Pertence ao quarto livro “Miséria e Utopia no Terceiro Milênio” a ser publicado em breve.

*Francisco de Abreu Cavalcante
XXII
A política no mundo inteiro tornou-se
Profissão de elite, escusa e agradável,
Com base em antigas práticas amigas,
Fácil, e inescrupulosamente, rentável.
XXIII
Do ponto de vista liberal existente
O que todos querem, é bem fácil obter,
Devem manipular os devidos arranjos
Que os políticos, há tempos, sabem fazer.
XXIV
Clamo a Deus aqui pelos insensatos
Que agem sempre com má intenção,
Exercendo qualquer cargo político
Que lhe permite tais meios de manipulação.
XXV
Com certeza, a mão de Deus não faltará
Para acolher os famintos desamparados,
Assim como as leis divinas são implacáveis
A penalizar os responsáveis desalmados.
XXVI
Acho que os ricos do orbe terrestre
Têm obrigações no mundo a cumprir,
Sobretudo de amparar os infelizes famintos
Marginalizados, sem nada possuir.
XXVII
A riqueza dos homens inteligentes
É certo, Deus não a condena, não!
Apenas lhes dá por empréstimo
Para ser usada com sábia destinação.
XXVIII
Embora, embasado em triste utopia,
Que Deus, melhor, poderia classificar,
A existência de tantos multimilionários
Que vivem egoisticamente a esbanjar.
XXIX
A união de poderes políticos e bilionários
Determinados à miséria humana extinguir,
Eliminaria a pobreza existente no mundo,
Permitindo a vida sem mácula, prosseguir.
XXX
Ah! Se tal união de homens houvesse
Com intenção da miséria humana acabar,
Quem sabe Deus se sentiria feliz, e até
Mostraria os meios de o praticar.
XXXI
Conforme está nas Escrituras Sagradas:
Ainda vivemos no mundo de expiação,
Para, um dia, a vida no planeta se tornar
Livre da incompreensão.
XXXII
Dos sete bilhões de almas que vivem na Terra,
Presenciando egoísmo e divisão social,
Ricos saudáveis, Pobres miseráveis,
Um bom trabalho, nisso tudo, colocaria um ponto final.