
*Manoel Domingos de Castro
(Ao poeta de O Sermão da Selva, Max Carphentier -AAL)
Vivemos em amazonidade
Eu entendo, tu compreendes,
Muitas nódoas no ambiente
Desalegrias e sacrifícios,
Águas se afogando,
Fogos se queimando,
A vida escorre em suplícios.
A selva ainda respira,
Mas alguem sempre lhe tira
Parte do verde e da água…
É mágoa.
Entre a máquina e a floresta
Muito se emperra.
Quando nao é o calor,
É o lixo.
Outras vezes é a serra,
É o plástico do homem,
O bicho !
Bichos, árvores e lagos
Em sufocados prantos,
Sentem os desastres,
Pedem-nos socorro,
E nós em silêncio.
Bem aventurados,
Os que querem carphentiar !
Nao! Nao silenciem!
Salve o verde, salve o ar,
Carphentiem, carphentiem!