(Em homenagem aos missionários e missionárias canadenses com quem trabalhei em Itacoatiara).
Como não amar-te, linda cidade
de povo hospitaleiro, educado e sereno?
Como não amar-te assim,
recoberta de neve tantos meses ao ano,
mas transbordante de calor humano?
Montréal régia, real, de realeza cristã,
que acolhes hispânicos, africanos, tantos outros
tangidos pelos imperialismos
e os encorajas, ajudas a lutar…
Mont-ráal, a tua luz vem de um monte real
ao qual o colonizador, hà quatrocentos anos,
ascendeu com fadiga
para ali implantar uma Cruz.
Cruz que hoje não é a dolorosa imagem
do explorador francês e do índio explorado,
mas é uma cruz que inspira vigor, libertação !
As árvores do “maple” estrelado-
– símbolo do Canadá- tremulam em tua bandeira
e sussurram nos bosques, parecendo saudar
a árvore da cruz de Montréal.
Cruz que não brilha só para os turistas
mas que, com sua força,
consegue reunir as duas línguas: o francês e o inglês
e, apesar dos conflitos, – a alma canadense.
Foi o que eu vi na cruz de Montréal- a cruz de Cristo
de Alguém que desejou gravar num povo, eternamente,
Seu anseio de amor,
de paz e de justiça.
Views: 25