Ninguém deseja morrer cedo, pois todos almejam viver cada vez mais e mais. Contudo existe ainda um forte sentimento no seio da sociedade que discrimina aqueles que tiveram o privilégio de alcançar a idade tardia.
Mas no dia a dia a maioria das famílias quer mais é se ver livre de compromissos com esta faixa etária. Se são hígidos ainda podem permanecer mais tempo no seio da família, contudo se não tiverem saúde, arranja-se mil desculpas para institucionalizá-los o mais precocemente possível.
E como isto se dá? Num passado recente quando a expectativa de vida era reduzida e não passava de quarenta anos de idade, a pessoa idosa só tinha acolhimento mesmo no seio da família se fosse muito rico. E ainda assim muitas vezes as famílias destes milionários faziam de tudo para interditá-los, ficando não somente com os bens materiais como também tratavam de se desfazer dos mesmos colocando-os em instituições de longa permanência e os esqueciam.
Hoje em dia como a população de idosos cresceu muito e no Brasil já somos mais de dez por cento com idade acima de sessenta anos, fato que trouxe como consequência deste aumento numa velocidade acima das expectativas, os direitos adquiridos junto a Constituição de 1988, que vieram contribuir para o conhecimento e a exigência destes direitos perante a sociedade e, sobretudo junto às famílias.
A situação começou a se modificar, mas ainda está distante do que se verifica em outras sociedades mais desenvolvidas, onde o respeito, o reconhecimento de que estas pessoas foram e são produtivas e por isso muito experientes e que ainda podem contribuir e muito pelo bem-estar geral de toda sociedade, se fazem presentes no cotidiano das famílias.
Mas no dia a dia a maioria das famílias quer mais é se ver livre de compromissos com esta faixa etária. Se são hígidos ainda podem permanecer mais tempo no seio da família, contudo se não tiverem saúde, arranja-se mil desculpas para institucionalizá-los o mais precocemente possível.
Idoso com demência senil ou Mal de Alzheimer, incontinente fecal e urinária dependente das atividades da vida diária e que perdeu a autonomia já é sério candidato a ser internado numa instituição de longa permanência, isso o quanto antes. E mais… a tendência è a família não arranjar mais tempo para as visitas periódicas. É triste, mas é a mais pura das verdades!
Por tudo isto estímulo a todos que tem pessoas idosas na família que se dediquem cada vez mais aos mesmos, pois é uma dádiva conviver com os mais experientes e que na maioria das vezes foram bastante tolerantes com todos os nossos equívocos ao longo das nossas vidas. Além de que teremos que torcer para que possamos envelhecer com qualidade de vida, que inclui sobretudo saúde e apoio familiar.