Manaus, 16 de setembro de 2024

As Náiades e mãe d’água (I)

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Sobre magia e poesia

As antigas populações da Amazônia não conheciam a escrita. O acervo de sua experiência de vida era guardado na memória. A expressão literária, que é a primeira forma de registro da relação do homem com o mundo, fazia-se por meio da fala. Considero expressão literária as narrativas de lendas, mitos e costumes, que, enfim, constituem do ponto de vista imaterial, os documentos com que esses povos marcaram e marcam, em delimitadas áreas, a sua presença na região. A linguagem adotada nessas narrativas aproxima-se do estilo revelado pelos documentos ancestrais de todos os povos. São em regra manifestados em forma de poema. Revelam, ainda, o conceito já consagrado de que o homem foi criado e se desenvolveu por meio da palavra, da linguagem. É imensurável o tempo em que foram criadas. São narrativas parentas legítimas das narrativas dos livros remotos, desde os saltérios sagrados escritos na pedra. A sua veiculação, no caso da Amazônia, deu-se graças ao trabalho dos etnógrafos que as recuperaram e trouxeram ao nosso conhecimento. Vê-se que é singular nessas etnias a forma com que se relacionam entre si e promovem a boa convivência nos tempos de paz, embora ainda seja manifesta a carência de comunicação no contexto desse homem com a palavra falada. O Pe. Antônio Vieira (1608-1697) já observara que mesmo a língua falada por esses povos é de difícil percepção, confirmado por Varnhagen (1816-1878), ao examinar o problema linguístico dos povos primitivos nacionais brasileiros, que o idioma pra ticado por essas gentes remonta a várias antigas famílias linguísticas, levantando a hipótese de possuir raízes até no egípcio antigo.

Diz Vieira:

Por muitas vezes me aconteceu estar com o ouvido aplica do à boca do bárbaro, e ainda do intérprete, sem poder distinguir as sílabas, sem perceber as vogais e consoantes de que se formavam, equivocando-se a mesma letra, com duas e três semelhantes (…)

Para melhor fazer-se entender, eles usam os movi mentos do corpo, como se a linguagem dos gestos complementasse o processo de comunicação com as palavras. A manifestação da inteligência, entre os povos da floresta, carece da percepção lógica e se acode da emoção para dizer de como as coisas são vistas. As ideias são fortemente tocadas pelos sentimentos e por eles transfiguradas. A relação com a paisagem, que enfim condiciona o primeiro amazônida a definir e conferir nome aos fenômenos gera. dos pelas águas e pela floresta, várzeas e terras firmes, e determinar o nome dos animais da mata, dos peixes e das aves, num primeiro momento é tocada pela emoção. Uma palavra tomada como exemplo disso que estamos falando, é a palavra igapó,5 que designa uma área característica localizada às margens dos rios de água negra formada pelas enchentes, geralmente misteriosos e serenos, ensejo de tantos poemas movidos pelos motivos da Amazônia. A emoção é, ainda, expressa por meios complementares à palavra, à música e à dança, para mostrar a visão de mundo dessas etnias. Estabelecem uma forma de assimilação dos espaços habitados e sua biodiversidade, comandados por líderes guerreiros e espirituais. Revelam atitudes adotadas de acordo com os costumes, percebendo-se que, na organização social de alguns desses povos, os pajés assumem o comando da tribo pelo poder que possuem de interpretar os mistérios da vida, escolhidos por seus dons de ouvir os espíritos e narrar as histórias, verdadeiros xamãs e confirmam, nos rituais plantados nas tradições de sua gente, a aproximação da poesia com a magia. Thomson ensina que “a poesia desenvolveu-se a partir da magia”.

Hipóteses de comportamento mágico influem nas atitudes de poetas em todos os tempos. Há, por exemplo, fatos curiosos sucedidos à poeta contemporânea Cecilia Meireles (1901-1964) nesse campo. Desde a infância ela foi cercada pela morte. Perdeu os pais ainda menina e foi criada pela avó. Casou-se e, após o nascimento de suas três filhas, o marido ainda jovem pratica o suicídio, em um quarto da casa, onde sua filha mais velha, ainda menina, vai encontrá-lo morto. O seu nome de família possuía dois eles, Meirelles, forma que ela usou na assinatura de muitos dos seus textos. Certo dia apareceu-lhe alguém desconhecido e lhe recomendou que tirasse um dos eles do nome, e que ficasse apenas Meireles. Cecília fez assim, seus trabalhos passaram a ser assinados com um só ele e, a partir daí, cessaram as mortes inesperadas de pessoas próximas.

