No processo natural do envelhecimento perdemos gradativamente as funções sensoriais (paladar, olfato, visão, audição e tato) assim como a força muscular e outras disfunções acumulativas no corpo que podem predispor às quedas na terceira idade.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, cerca de 30% dos idosos acima de 65 anos caem a cada ano e a taxa de mortalidade hospitalar devido a quedas corresponde a 55%.
Vários fatores de riscos predispõem a estes dados tão altos, vejamos, com o passar dos anos diminuímos a massa muscular e perdemos a elasticidade das fibras musculares ocasionando assim distúrbios de marcha e equilíbrio nos idosos. Estes por sua vez são acometidos por doenças crônicas como hipertensão, diabetes, doenças neurológicas, entre outros que podem dificultar a deambulação, ou seja, levantar e andar com velocidade e equilíbrio adequado, aumentando desta forma o risco de quedas dentro de casa.
Alerto também para a vigilância em idosos de idade avançada que fazem uso de diversos fármacos nesta idade, principalmente na ingestão dos benzodiazepínicos, neurolépticos e antidepressivos que podem afetar a função motora e sensorial do paciente.
A Osteoporose é outro indicador grave para o risco de quedas, afetando em sua maioria as mulheres ao entrar na menopausa, pois ocorre uma deficiência na massa óssea por diminuição dos hormônios.
Recomendo a todas as mulheres que no período do climatério já realizem exames de densitometria óssea para acompanhamento.
Além das causas clínicas, podemos citar também os fatores de riscos externos que oferecem perigo como ambiente mal iluminado,calçados inadequados, tapetes soltos dentro de casa, degraus altos, ausência de corrimão, casas não planejadas para o ” envelhecimento, disposição de , móveis com cantos pontiagudos, cores de paredes escuras, mudança brusca de moradia e outros aspectos que devem ser levados em consideração pela família.
Infelizmente muitos não possuem o conhecimento adequado e expões os idosos a estas situações de risco.
A queda no idoso pode ser fatal, pois ao ser lesionado o paciente pode apresentar fratura de osso longo, como por exemplo o fêmur, e demandar imobilização prolongada em leitos hospitalares gerando riscos de trombofilia pela diminuição de fluxo sanguíneo, além de ocasionar úlceras de contato e pressão na pele expondo-os a infecções generalizadas.
A melhor prevenção é o cuidado e atenção para evitar as quedas e investir sempre no estilo de vida mais saudável com atividades físicas moderadas para o fortalecimento muscular, assim como o acompanhamento médico anual para controle das doenças que afetam o equilíbrio e por fim a adaptação da casa para os idosos com mobilidades afetadas.
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