Manaus, 21 de novembro de 2024

Barro Verde

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– 1 –

Me assumi no barro
de capins e esterco
para o canto fresco
das manhãs da várzea.

Força-me no verso
– alguidar polido –
o cuidar do canto
e o talhar de estátuas.

Verde serás sempre
e compreenderás
o meu verso limpo
de capins crivado.

Tudo como for
sobre talhas flavas
de palavras novas,
concisas e claras.

– 2 –

Serás boa e rara
pedras concentrada
gotejando lascas.

Por ali vagavas,
borboleta intata,
como um cão de caça.

Pensaremos áticas
palavras exatas
para fixar-te.

Mesmo que desates
teus cipós aquáticos,
ficarás fundada

nesta folha parca.

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