Manaus, 19 de junho de 2025

Entre floradas, uma mangueira ferida.

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*Pedro Lucas Lindoso

Estamos no mês de setembro quando começa a primavera e se comemora o dia da árvore. Pude observar que alguns ipês da Avenida Djalma Batista nos brindam com uma simpática florada. Um presente para Manaus nesta Primavera. Espera-se que seja a primeira de muitas floradas. Um presente da natureza aos cem anos do homem que dá nome à avenida. Amante da nossa biodiversidade, médico, cientista e grande conhecedor da Amazônia, Djalma Batista é merecedor. Além dos ipês, a Academia Amazonense de Letras e o IGHA – Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas também se reflorescem em homenagens ao grande amazônida e saudoso confrade.

Mas nem tudo são flores. Converso com Alcimar, taxista cujo ponto de apoio é na Estrada dos Franceses, em frente ao condomínio Ouro Verde. O rapaz está desolado. Há uma mangueira que além de bons frutos fornece aos bravos taxistas do local sombra reconfortante e acalentadora. Sombra tão necessária em nossa Manaus de clima quente e úmido. Desafortunadamente, algum “desconhecido do bem”, saiu cortando ao redor da frondosa árvore, envenenando-a.

Um grupo de indignados taxistas que fazem ponto no local resolveram se cotizar para tentar salvar a mangueira ferida. Foram a tradicional Casa do Campo, que se localizada na Avenida Djalma Batista, ora abençoada pela florada de ipês.

O solícito vendedor prescreveu um medicamento para salvar a mangueira vítima de um desatinado insano.  Garantiu aos taxistas que ela sobreviveria ao intolerável ataque sofrido.

Os taxistas desconhecem o malfeitor e não sabem explicar as razões do ato execrável. A mangueira continua sofrida e parecendo estar quase morta. O único conforto para a moçada do ponto é que o rapaz da Casa do Campo garantiu que a mangueira ficaria boa.

Se vivo fosse, o Dr. Djalma Batista ficaria feliz em ver as floradas na avenida que leva seu nome. Igualmente, contente pelas homenagens e seminários na Academia Amazonense de Letras.

Mas ficaria muito indignado em saber que há uma mangueira dolosamente ferida de morte na Estrada dos Franceses.

* Escritor amazonense, nascido em Manaus. Filho de José Lindoso e Amine Daou Lindoso. Ex-advogado do extinto Banco Nacional de Crédito Cooperativo – BNCC. Em 1990 foi nomeado diretor de Assuntos da Cidadania do Ministério da Justiça. Ex-procurador geral da Embratur-Instituto Brasileiro de Turismo.Ex-assessor jurídico da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Professor da disciplina Introdução ao Estudo do Direito. Membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.

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