Visões Fantásticas de Abya Yala
Um dilúvio se abatera sobre a Terra, o calor insuportável brotava e transbordava em todas as direções e lugares do planeta. Os mares e oceanos, furiosos, insistiam em não retornarem aos seus leitos naturais; o ar, insuportável e podre, fazia arder os pulmões daqueles que o tragava. O mercado de ações dos serviços ambientais não parava de subir; as commodities de clonagens eram as vedetes das bolsas de valores e dos grandes centros financeiros internacionais. Tinha clones para todos os gostos: clones duros, moles, saborosos, picantes, cheirosos, malcheirosos, caros, baratos, agradáveis, desagradáveis e até mesmo biodegradáveis.
A água artificial parecia não querer rolar em direção aos processos vitais à manutenção da vida; os solos insistiam em não mais obedecer aos estímulos dos produtos artificiais. Mas, imperturbáveis, as noites e os dias continuavam, como em épocas remotas, tendo suas marchas guiadas pelas estrelas e o sol.
As pessoas, as comunidades e os povos já tinham, com algumas dificuldades e com a ajuda da ciência e da tecnologia, se adaptados a essa nova realidade. Alegres e confiantes no futuro e num estado de promoção social mais generoso, eles sonhavam com o planeta mais saudável e autossustentável para as gerações futuras. Convocados pelas “autoridades mundiais”, eles se preparavam para mais uma grande batalha, uma guerra que parecia ser a última de nossa civilização. Um confronto onde se esperava resolver os principais problemas da humanidade.
Os meus povos originários e territórios eram a última resistência a ser vencida; o sudeste Asiático e a África central já tinham sido ocupados. Forças internacionais imperalistas já marchavam em direções aos locais mais estratégicos em meus domínios. Segundo eles, a minha floresta, centro de fornicação e guardiã da lenha sagrada, precisa ser protegida contra os povos indígenas e suas populações tradicionais, invasoras, que ali se encontravam sem nenhum testamento e direito sobre a posse de suas moradas, tão importantes para a sobrevivência da humanidade. A estratégia de ataque contra mim já estava definida.
Com ajuda de modernas armas nós, os combatentes invasores, tiraremos o céu dessa região. Tornaremos pelo tempo necessário, todas as suas águas podres e imprestáveis para a vida e impregnadas por odores pestilentos insuportáveis, como o do rio Tietê da cidade de São Paulo. Finalmente, infestaremos essas terras tropicais de produtos químicos que transmitam para o ar o cheiro da morte, como o emitido na cidade de Cubatão. Esperamos dessa forma, que, temporariamente, sem o céu, a água e a terra, matrizes de suas divindades, fontes dos códigos, mitos e de certas referências existenciais imprescindíveis às conformações de suas concepções de universo, os povos originários se rendam sem nenhuma resistência. E o mais importante, sem perda de vida humana. Destituídos desses arquétipos, as suas entidades divinas primordiais não têm como se manifestarem e de onde se irromperem. Eles [os índios] perderão as matrizes de suas maternidades e paternidades divinas, o sentido de suas origens. Para eles [os índios], a água precede toda criação e todas as formas, assumindo o papel de mãe do mundo, e a terra produz as formas viventes, encarnando a figura de mãe dos viventes e dos homens. Sem o céu, a terra e a água, automaticamente, eliminaremos o ar que sustenta a comunicação entre estes três agentes. Ar que constitui fonte da palavra e receptáculo da translucidade, da luminosidade, do frio… e do calor, segundo as culturas desses povos. Será o apocalipse para eles, pois as funções míticas e profanas dos céus, das águas e das terras, “e dos demais complementos”, ponderáveis ou não, que se encontram incrustadas nessas entidades, entrelaçam-se, dinamicamente, aos prazeres, aos desejos e às necessidades espirituais e materiais dos mesmos. Sem esta “metade” eles não conseguirão sobreviver, se entregarão rapidamente.
