Manaus, 1 de dezembro de 2023

Carphentiar

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*Manoel Domingos de Castro

(Ao poeta de O Sermão da Selva, Max Carphentier -AAL)

Vivemos em amazonidade
Eu entendo, tu compreendes,
Muitas nódoas no ambiente
Desalegrias e sacrifícios,
Águas se afogando,
Fogos se queimando,
A vida escorre em suplícios.

A selva ainda respira,
Mas alguem sempre lhe tira
Parte do verde e da água…
É mágoa.

Entre a máquina e a floresta
Muito se emperra.
Quando nao é o calor,
É o lixo.
Outras vezes é a serra,
É o plástico do homem,
O bicho !

Bichos, árvores e lagos
Em sufocados prantos,
Sentem os desastres,
Pedem-nos socorro,
E nós em silêncio.

Bem aventurados,
Os que querem carphentiar !
Nao! Nao silenciem!
Salve o verde, salve o ar,
Carphentiem, carphentiem!

*Natural de Itacoatiara/Am. Poeta, professor e escritor. Membro da Associação dos Escritores do Amazonas (ASSEAM), da Academia de Letras e Cultura da Amazônia (ALCAMA), da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-amazônicos (ABEPPA) e do Movimento Internacional da Lusofonia ((MIL). Professor efetivo da UEA. Mestre e doutorando em Letras pela UTAD (Portugal). Fundador da Sociedade dos Poetas Porunguitás. Tem vários artigos publicados, além de 6 livros de poesia.

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