Manaus, 27 de julho de 2024

Depressão Pós Parto

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Muitas vezes, logo após darem à luz aos seus bebês, o sentimento da jovem mãe não é de alegria É de tristeza, de desânimo. Os dias vão passando e tais sensações não cedem, dando lugar a um profundo desamparo. Os familiares não entendem, pois o bebê é saudável e a mãe deveria estar contente pela sua chegada, o que a deixa ainda mais deprimida. Estamos falando então de depressão pós-parto.Em primeiro lugar, é importante lembrar que depressão é bem diferente de tristeza, e que é normal que a nova mamãe se sinta um pouco assustada, triste, ansiosa, irritada, indisposta ou de mau humor nos primeiros dias após o nascimento do seu bebê. Isso porque toda a gravidez, e principalmente o parto, mexem bastante com o corpo, com os hormônios e também com o aspecto psicológico da mulher, ainda mais se ela é mãe de “primeira viagem”. É comum que, ao assumir essa nova identidade, a mulher se sinta insegura quanto ao seu desempenho nesse novo papel: o de ser mãe.Ser mãe é uma tarefa que exige um certo preparo por parte da mulher e do casal: eles têm que se reorganizar para a chegada dessa nova pessoa da família, pois, de fato, cuidar e criar uma criança exige muita responsabilidade, e toda a rotina do casal se modifica com a chegada de um bebê, mesmo que já tenha outros filhos. E como, no início, mãe e bebê ainda estão se conhecendo, é normal que ela se sinta apreensiva ou se sinta incapaz de cuidar bem desse bebê. Mas, com o passar do tempo, a mãe já vai reconhecendo quando o choro do seu bebê é de fome, de frio, e assim os dois já passam a se relacionar de uma forma harmoniosa. Principalmente no início, onde tudo é novo, a mãe deve ter um apoio, para que possa ir se fortalecendo do parto, não só fisicamente como psicologicamente.Porém, em alguns casos, essa tristeza e ansiedade iniciais não passam nos primeiros dias, e, se esses sintomas persistirem, podemos pensar em depressão pós parto. A depressão pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal, ou seja, a pessoa sente uma tristeza muito grande de caráter prolongado, com perda de auto estima e perda de motivação para a vida. Em casos mais graves da depressão pós-parto, algumas mulheres inclusive tentam o suicídio. Como isso ocorre numa época especialmente trabalhosa, com a chegada do bebê, toda essa sensação de insuficiência e incapacidade é canalizada para pensamentos de que a mãe não se acha apta para cuidar dele. Sente culpa por estar dando trabalho a outras pessoas da família e por não conseguir gostar do bebê como deveria.Se a família perceber que essa mãe está deprimida é hora de procurar ajuda. Geralmente, o tratamento é feito com um médico psiquiatra, que cuidará da medicação (caso seja necessário) e também com um psicólogo, que cuidará da parte emocional dessa mãe. O tratamento tem como objetivo não apenas melhorar a qualidade de vida da mãe, mas, sobretudo, prevenir distúrbios no desenvolvimento do bebê e preservar um bom nível de relacionamento conjugal e familiar. Em muitos casos, a mãe encontra-se tão deprimida que não consegue dar os cuidados e a assistência que um bebê pequeno necessita, e por isso o tratamento da depressão pós parto é essencial para que tanto a mãe quanto o bebê não sejam profundamente prejudicados. Então, se essa tristeza inicial, que é normal, não passar num período de quatro semanas após o parto, é recomendável que a família procure ajuda médica ou psicológica.Outro aspecto fundamental é que a mãe faça um acompanhamento pré-natal, pois nesse período receberá importantes informações e orientações do médico, que procurará dar à mãe segurança orgânica e emocional, facilitando o andamento da gestação, do parto e também do período pós parto.

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