Se esta estratégia não funcionar usaremos o Plano II, dispararemos a bomba de nêutrons, pois ela é rápida em seus efeitos, não polui e elimina a vida sem destruir os bens materiais. A biodiversidade da região seria rapidamente reposta pela emergente indústria biotecnológica e seriam apenas 32 milhões de habitantes a menos na Terra, completa o jovem general Greenworld, uma espécie de Búfalo Bill do século 21, militante e comandante de incontáveis guerras ambientalistas, que esperava coroar sua carreira com a invasão e posse da floresta mais impenetrável e cobiçada do planeta. Greenworld só esperava os acertos dos últimos detalhes para completar o cerco e ativar o Plano I.
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Após abrir a Assembleia Geral dos povos de “Abya Yala”, Caloã, Presidente da Confederação Mundial dos Povos Indígenas (CMPI), expõe que a gravidade do momento exige a solidariedade de todos nós, grandes chefes dos povos indígenas, representantes dos costumes, tradições e culturas de diferentes nações do mundo. Agradecemos a presença dos representantes da África, Ásia, Austrália e Oceania, e das Américas que vieram nos ajudar. Há um mês, fizemos o último apelo aos governos, às igrejas e instituições multilaterais, o qual passo a ler para vocês, em especial o enviado à figura do Santo Papa Francisco, a saber:
Grande Chefe do Vaticano;
“Hoje, refletindo a história sombria do nosso passado, nossos olhos deparam somente morte, espoliações e destruição dos povos indígenas, instituídas em forma sofisticada, por meio de grandes projetos multinacionais. Empreendimentos que, sob a ótica do desenvolvimento sustentável do mercado, contribuem para o genocídio de centenas de comunidades indígenas espalhadas por este país e pelo mundo. Estradas, hidrelétricas, polos industriais de mineração, grilagens, desmatamento e queimadas, agrobusiness, e projetos militares são construídos para semear invasões, doenças, fome, miséria e morte. Nas últimas décadas, os detentores do poder econômico e político investiram em nossa desarticulação política, para melhor nos dominar e desapropriar dos nossos direitos, assim como na não-demarcação e não-garantia da posse de nossas terras. Em nome da modernidade, ciência, tecnologia e progresso eles invadem criminosamente nossos territórios, assassinam nossos líderes, envenenam nossos rios, destroem nossa natureza e ambientes naturais e tratam-nos como sub-raças, transformando-nos em estrangeiros dentro de nosso país… Portanto, Santo Papa, queremos que Vossa Santidade leve nosso grito de clamor por justiça aos outros povos do mundo, para que saibam que as nações indígenas, filhas de Abya Yala, estão desaparecendo.”.
Esperamos também que o Senhor intervenha para deter essa grande cruzada que os governos e os exércitos internacionais farão com o objetivo de nos expulsar de nossas casas, de nossas aldeias, de nossos territórios, de nossa Abya Yala. E mais senhor Papa, é preciso evitar mais este genocídio contra as nossas filhas e filhos, nossos povos, nossas culturas, e contra a humanidade.
Nossas organizações confirmam que à época dos primeiros contatos dos povos indígenas com os colonizadores, éramos mais de 1 mil povos representando em torno de 7 milhões de habitantes em toda Abya Yala pan-americana, dos quais 5.000.000 ocupávamos a correspondente parte da bacia brasileira. Hoje, somos 385 povos e pouco mais de 2 milhões de parentes sitiados em nossas aldeias, nesta mesma Abya Yala pan-amazônica. E lembramos Santo Papa, que mesmo quando vários povos já não possuem os seus idiomas, suas religiões e suas economias tradicionais, eles não deixam de ser indígenas, pois conservam suas identidades étnicas. E mais ainda Senhor Papa, estes mesmos invasores com o pretexto de defenderem a nossa natureza, depois de terem destruído a deles, se juntaram com facções de ambientalistas, agentes de grandes grupos financeiros, para transacionarem os princípios ativos e os segredos da vida das árvores, das plantas, dos animais, e os de nossa própria existência humana. Vossa Santidade sabe que para nós a natureza não tem preço, não tem valor econômico, ela é parte integrante e indivisível de nossa identidade cultural; sabe também que abominamos a avareza, a luxúria e a tristeza desses aventureiros que semeiam as guerras e os sofrimentos.