Outro fato curioso acontecido com ela deu-se em Lisboa. Nas suas funções de jornalista, marcara uma entrevista com o poeta Fernando Pessoa. O lugar escolhido foi o café A Brasileira, aonde o poeta ia todos os dias encontrar-se com os amigos, no Chiado, bairro boêmio lisbonense frequentado por intelectuais. Determinada a hora do encontro, lá estava Cecília Meireles a esperar o poeta de Mensagem. Ficou durante duas horas esperando e Fernando Pessoa não apareceu. Soube mais tarde que o poeta se recusara a sair de casa nesse dia, aconselhado por seu horóscopo.

Nas infusões da magia, ocorrem também os rituais de interação com a natureza e reorientação do destino. Há rituais acompanhados de canções e dança. A música é um elemento muito influente na comunicação desses povos. Os curandeiros da beira do rio e do meio da floresta em seus cerimoniais adotam o canto, a música, e gestuais rítmicos de dança. Nos ritos de pajelança e narrativas é comum, entre os Yanomami, a palavra cantada e por vezes, ilustrada com gestuais de dança.

A Dança da Chuva, por exemplo, oferece um quadro eloquente desses ritos mágicos. É uma prática adotada pelos povos primitivos em várias regiões do mundo. Ao chegar às terras brasileiras, os colonizadores encontraram esse costume entre as várias etnias que as habitavam. O objetivo da dança nesse cerimonial é chamar a chuva para ajudar na fertilidade do solo e na produção das boas colheitas. A dança é realizada em solo individual, em pequenos grupos, ou no geral da comunidade tribal, acompanhado de música vocal e percussão de tambores ou maracás, de acordo com a tradição das etnias. No rito são invocados os espíritos da terra e dos antepassados, para trazer nos pingos d’água a fartura da safra. Provocam a produtividade da terra e expulsam para longe os espíritos perdidos e prejudiciais ao planeta. Os dançadores representam, na caracterização cênica, mais de um dos espíritos que, no ritual, lhes concedem um poder superior. Acredita-se que a chuva restaura nos pingos d’água as virtudes dos antigos caciques e, ao cair no chão, acende a grande luta entre o espírito e a realidade.

Creem esses povos que a dança não pode ser executada fora de época e sem necessidade dos seus benefícios em relação à vida. A transgressão a essa regra, isto é, se for usada como simples exibição de prazer e diversão, pode acarretar aos infratores castigos imperdoáveis. Por isso é que o índio perguntou ao cidadão que lhe solicitara uma amostra da Dança da Chuva: por que hei de dançar se não preciso de chuva agora?

As especulações sobre a acepção do ritual da Dança da Chuva levam à primeira questão a examinar que é o seu sentido mágico e, como tal, distante da verdade concebida do ponto de vista racional. O que se diz é que, afinal, em bora não se beneficiem com as luzes da verdade explícita e imediata, esses atos influem, no seu formato subjetivo, no despertar da boa vontade e das boas intenções da comunidade na realização do trabalho. A colheita será bem melhor porque os ceifeiros creem que os bons fluidos recebidos dos seus ancestrais, evocados com a dança, prepara-os ao trabalho com maior disposição e alegria.

Há a compreensão de que a emoção estética também funciona como fonte de alegria na realização pessoal. Nas canções e ritmos da Dança da Chuva esses elementos revelam a experiência da beleza e estimulam as pessoas à realização da vida e suas obras.

Há momentos que as danças primitivas exigem dos seus dançadores coragem e desprendimento, para se usufruir dos seus bons resultados, como sucede ao Ritual da Tocandira, testemunhado numa aldeia de Ponta Alegre, da etnia Saterê-maué, localizada no alto rio Andirá, confluência dos municípios de Barreirinha e Maués, no Amazonas.

