Manaus, 21 de novembro de 2024

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Esteatose hepática. Este é um termo que tem origem na língua grega e que significa gordura no fígado. Normalmente o fígado acumula em torno de 10% de gordura, pois na partir desta gordura a glândula hepática fabrica a totalidade do colesterolendógeno, fração de gordura que por sua vez é responsável pela produção de alguns hormônios, cujo principal é o testosterona.

O excesso de gordura no fígado pode causar uma inflamação nas células hepáticas, os hepatócitos que quando inflamados teremos um processo denominado hepatite gordurosa, que destrói uma grande parcela de células do fígado dando origem a uma doença grave que é a cirrose hepática.

A principal causa do esteato-hepatite é o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Alguns desvios de saúde podem levar a esteatose hepática tais como: obesidade, aterosclerose, diabetes, certas drogas como corticoides, amiodarana, antirretrovirais, hormônios estrogênicos, diltiazen, tamoxifeno, além das desnutrição, principalmente em pacientes acima do peso que fazem dietas de baixa caloria com perda acentuada de peso em pouco tempo, ou que são submetidos às cirurgia bariátrica e retirada parte do intestino com derivações intestinais.

O sintoma de esteatose hepática é quase nenhum e a sua descoberta é quase sempre acidental após uma ultrassonografia e tomografia abdominal. Quando a quantidade de gordura está acima de 10%, logo deveremos fazer uma biopsia hepática para completar o diagnóstico.

O tratamento deve ser feito com o afastamento de todos os fatores de risco que foram os causadores do processo, pois não existe tratamento específico para esteatose. Logo, aconselhamos uma mudança radical do estilo de vida. Se o paciente for sedentário, deverá realizar exercícios físicos programados, se é obeso deverá perder peso lentamente, mais que dois quilogramas por mês. Se for alcoólatra, deverá parar imediatamente de beber. Se for diabético, deverá fazer controle rigoroso.

Certos medicamentos como losartan, xenical (orlistat), metiformina em não diabéticos tem sido experimentados, porém sem comprovação científica no controle da esteatose hepática.

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