretor do Arquivo Público e à época vereador de Manaus (…) e jornalista; dom João Irineu Joffely, bispo do Amazonas; Alcides Bahia, deputado estadual; Sérgio Pessoa Filho; Manuel Francisco Machado, antigo senador e presidente da Província; João Baptista Faria e Souza, jornalista e pesquisador; e ainda mais José Chevalier, Adriano Jorge, Gilberto Frignani, Theógenes Beltrão, Raymundo Palhano, Adelino Costa, Sousa Brasil, Manoel Miranda Simões, Armando Ricci, Henrique José Moers, cônego Israel Freire da Silva e muitos e muitos outros que aderiram ao projeto e deram contribuição efetiva para a criação e instalação do Instituto, cujos registros se encontram nas atas publicadas nesse primeiro número da revista. Vale destacar que praticamente todos integravam a Maçonaria Amazonense, à época representada unicamente pelo Grande Oriente do Brasil”.
Na origem, segundo o seu primeiro Estatuto, o IGHA possuía um “número ilimitado de sócios” que, hoje, eleva-se a sessenta.
Sua primeira Diretoria esteve assim composta:
Presidente:
Bernardo de Azevedo da Silva Ramos
1º Secretário:
Agnello Bittencourt
2º Secretário:
Henrique Rubim
Orador:
Vivaldo Palma Lima
Tesoureiro:
Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt.
Diretoria do Centenário – Eleita para o biênio 2017-1018:
Presidente:
Marilene Corrêa da Silva Freitas
Vice-Presidente:
Francisco Gomes da Silva
1º Vice-Presidente:
Armando Andrade de Menezes
2º Vice-Presidente:
Humberto Figliuolo
Orador:
Robério dos Santos Pereira Braga
Orador Adjunto:
Max Carpentier Luís da Costa
Secretário Geral:
José Geraldo Xavier dos Anjos
Secretário Adjunto:
Abrahim Sena Baze
Tesoureiro:
Edinea Mascarenhas Dias
Tesoureiro Adjunto:
Paulo Pinto
Conselho Fiscal – Titulares:
Almir Diniz de Carvalho
Marita Socorro Monteiro
Arlindo Augusto dos Santos Porto
Conselho Fiscal – Suplentes:
José Roberto Tadros
Pedro Lucas Lindoso
Luís Carlos Bonates
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Uma resposta
Parabéns pela materia de nosso Centenário