Manaus, 14 de setembro de 2025

A cruz de Montreal

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(Em homenagem aos missionários e missionárias canadenses com quem trabalhei em Itacoatiara).

Como não amar-te, linda cidade

de povo hospitaleiro, educado e sereno?

Como não amar-te assim,

recoberta de neve tantos meses ao ano,

mas transbordante de calor humano?

 

Montréal régia, real, de realeza cristã,

que acolhes hispânicos,  africanos, tantos outros

tangidos pelos imperialismos

e os encorajas, ajudas a lutar…

 

Mont-ráal, a tua luz vem de um monte real

ao qual o colonizador, hà quatrocentos anos,

ascendeu com fadiga

para ali implantar uma Cruz.

Cruz que hoje não é a dolorosa imagem

do explorador francês e do índio explorado,

mas é uma cruz que inspira vigor, libertação !

 

As árvores do “maple” estrelado-

– símbolo do Canadá- tremulam em tua bandeira

e sussurram nos bosques, parecendo saudar

a árvore da cruz de Montréal.

Cruz que não brilha só para os turistas

mas que, com sua força,

consegue reunir as duas línguas: o  francês e o inglês

e, apesar dos conflitos, – a alma canadense.

 

Foi o que eu vi na cruz de Montréal- a cruz de Cristo

de Alguém que desejou gravar num povo, eternamente,

Seu anseio de amor,

de paz e de justiça.

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