O que logo chama a atenção no contato com os elementos dessa etnia, embora preservem costumes fundamentais no seu comportamento como a realização do aludido ritual, é o fato de aqueles homens e mulheres não andarem mais nus, nem cobertos de tangas e cocares, como está registrado na sua tradição. Vestem-se com as prosaicas indumentárias do civilizado e se escandalizam quando lhes aparece por lá alguém despido no intuito de com eles se identificar.

A visita era formada por uma boa comitiva. No porto onde ancorou o nosso barco, fomos recebidos por um velho cacique. O poeta Thiago de Mello (1926), que era o nosso guia nesse momento, cumprimenta-o com um aperto de mão, um forte abraço e muita cordialidade.

O velho diz, então, ao poeta:

– Esta noite eu sonhei que você chegava e trazia para mim muitos presentes.

Na manifestação do seu desejo, aquele homem acostava-se ao visitante por meio de uma expressão mais próxima da poesia do que da esperteza. Parecia cobrar presentes ou manifestar surpresa com a prenda que era já a presença daquelas pessoas em sua vila naquela manhã.

Comunica-se num português definido, de forte acento caboclo marcante naquela região.

Mais tarde conversei com ele e me informei de que já estava afastado da atividade de cacique. Dizia-se muito velho para as funções de chefe. É agora uma espécie de conselheiro do seu povo e assim nos recebe na ausência do cacique, naquele dia em viagem para fora da vila.

Realiza-se então uma conversa maravilhosa, situada em níveis além da realidade prosaica, no terreno da invenção, da invencionice, (da mentira?), plantada em outra realidade, mundo da ficção, universo da poesia.

Coincidentemente, naquele dia, os Saterê-maué realizavam o Ritual da Tocandira, que acontece várias vezes ao ano, sem uma data específica predeterminada. É um cerimonial plantado nos costumes e na tradição desse povo e executado todas as vezes que é necessário proceder à iniciação dos rapazes da tribo, na passagem da adolescência à idade adulta. Não possui uma data fixa no calendário como acontece com a Dança da Chuva, realizada no tempo do preparo da terra à cultura e, depois, às colheitas dos alimentos do povo.

Desde a chegada à beira do rio, observa-se que as moças e meninas, as cunhantãs da tribo, trazem o rosto pinta do com largos traços escuros. O velho cacique me informa que aquela pintura é aplicada com a tinta extraída da casca da árvore do jenipapo6, simbólico nesse ritual. Possui o sortilégio de ser usada pelos jovens participantes da cerimônia, na crença de que empregada nas mãos abrandam a dor provocada pelas ferroadas das tocandiras.

Depois de subir a ribanceira fomos levados a um espaço coberto de palha, onde uns poucos jovens dançam cantando sob o ritmo dos chocalhos presos aos seus tornozelos.

Dançam em círculos um atrás do outro com as mãos enfia das em espécies de luvas tecidas de palha e forradas pelas tocandiras7, presas com os ferrões para dentro das luvas. Os participantes do ritual gemem num som profundo com a dor supostamente abrandada pela dança, pela percussão dos chocalhos e pela tintura da casca da árvore de jenipapo.

O velho cacique, então, na minha conversa com ele completa as informações sobre aquele ritual de sua tribo. Diz ele que após essa mortificação, os jovens são recolhi dos a um espaço escuro da maloca, onde curtem a dor das ferroadas das tocandiras que permanece por cerca de 48 horas, tomados de náusea e vômitos. No alto dos músculos dos braços eles são marcados para toda a vida, com o sinal dos bravos que são três riscos feitos com bico de gavião.

O ritual é destinado à afirmação do caráter, passagem da adolescência para a maturidade, com o que o homem fica apto a enfrentar os perigos da vida. Acreditam que após esse ritual o homem fica cheio de sorte na caça e na pesca, é beneficiado com a valentia dos chefes, fica imune a doenças e nem as cobras mais perigosas conseguem vencê-los com os seus venenos letais.

Por esse exemplo de coragem são apontados com reverência por onde passam e exercem intensa atração sobre as mulheres.

