Manaus, 12 de dezembro de 2025

Casamento. Uma coisa!

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Tive um papo muito engraçado com tia Idalina domingo passado. Uma pessoa, já concursada como funcionária pública federal, que foi ao México assistir a Copa de 70. Com esticada em Acapulco. Não pode ter só 70 anos. Aliás, por ter ido passear em Acapulco já denuncia que titia não é mais uma menina. Ninguém vai lá depois de Cancun.

Mas o assunto não é esse. No prolongado bate papo via whats app, titia horrorizada, descreveu o casamento do sábado anterior. Filha de uma amiga de praia. Riquíssima. O marido ficou milionário quando ganhou uma licitação para vender quentinhas para o estado, município e presídios federais. O noivo também ficou rico de uma hora para outra. Montou uma startup e fez sucesso imediato. Dinheiro não falta. Mas falta bom senso.

Na decoração da igreja havia tantas flores que dizer que estava extravagante é elogio. Um mural verde com flores a esquerda tampava a Imagem de Nossa Senhora. A direita não se via a imagem do santo padroeiro.

Havia 60 casais de padrinhos. 30 do noivo e 30 da noiva. Um exagero. O noivo entrou com o Hino do Flamengo. O vestido da noiva levemente transparente e decotado. Segundo Idalina inadequado para um ato religioso. Dois cachorros vestidos de Flamengo entraram para as alianças. Que na verdade chegou por um drone.

A recepção foi num enorme salão transformado em Maracanã. Com trave, juiz e tudo. No placar FLAMENGO 5 VISITANTE 0. Os convidados recebiam a última versão da camisa oficial do Flamengo. Alguns convidados substituíram o paletó pela camisa. Outros recebiam o mimo com um leve constrangimento.

Uma banda liderada por uma cantora habitué do Domingão animou a festa até altas horas. A única coisa elogiável, de acordo com tia Idalina, foi o buffet. Comida e bebida farta e gostosa.

O bolo da noiva era tão gigantesco que os noivos sumiam nas fotos. Aliás. havia uma equipe fotografando e filmando para os noivos. Mas quatro casais de padrinhos também contrataram equipes de cinegrafistas. A grande quantidade de profissionais atrapalhou a celebração e deixou o padre celebrante irritado. A homilia foi sobre humildade e temperança. Os noivos não entenderam o recado. Mas alguns convidados sentiram vergonha alheia.

No final a cerimonialista desmaiou. Chamaram o SAMU. Como diria a saudosa Danusa Leão. Uma coisa!

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