Castanheira às margens da AM-10, próximo a Itacoatiara. Não existe mais: foi devorada por um incêndio possivelmente criminoso.
Poema recolhido da obra “Pedra Pintada (uma viagem à cidade da minha primeira infância)”, ainda inédita.
É uma castanheira antiga
de plantão à margem da estrada,
viu tratores e motosserras
cortarem as árvores altas.
Conserva o ar da floresta virgem
quando alimentava de frutos
os moradores desse mundo
antes de chegar o futuro.
Isolada ela está exposta
às tempestades da Amazônia
bem distante das companheiras
que só vivem bem quando juntas.
A árvore da estrada oferece
uma amostra da humanidade
que se vai ver no conteúdo
dos habitantes da cidade.