Estes mesmos senhores condicionam a sobrevivência da humanidade à internacionalização e à privatização de nossas florestas e rios, enfim, de nossa existência física e espiritual. Na ganância em multiplicar os seus lucros, não se empenham em construir um mundo fraterno e pluricultural, livre de preconceito, de discriminação, de desigualdades sociais e poluições. Fingem desconhecer a ação deletéria de suas concepções de mundo dirigida à destruição da perenidade da vida e da natureza como se a posse de uma região pudesse encobri-la e justificá-la.
Senhor Papa, conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em cada dia do ano de 2020, cerca de 65.000 crianças morreram de fome nos países pobres, em decorrência dos atuais modelos econômicos concentradores e excludentes, concebidos e implantados por esses senhores da guerra. O desaparecimento de culturas milenares é outra herança perversa desse modelo político. O linguista Michael Krauss sugere que metade dos 6.000 idiomas falados no começo do século 20 desapareceu; dos existentes, 80% só são falados por pequenos grupos anciões. Vossa Santidade sabe que nossas culturas abrigam mais de 10% das línguas vivas da Terra. Portanto, parte importante da história arqueológica e antropológica da civilização está sendo destruída, perdida definitivamente.
Dessa forma, nós reiteramos o pedido para vossa intervenção na construção dessa sinergia mundial pela nossa sobrevivência, assim como na divulgação e busca de novos parceiros amantes da paz. Comunicamos, também, ao Senhor que uma cópia desta carta foi enviada para todos os chefes religiosos, governos e instituições multilaterais.
Amazonas, 01 de janeiro de 2022
Assinado: Caloã, Presidente da Confederação Mundial dos Povos Indígenas (CMPI)
Considerando que após 1 mês, ainda não recebemos nenhuma resposta aos nossos pelos, e que os invasores se encontram prontos para agir, convoco e passo a palavra aos participantes desta assembleia para, em regime de urgência, discutirmos e propormos estratégias que protejam a integridade de nossos povos e territórios.
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Após ampla discussão, Caloã passa a ler aos presentes, as resoluções deliberadas na assembleia.
Diante das agressões e de possibilidade de nossa extinção, nos vemos no direito de:
Plano I: Com a ajuda de nossos espíritos xamânicos transportarmos “Abya Yala”, nossa mãe, e tudo que ela contém e a envolve, para os nossos lugares sagrados, pelo tempo necessário à nossa autopreservação. Comunicamos aos demais povos que durante este período, a quantidade média de 12×1012m3 (doze mil, trilhões) de litros de água deixará de circular diariamente pela atmosfera terrestre, quantidade de água suficiente para suprir o consumo diário da população do planeta.
Avisamos também mais de 20% das espécies arbóreas conhecidas pela humanidade ficará ausente do planeta. E uma grande quantidade do calor − devido a conversão de umidade em chuva, correspondente a 400 milhões de megawatts, quantidade de calor maior que a energia elétrica consumida diariamente por toda população da Terra −, deixará de circular pelas atmosferas terrestres. Isto esfriará e fragilizará as relações entre os povos e dificultará o esplendor pleno da germinação da vida vegetal nos campos agrícolas (…). Finalmente comunicamos aos grandes chefes mundiais que durante este período de ausência de nossa mãe, Abya Yala, uma quantidade de dióxido de carbono, CO2, em ordem de 500 milhões de toneladas deste gás, deixará de ser absorvida anualmente pelas nossas florestas, o que certamente acelerará o efeito estufa global e as mudanças climáticas, provocando transtornos incomensuráveis às diferentes formações e organizações sociais e econômicas globais.