O velho cacique ao encerrar a narrativa fixa-me os olhos mareados de luminosidade e diz que ao longo da vida ele participara, voluntariamente, seis vezes do Ritual da Tocandira.

Na Dança da Chuva, nos procedimentos buscados na pura magia, percebem-se alguns sinais de manifestação religiosa na evocação do espírito dos velhos caciques e nos embates das forças sobrenaturais com a realidade. Caso que não se observa no Ritual da Tocandira, que não invoca nenhum sinal de interferência religiosa, como forma de elevação moral e orientador das novas atitudes a partir daí assumidas pelos homens e pela coletividade.

Na essência, portanto, essas práticas são exemplos da aproximação dos sensos de magia e de poesia no comportamento humano.

Para Thompson “a magia pode ser definida como uma técnica ilusória destinada a preencher as deficiências da técnica real”. As coletividades étnicas, dadas aos rituais da Dança da Chuva acreditam, assim, melhorar a plantação e a colheita das safras. Eles suprem, enfim, com essa atitude, os procedimentos técnico-científicos da agricultura na produção de alimentos.

Em termos de arte poética a técnica real está em metodologias como as lições de Jean Cohen, quando ensina que, no âmbito da poesia, “a linguagem pode ser analisada a dois níveis, fônico e semântico” 8. O verso e a poesia. O verso que se constitui de elementos rítmicos e sônicos de que não se pode prescindir o poema. Enquanto que a poesia não está condicionada à estrutura exclusiva do verso, visto realizar -se também por meio do verso livre e do poema em prosa.

Na linguagem há o raciocínio matemático. Princípios aplicados na elaboração do poema, o ritmo e a medida dos versos, a sonoridade das rimas tanto no poema em verso como no poema em prosa. No poema em prosa não se busca tanto, por desnecessária, a medida dos versos ou a sonoridade das rimas, mas não se abre mão do ritmo e da relação harmoniosa entre as palavras. É a emoção e a linguagem que Cohen situa nos dois níveis de sentido fônico e semântico,

A poesia, portanto, como forma de linguagem, se manifesta por meio desses dois níveis de conhecimento. O sônico se explicita no verso que pode ter ou não ter poesia, isto é, pode ter ou não ter valor expressivo quanto à formação histórica da palavra. A semântica é mais facilmente identificada no “poema em prosa”. Por vezes o verso se ausenta do sentido semântico e se transforma em prosa versificada. Em verdade, o poema em verso só se realiza em plenitude quando na sua roupagem sônica ele guarda substância significativa. Páginas à frente voltaremos a esse tema específico.

A técnica ilusória da magia no mundo primitivo irmana-se à técnica acadêmica na realização da poesia.

A substância poética informada por seu conteúdo semântico, tal e qual como se observa na magia e no carisma dos rituais, nos despertam os valores mais recônditos do ser e possuem o condão de mudar a nossa vida, acender o entusiasmo e abrir caminhos. O prazer da leitura se completa ante um texto poético, um poema, porque isso eleva a pessoa a momentos ideais de perfeição e alegria.

Oradores há que em vez de fazerem a última revisão da matéria de sua fala antes de pronunciá-la, recolhem-se à leitura ou a lembrança de um poema, como um meio de assegurar o bom ânimo ao realizar a explanação dos temas abordados na conferência.

Conheci um político no Amazonas, Ruy Araújo (1900 1969), que mantinha um caderno de textos, por ele mesmo selecionados e indexados por temas, que consultava nas vezes que era chamado a falar, nos eventos de sua militância política. Dizia ele que teria de possuir conhecimentos enciclopédicos para discorrer de improviso sobre tantos e variados assuntos a que era solicitado. Por isso usava desse expediente. Mas em seus discursos ele não se dirigia tanto ao raciocínio, mas aos sentimentos dos seus ouvintes. Ele como que inspirava os pronunciamentos nos textos colecionados em seu caderno.

Entre determinadas etnias indígenas cultiva-se o costume de se preparar para as guerras postando-se os guerreiros um dia antes das batalhas, nas proximidades onde se vai dar a luta, e, por um dia se exercitam com gestos e sons vocais de fúria, como num ensaio geral do espetáculo do combate programado com antecedência. Assim se preparam para enfrentar o inimigo na guerra de amanhã.

