Poema recolhido da obra “Pedra Pintada (uma viagem à cidade da minha primeira infância)”, ainda inédita.
Vamos dormir e acordar,
chegamos ao fim da viagem,
não vimos tudo em verdade
porque a nossa percepção
não permite que as imagens
saltem nuas sem enigmas
à nossa frente de graça,
sempre sobram emoções
que vão aflorar depois
enganando o que apreciaram
nossos olhos desvalidos.
Por isso fica um recado:
Não deixemos de voltar
à terra da nossa infância,
roseiral onde se plantam
as mais gostosas lembranças.
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