Primeira de uma série de reportagens do autor sobre o Festival Folclórico de Parintins, onde esteve representando este Blog como Jornalista Credenciado pelo jornal “A Crítica”.
Começou ontem (28/06/2019) o 54º Festival Folclórico de Parintins, no Bumbódromo, onde os bois apresentaram para o Brasil, suas temáticas regionais. Na arena um clima de tensão que antecede a festa pela celebração dos povos da Amazônia, gerou nas galeras de Garantido e Caprichoso a ansiedade de sempre, esperando sempre a melhor apresentação do vermelho e azul, contrários na celebração tribal, em levar a melhor imagem do bailado corrido do dois pra lá, dois pra cá, para o mundo.
Na abertura do espetáculo estava sendo esperando o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio que teve três auxiliares presos pela Polícia Federal. Hoje pela manhã, 29, a imprensa brasileira aqui reunida, recebeu um comunicado que trazia a informação que ele encontrava-se no Acre. No entanto em face ao ocorrido ainda não conseguimos apurar se ainda viajará a Parintins para assistir a festa que, anualmente, as duas agremiações se esmeram para mostrar o melhor das tradições amazônicas, hoje reconhecida como patrimônio cultural do Brasil, tal a importância que adquiriu no Brasil e no mundo.
O Garantido com a temática Nós, o povo foi o primeiro a desfilar seus ícones. Diante da galera apaixonada dos perrechés, Paulinho Faria, apresentou Maria do Carmo Monteverde, filha do criador do boi da Baixa do São José que em seu discurso exaltou as qualidades de Lindolfo Monteverde, um simples pescador que fez uma promessa de ‘colocar’, todos os anos, o brinquedo de São João para celebrar a fé. Após cantar a toada Vermelho, afirmou que aquele momento era uma herança da resistência cultural que seu pai deixou. A sequência foi do espetáculo foi um sucesso. A toada de exaltação a mulher, foi o ponto alto da apresentação.
O Caprichoso foi o segundo a entrar na arena, totalmente lotada por turistas que vem, anualmente, prestigiar o folclore regional. A diáspora indígena amazônica foi incorporada por Davi Kopenawa, líder Yanomami e um dos principais da Amazônia em levar sua mensagem para o mundo sobre o desmatamento, a grilagem e as queimadas, a invasão de seus territórios e a não demarcação das terras indígenas, assim como fez Raoni em sua passagem por inúmeros países europeus. O Papa Francisco escreveu a bula Laudato Si, sobre o aquecimento global, na nossa casa comum, a Terra.
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