Manaus, 30 de junho de 2025

Devaneio

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*Francisco de Abreu Cavalcante

Pertence ao segundo livro “Maravilhas da vida” a ser publicado em breve.

I
Ao caminhar pela estrada
Deparei uma flor encantada,
Linda, muito linda, lindíssima,
Com certeza do céu caiu,
Sorridente olhou para mim,
E seu lindo olhar me atraiu.

II
Conhecida de meus amigos
Que me elogiando pra ela,
Pintam cores inexistentes
Que me fazem ter pena dela
Pelo exagerado perfil,
Pintado em forte aquarela.

III
Mas, de repente, a linda flor
Como por encanto, sumiu,
Em meus olhos, a sua imagem
Acendeu resplandecente pavio,
Resistente às tempestades
Como na terra, jamais se viu.

IV
Assim, Deus meu, permitais
O que estou aqui a dizer,
Ouvindo palavras tão doces
A cada novo amanhecer,
Advindas de bons corações
Até me fazem orgulhecer.

V
O ufanar de ser admirado
Me causa grande emoção,
Ainda pretenso, apoucado,
Sem méritos, só intenção!
Portanto, recrimino-me aqui
Pelo gozo de fértil imaginação.

VI
São tratamentos respeitosos
Que me fazem feliz a escutar.
Acolhedores e amistosos
De amigos esperançosos,
Bradando para que eu ouça,
Aos aplausos a ovacionar.

VII
Incentivo de amigo é sagrado,
Devemos de coração aceitar,
São palavras postulantes
Levando-me a acreditar
Em luzes ardentes, cativantes,
Com ela um dia reencontrar.

VIII
Nuvens brancas, céu azul
Que guardais nossos recados,
Dizei se continuo a procurar
A flor de perfumes consagrados,
Na esperança de poder compartilhar
Com ela, seus encantos detalhados.

IX
Céus, ajude-me a encontrá-la,
Não a deixe que me resvala,
Pro mais longínquo infinito
Onde não possa alcançá-la,
Prometo guardar segredo
Sem conflito, irei buscá-la.

X
Por isso peço mais tempo
Neste mundo permanecer
Em real entretenimento,
A busca de novo parecer,
E onde encontrar com ela,
A pérola do meu viver.

XI
Uma vida salutar e feliz
Ao seu lado sempre quis,
Expressar aquilo que sei
Do que a vida me ensinou,
Para a linda flor da estrada
Que só esperança deixou.

XII
Gostaria de dizer a ela
Que vivo a vida contente,
Olhando sempre pra frente,
Para onde quero chegar,
A buscar mister alento,
Em seus braços repousar.

XIII
O primeiro passo foi dado,
Para o que desejo obter,
Viver bem juntinho dela,
Só me resta Deus querer,
Está tudo em Suas mãos
Pra alcançar esse prazer.

XIV
Dizem os amigos assim:
“Trabalhas que chegas lá,
Vence as pedras do caminho,
Não te detenhas por cá,
Caminhas na direção
Que teu coração te dá!

XV
A ela, tua chegada é eminente
Ninguém a ti vai censurar,
O suporte de nossa gente
E tua força a te apoiar,
Nós todos bem sabemos,
Que ela está a te esperar.

XVI
Teu desejo é teu querer
Do que não deves prescindir
Faz o que tens de fazer,
Jamais penses desistir,
Ela está sempre em alerta
De porta e janela aberta”.

XVII
Tanto sei que isso é verdade
Que me faz deveras acreditar,
Sem sequer pensar na idade
Que estou prestes a chegar,
Pois tenho esperança contida
Tão logo podê-la abraçar.

XVIII
Mas ainda nem sei seu nome,
Tão pouco o que lhe dizer!
Ao chegar bem pertinho dela
Com mãos e pernas a tremer,
Espero não constrangê-la
Até, da emoção, me refazer.

XIX
Diante de evidente beleza
A um passo da paixão,
Com deveras ansiedade
Que arritmia o coração,
Do meu peito a propriedade
A íntima grande emoção.

XX
Mas ao estar junto com ela
Aí, tudo pode acontecer,
Com nossas vidas unidas
A cada novo amanhecer,
Vivendo as nossas vidas,
Até a morte é um prazer.

*Poeta e professor aposentado, natural de Itacoatiara. Graduado em Letras, Língua Inglesa. Integrante do Coral João Gomes Júnior.

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