No mundo civilizado antes das operações de assalto num embate bélico, os soldados entoam cantos de guerra, com que estimulam o peito ao fogo do amor a pátria, também chamado de patriotismo, e lançá-los à luta.

Na abertura das sessões solenes de posse de mandatários públicos ou no início dos torneios esportivos, as instituições promovem o canto do hino invocando os valores nacionais de cada povo, com que os atletas e os cidadãos preparam o espírito ao sucesso desses eventos.

Com a missão de incitar no coração das novas gerações o bem e o bom no crescimento das etnias, nas sociedades primitivas os anciãos se encarregam de passar adiante as próprias experiências de vida e a espiritual dos pajés, no comando dos rituais, de pais para filhos, na edificação dos padrões éticos seguidos pelo povo, como está explicitado no Ritual da Tocandira.

Predominam em sua fala os recursos estilísticos da metáfora. Usam a linguagem do teatro no gestual para indicar a derrubada de uma árvore, ou a onomatopeia no barulho do trovão (Biocca). Sua visão de mundo é essencialmente comandada pela magia e suas abusões, a um passo da poética. As águas das cabeceiras encachoeiradas dos rios constituem a fonte primordial da vida, na maior parte dos casos expresso em prosa, ainda que numa olhada poética do universo.

A poesia anunciada em versos constitui elemento reservado aos procedimentos daqueles rituais mágicos e se completa por meio da repetição de ruídos vocais, sem palavras inteligíveis, em ritmos despontados também nos movimentos da dança. Mas a maior parte da literatura apreciada desses povos deu-se a conhecer em prosa. Aos poucos os etnógrafos conseguiram, no convívio com eles, assimilar-lhes as línguas e traduzir-lhes os textos para um bom português. E assim constituiu-se o acervo que está todo lançado em prosa, poema em prosa ao revelar a experiência humana dos primeiros amazônidas.

O povo Yanomami, conforme relato de Ettore Biocca,9 vive em grandes malocas em forma circular. O seu dia a dia transcorre numa rotina essencialmente poética. As mulheres se reúnem com as crianças em suas atividades domésticas em aposentos parecidos a camarotes de uma plateia de teatro, e deixam o centro da maloca transformado em palco para a movimentação dos homens na preparação das suas atividades externas na floresta e no rio. Eles partem e voltam em grupos distintos, de tal forma que o centro da maloca jamais fica vazio. Comunicam-se por meio de gestos e palavras cantadas, transformando o ambiente num autêntico teatro, que se completa com as mulheres dedica das às suas atividades e as crianças às brincadeiras, mas ao mesmo tempo apreciando o espetáculo.

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5 “la’po” charco, pântano coberto de mato. Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem Tupi António Geraldo da Cunha (1924). São Paulo: Melhoramentos, 1982.

6 Fruta nativa da Amazônia, cujo nome, jenipapo, significa “fruta que serve para pintar.

7 Formigas com 25 mm de tamanho, muitas vezes maior que uma saúva operária, aquelas for migas que carregam pedaços de folhas trituradas para a sua cova, de cor preta ou castanha e veneno poderoso, encontradas na Amazônia. Sua ferroada é mais dolorosa do que o ferimento de uma bala, fato que lhe definiu o apelido de formiga bala.

8 COHEN, Jean (1946). Estrutura da linguagem poética. Tradução de Álvaro Lorencini e Anne Arnichand, São Paulo: Cultrix, 1978.

9 Ettore Biocca (..), professor de parasitologia e antropólogo italiano, vinculado à Faculdade de Medicina de Roma, em relato pronunciado na Faculdade de Filosofia do Amazonas, em 1965 sobre a expedição de um grupo de cientistas coordenado por ele nas terras Yanomami, etnia constituída caçadores-agricultores habitantes do Brasil e da Venezuela, situada ao noroeste de Roraima e norte do Amazonas.

(Capítulo Primeiro do livro: As Náiades e a mãe-d’água, do autor).

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