Desde fevereiro do presente ano integro os respeitados quadros do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, onde passei a ocupar a cadeira de n°36, sob o patronato de frei José dos Santos Inocentes.
Tive o privilégio, também, de ter como primeiro subscritor de minha admissão no silogeu, secundado por Bernardo Cabral, Armando de Menezes, Francisco Gomes e Abrahim Baze, o inigualável mestre Antônio José Souto Loureiro, um dos mais expressivos, instigantes e completos historiadores de nosso Estado. Há duas semanas, bem a propósito, assisti, encantado, com um grupo de alunos do curso de Engenharia da UFAM, a uma monumental palestra sua sobre a temática Amazônica. E posso dizer, sem medo de errar, que foi a melhor aula que tive sobre a região em toda a minha vida! Tão brilhante que, depois de três horas, todo mundo queria mais. O encontro terminou com uma visita guiada por ele nas dependências da Casa de Bernardo Ramos.
Antônio Loureiro é mesmo um gigante. Já publicou dezesseis livros, a saber: Síntese da História do Amazonas, Amazônia 10.000, A Gazeta do Purus, A Grande Crise, O Amazonas na Época Imperial, Tempos de Esperança, Dados para uma história do GOEAM, História da Medicina e das Doenças no Amazonas, Amazonas, O Brasil Acreano, O Toque do Shofar I, História da Navegação no Amazonas, O Toque do Shofar II, Praças de Manaus, a Amazônia e o V Império, O Toque do Shofar III. E possui mais seis obras prontas para publicação. Vive sendo demandado para fazer palestras aqui e no restante do país. É, ainda, membro da Academia Amazonense de Letras, da Academia Amazonense de Medicina e presidente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, onde tem feito uma gestão austera, firme, e renovadora, conseguindo, ademais, atravessar o momento de crise por que passa o país como o grande José do Egito, previdente e lúcido, para manter a instituição de pé, sem ter que andar com o pires nas mãos.
Em 2017 o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas completará 100 anos de existência. É a entidade cultural mais antiga do Estado. Homens como Antônio Loureiro sempre a lustraram com trabalho, compromisso e dedicação. Por isto, tenho certeza de que, em nome dos demais consócios e da sociedade amazonense, posso dizer-lhe: “Muito obrigado, Professor. É uma grande honra ser seu contemporâneo”.
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