– 1 –
Me assumi no barro
de capins e esterco
para o canto fresco
das manhãs da várzea.
Força-me no verso
– alguidar polido –
o cuidar do canto
e o talhar de estátuas.
Verde serás sempre
e compreenderás
o meu verso limpo
de capins crivado.
Tudo como for
sobre talhas flavas
de palavras novas,
concisas e claras.
– 2 –
Serás boa e rara
pedras concentrada
gotejando lascas.
Por ali vagavas,
borboleta intata,
como um cão de caça.
Pensaremos áticas
palavras exatas
para fixar-te.
Mesmo que desates
teus cipós aquáticos,
ficarás fundada
nesta folha parca.
Views: 35