Poderíamos nos alongar numa extensa lista de outros problemas que afetarão o “mundo civilizado” com a decisão que estamos tomando para proteger nossa querida “Abya Yala”, mas esperamos que estes sejam suficientes para fazer prevalecer a sensatez nas mentes e corações dos invasores. Se não funcionar, ativaremos o Plano II, o qual passo a descrever.
Plano II: Junto com nossos povos faremos uma longa viagem, na qual levaremos: as matrizes das vidas animal e vegetal; as formas geométricas e os sabores próprios da floresta, o doce, o amargo, e todas as demais combinações. Levaremos também algumas estruturas de pensamentos e tipologias do imaginário colonialista dos homens brancos que só nós sabemos decifrar; as diversidades de nossas sociologias e antropologias, e as poesias e os cantos de nossas culturas, das árvores, dos pássaros, dos peixes e dos animais.
Constitui nosso direito, também, levar todos os sons e silêncios da floresta, e os espíritos de tudo que existe na natureza, porque eles são criadores e criações de nossos povos. Carregaremos a lua, o sol e as estrelas do firmamento que têm nos acompanhado durante toda a nossa existência espiritual, e capturaremos e guardaremos, pelo tempo necessário, as noites e todos os espelhos das florestas.
Um longo vazio se abaterá sobre esta região, se o homem branco quiser que ele trate de construir outra “Abya Yala” e iluminá-la com o seu conhecimento e a sua ganância, mas nós nos negamos a participarmos desse empreendimento assentado na amoralidade e no dinheiro, no racionalismo mórbido e em atitudes predatórias e perniciosas. Mas, advertimos a esse mesmo homem branco, que nós resistiremos à sua invasão, até mesmo porque “Abya Yala” é o portal de entrada e de saída do destino de nossa viagem. Portal que constitui um mundo onde tudo começou e certamente onde tudo poderá terminar.
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Após longa ausência, meus povos, minhas vidas orgânicas e inorgânicas, e as suas respectivas representações materiais e simbólicas irromperam novamente no cenário mundial. Depois da trágica pandemia da covid-19 que assolou meus territórios matando milhares de meus filhos, em 2023 e 2024, milícias, locais e regionais, alinhadas a grupos econômicos e políticos regionais e nacionais queimaram porção significativa de minhas culturas e ambientes naturais deixando grandes cicatrizes em minhas entranhas. Minhas florestas sendo consumidas pelas labaredas das trevas, meus rios secando, meus povos adoecendo, minhas faunas e floras gritando de dor e sofrimento, meus territórios sendo vilipendiados, e minhas filhas e filhos ainda sendo assassinados por aventureiros e milicianos acobertados pelos poderes constituídos. Sempre digo às minhas filhas e aos meus filhos: tristes trópicos, resistam.
Ano 2050, em Manaus, capital do Amazonas, estado que constitui a principal morada de minhas florestas e rios, os painéis eletrônicos dos grandes laboratórios de bioindústria e do mercado de produtos ecológicos do general Greenworld confundem-se com o bonito Parlamento da Federação das Repúblicas Independentes dos Povos Indígenas de “Abya Yala”.
Figuras capturadas na internet, wikipedia.org, em 17.10.2024
Mas, a minha destruição continua. As pessoas, as sociedades, os forúns políticos e o mercado permanecem indiferentes à minha importância ao mundo e às generosidades que distribuo às gerações que constroem o ‘ser’ e o ‘estar’ do presente e do futuro.
