Manaus, 22 de novembro de 2024

Jubileu de Prata (IV)

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Convencidos, cada vez mais, de que a política pública de cultura é construção coletiva, fruto de experiências, estudos técnicos, respeito às tradições e campo aberto para inovações e criações livres, populares e eruditas de todas as vertentes e manifestações, mantivemos o Festival Amazonas de Ópera sendo realizado a várias mãos, ampliando patrocínios e prestadores de serviço especializando-se em razão da convivência com técnicos e operadores advindos de outras partes do país e do exterior.

Ao mesmo tempo crescia a equipe da Secretaria de Cultura envolvida com entusiasmo: Ângela, Valdenice, Rejane, Alessandra, Mary, Nathália, Fabiana, Suelen, Castelo, Genésio Neto, Nazarene, Nazaré Águila, Ane Ruth, Ademar, Ray, Jeane, Erika, Sidney, Nestor, Maristela, Lucy, Janete, Ivete, Rosa Capote, Jennifer, Aline, Labibe, Vivian, Jandr, Fátima Campos, Francisco Neto, Ana Hilka…; no mundo das artes com Jofre, Ivonice, Conceição Souza, Juremir, Andrea, Denise, Carol, Josenor, Miqueias, Hillo, Kátia, Tamar, Monique, Adriana, André Paes, Getulio, Thiago, Eli Soares, Lucivan, Cacilmara…; no Teatro, com Marcela, Cândido, Daniel, Jane, Célia, Helen, Tabata, Rômulo, Juracy, Nilda…; para a produção e técnica chegavam Flávia Furtado – de reconhecida capacidade, dedicação e organização -, Cervantes, Clarisse Conti, e estrelados como William Pereira, Caetano Vilela, Rosa Magalhães, Gustavo Tambascio, Fábio Retti, Robert Driver, Francisco Frias, Allex Aguilera…, que valem por si e por aqueles cujos nomes não estão aqui referidos pelo curto espaço de jornal, mas foram de igual relevância para o sucesso crescente do Festival.

O volume de bens produzidos para a ópera e outros eventos exigiu a criação da Central Técnica de Produção para conservação de cenários, figurinos, sapataria etc., e redução de custos futuros. Pela dedicação e qualidade profissional, Marcos Apolo Muniz se credenciou a dirigir esse setor, emprestou seu nome à Central, fez-se arquiteto, especializou-se em cênica e direção de palco, e, por justiça, é Secretário da Cultura.

Desde os primeiros momentos o Festival mereceu apreciações de Nelson Porto, Mário Ypiranga, Áureo Nonato e Márcio Páscoa, dentre os estudiosos sediados em Manaus, e motivou especialistas de outros estados e países como João Luiz Sampaio, Lauro Machado, Nelson Kunze, os quais, cada um a seu modo, ofereceram importante contributo para sua evolução e consolidação.

O sentimento na equipe da SEC e de todo o governo era de sucesso, mas o espírito crítico e o propósito de construir o melhor, levou-nos a realizar várias pesquisas de opinião pública pela Universidade Federal do Amazonas. Na primeira, de 2006, por exemplo, os resultados foram: 85% eram assíduos no festival; 4,9% insatisfeitos com a organização; 65% reconheciam a projeção nacional; 69% a projeção internacional; 58,5% do público na faixa de 16 a 35 anos; 23% de outros estados; 6% de outros países; 69% reconheciam o festival como evento positivo para o Amazonas, mas estes ótimos indicadores foram ampliados nos anos seguintes.

Nova transição política foi transposta sem turbulência com a assunção de Omar Aziz ao governo (2010) e as ações em arte e cultura foram ampliadas, inclusive, por exemplo, com instalação do Liceu Claudio Santoro e a modernização do bumbódromo em Parintins, ampliação da Central Técnica de Produção em Manaus, criação dos cursos de teatro e audiovisual na UEA. Foi governo de prosperidade nas artes e na cultura.

O Festival era reconhecido com a concessão de prêmios nacionais, a presença de personalidades das artes e da política como Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva, merecia registros do Papa, com detalhes sobre as óperas de Richard Wagner, o povo lotava as récitas no teatro e em praça pública, mas, o meu coração se enchia de maior emoção quando os olhos lindos de minha adorada mãe e mestra experimentavam estas emoções, e, cheia de orgulho, ao beijar-me a fronte, sussurrava: “eu amo a vida”, esta que era uma forma de traduzir o belo e ensinar como superar as dificuldades.

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Abrahim Baze

Alírio Marques