Manaus, 21 de novembro de 2024

Bernardo, Frei José, Casimiro e Carolina.

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Uma das ruas mais icônicas do Centro Histórico de Manaus é a de Bernardo Ramos. Lá está situado o IGHA – Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas do qual eu tenho a honra e privilégio de ser membro efetivo. A rua já se chamou Rua de São Vicente, nome também da antiga ilha que denominava o local.

Todavia, Bernardo Ramos merece a homenagem. Arqueólogo, poliglota e numismata foi Intendente Municipal em Manaus e criador do IGHA.

Na Rua Bernardo Ramos temos ainda o prédio da primeira Loja Maçônica do Amazonas. A Esperança e Porvir, fundada em 1872. Além da Loja Rio Negro outra pioneira da maçonaria amazonense. No final da rua fica a sede do Nono Distrito Naval. No início dela fica o Arquivo Público e 29ª Circunscrição do Serviço Militar. A rua abriga ainda o BAHSERIKOWI – Centro de Medicina Indígena e o Instituto Amazônia.

Paralela a Rua Bernardo Ramos temos a também famosa Rua Frei José dos Inocentes. Outrora chamada de Rua do Trem. O que é um mistério porque nunca houve trens em Manaus. Houve bondes. Famosos e democráticos os bondes eram administrados e operados por conceituada empresa britânica. Também é justa homenagem ao Frei José dos Inocentes, paraense que viveu em Manaus na segunda metade do Século 18, onde exerceu a função de Vigário Geral.

Paralela a ambas temos o início da Avenida Sete de Setembro, que nasce na beira do rio Negro e se chamou Rua Municipal. E por falar na data, já é hora de lembrar e planejar os 200 anos da independência em 2022.

Mais abaixo temos a Rua Visconde de Mauá que homenageia o comerciante, industrial e banqueiro do Segundo Reinado. Mauá foi o grande responsável pela industrialização do Brasil no período do Império.

Para ligação entre a Rua Bernardo Ramos e a Frei José dos Inocentes temos o Beco Casimiro. Quem teria sido esse Casimiro?

Para se ter acesso a Avenida Sete de Setembro pela Bernardo Ramos é preciso tomar a Travessa Carolina. Não há endereços na Travessa Carolina. Apenas os muros dos casarões que vão de uma rua à outra.

Eu também me pergunto: quem teria sido Carolina que leva o nome da travessa que liga ruas tão importantes? Alguém que foi homenageada numa pequena travessa onde não mora ninguém.

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