Meus povos originários relatam que nas noites enluaradas uma senhora, bonita e altiva, cruza os céus de meus territórios ocidentais, em todas as direções. Viaja entronizada no dorso da cobra grande, em voos rápidos e rasantes. Vigilante, tudo observa e registra. Tem o dom de manejar as métricas temporais e espaciais, e descodificar e desconstruir as ações deletérias contra as minhas culturas e ambientes. Hipnotiza e encanta os ribeirinhos e os moradores em minhas florestas profundas. Enigmática e misteriosa, dialoga com todos os espíritos das florestas e dos rios. Lidera as estratégias de defesa aos meus territórios e às minhas culturas e sabedorias, difundindo-as além de meu universo existencial. Ao amanhecer, se recolhe nas profundezas dos rios e das florestas, nas essências e designs das naturezas, nas antropologias e nas culturas regionais. Os povos indígenas do alto rio Negro identificam esta entidade misteriosa e mágica, como o espírito de “As Amazonas”. Mulheres guerreiras e mães defensoras das florestas e dos rios; mães de “Abya Yala”. As minhas crianças e os jovens dizem que é o espírito da sustentabilidade, iluminando os meus ancestrais, as nossas vidas, e os nossos futuros. Uma entidade divina louvada pela ecologia integral do Papa Francisco.
As preocupações e apreensões sobre a minha vida plena me fazem acreditar nas crianças da sustentabilidade, que injetarão alegria, inclusão e justiça social, equidade, preservação ambiental e amor aos processos mundiais e ao futuro da humanidade. Caros leitores, venham me conhecer, pois meu futuro ainda é muito incerto.
Manaus, 11 de Outubro de 2024
Prof. Marcílio de Freitas
Texto, parcialmente, publicado no livro autoral “Nuances da sustentabilidade: visões fantásticas da Amazônia”.
Link para acesso:
https://www.amazon.com/dp/B0CFCPFRPN
II
Convite
Caro(a) leitor(a);
Bom dia. Reafirmo o convite para o lançamento de dois livros autorais “Sonhos de Miguel”, Editora Ipê das Letras, SP, e, “Amazônia nosso amor”, Editora Trevo, SP, às 10 horas de 9/11/2024, sábado. O lançamento acontecerá após a minha palestra “Religião e Sustentabilidade: Cuidando da Casa Comum”, programada para este mesmo dia, entre as 8h e 11h30, nas dependências da Faculdade La Salle, Dom Pedro. Este evento faz parte da abertura do curso de extensão intitulado “Conexões de Fé: Ecumenismo, Diálogo Inter-religioso e Sustentabilidade na Amazônia”, organizado pela Rede Ecumênica e Inter-religiosa Amazonizar em parceria com a Faculdade La Salle Manaus, e programado para acontecer desde 10/10 a 30/11/2024. Antecipadamente, agradeço a presença de vocês, e submeto breves comentários sobre estas duas obras autorais.
“Sonhos de Miguel” e “Amazônia nosso amor” são livros de esperança e amor às pessoas. Miguel é uma criança diferenciada, ama sua família e a humanidade. Não lamenta o pesado fardo civilizatório herdado das gerações que o antecedeu. Acredita na educação e na ciência e tecnologia como agentes de transformação das pessoas e da sociedade, mas sabe da importância da política e da economia como instrumentos estruturantes destas mudanças, que exigem novas formas, conteúdos, potências e estéticas civilizatórias. Em seus diálogos com os processos civilizatórios, Miguel privilegia em seu portfólio, grandes temáticas contemporâneas; destaca a sustentabilidade, as guerras, as pandemias, a mudança climática, a injustiça ambiental e as desigualdades sociais. Junto com seu avô, mostra novos caminhos nobres para as pessoas e a humanidade. Incorpora a Amazônia nesta grande jornada civilizatória e mostra porque ela é imprescindível ao Brasil e ao futuro da humanidade. “Amazônia nosso amor” é um tributo às culturas, aos povos e às ecologias desta região fantástica, que se encontra em processo de morte lenta e contínua. Preocupado, o autor, por meio de doze poemas, pergunta: Quem a salvará? Como? Quando? Estes livros propõem novas relações entre as pessoas, destas com a natureza e novos compromissos com a Amazônia e a humanidade.
Manaus, 1 de novembro de 2024
Marcílio de Freitas
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