A mulher é um cromo que fascina,
um monumento cárneo, e até diria,
sem recorrer à “vã filosofia”,
que sendo humana é, também, divina.
Fê-la o rei do Universo, peregrina,
tecendo-a com amor, e a poesia
de pétalas de luz saudando o dia
no escrínio da manhã que se ilumina.
Deu-lhe belo perfil e em mago instante
pôs-lhe no olhar fulgor de diamante
e perfeição em toda geografia…
Fez-lhe restrição aos pêlos; com perícia
cumulou-a de beleza e de malícia
e dotou-a dos delírios da estesia.
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