“Celebrar 70 anos da FAEA é também reconhecer o trabalho e a dedicação de lideranças como a de Muni Lourenço, que vão adiante na abertura dos caminhos que levam a um futuro onde a agricultura amazônica é sinônimo de sustentabilidade, inovação e prosperidade”
É preciso revisitar e aprofundar o conhecimento sobre a trajetória de serviços prestados ao desenvolvimento regional na celebração dos 70 anos da Federação da Agricultura do Estado do Amazonas (FAEA). Trata-se de uma jornada que pode ser resumida sob o lema “Prosperidade, Inovação e Sustentabilidade na Amazônia”. É essencial destacar os avanços, desafios e o caminho a seguir para uma agricultura sustentável na região. A figura de Muni Lourenço, como presidente da FAEA, é emblemática nesse contexto, representando a liderança e a dedicação necessárias para promover a sustentabilidade e a prosperidade através da defesa, expansão e proteção florestal no exercício da agricultura na Amazônia.
Avanços e Conquistas
Sob a liderança de Muni Lourenço e com a participação de especialistas, pesquisadores e empreendedores, a FAEA conseguiu destacar internacionalmente a capacidade de empreendimento na Amazônia. Cabe recordar a presença da Federação da Agricultura do Estado do Amazonas na Conferência das Partes da ONU em Glasgow, Escócia, em 2021, uma cidade que foi escolhida para ser sede da Conferência do Clima devido ao seu compromisso e trajetória com a sustentabilidade.
Reflorestamento
Juntamente com o empresário Sérgio Vergueiro, que recompôs uma área de 4000 hectares no município de Itacoatiara com um plantio de 1,5 milhão de árvores de espécies amazônicas, incluindo castanheiras num projeto modelar de reflorestamento. Muni Lourenço foi demonstrar com esse plantio emblemático um testemunho do compromisso da FAEA com a sustentabilidade. O recado é global mas a prática é local e rotineira e nos permite entender e apoiar a agricultura amazônica, um avanço significativo e o reconhecimento da importância de nas práticas agrícolas que respeitem a biodiversidade e promovam a economia local de maneira equitativa e sustentável.
Desafios permanecem
Apesar dos avanços, os desafios permanecem substanciais. O setor primário ainda enfrenta uma falta de suporte consistente, tanto em termos de investimento financeiro quanto de atenção política. A necessidade de fortalecer o setor agrícola na Amazônia, promovendo tecnologias sustentáveis e práticas agrícolas que possam coexistir harmoniosamente com o ecossistema local, é um desafio que requer uma ação contínua e focada. E esta é a jornada da FAEA sob a batuta de Muni Lourenço.
Caminhos e atalhos
O caminho a seguir implica a implementação de uma abordagem holística para o desenvolvimento agrícola na Amazônia, que inclui investimento em pesquisa e desenvolvimento, com tecnologias sustentáveis e práticas agrícolas adaptadas à biodiversidade única da Amazônia. Isso também inclui o resgate e a valorização dos saberes tradicionais dos povos indígenas, que podem oferecer insights valiosos para a agricultura sustentável. Os atalhos da Ciência, por consequência, costumam clarear saídas e antecipar soluções.
Políticas públicas
É imperativo desenvolver e implementar políticas públicas que apoiem o setor agrícola, fornecendo infraestrutura, financiamento e incentivos para práticas sustentáveis na produção de alimentos e suplementos. Isso inclui o apoio a pequenos agricultores e cooperativas, fundamentais para a economia local.
Muni prioriza a educação e a conscientização. Para ele, é crucial ampliar a educação e a conscientização sobre a importância da sustentabilidade na agricultura, tanto para os produtores quanto para os consumidores. Isso envolve a promoção de um maior entendimento sobre o impacto da agricultura no ecossistema amazônico e a necessidade de práticas que garantam a prosperidade a longo prazo.
Cooperação internacional
Em suas incursões no chamado Primeiro Mundo a FAEA defende a necessidade de Cooperação Internacional. Por isso, é indispensável promover o diálogo e a cooperação internacional, como foi feito na Conferência das Partes em Glasgow, para garantir que a Amazônia e sua agricultura sustentável recebam o apoio e a atenção necessários no cenário global.
Celebrar 70 anos da FAEA é também reconhecer o trabalho e a dedicação de lideranças como a de Muni Lourenço, que vão adiante na abertura dos caminhos que levam a um futuro onde a agricultura amazônica é sinônimo de sustentabilidade, inovação e prosperidade. A jornada é longa e repleta de desafios, mas o compromisso com esses princípios é sagrado para garantir que a Amazônia continue a ser um exemplo de desenvolvimento inteligente, integral e integrado para o mundo.
II
Amazônia e a produção de drones no Polo Industrial de Manaus
“Os drones já são utilizados em diversas partes do mundo para fins de vigilância, transporte e mapeamento. Na Amazônia, seu uso pode ser especialmente transformador, dadas as dificuldades logísticas impostas pela vastidão e pela densidade da floresta.”
Numa visita de representantes do Conselho do CIEAM em 2015, à Embrapa Instrumentação em São Carlos, fomos conhecer alguns dos protótipos de drones ali produzidos e destinados ao monitoramento do agronegócio no Centro-Oeste do país. A intenção era levantar informações técnicas para elaborar o PPB, (Processo Produtivo Básico) exigência federal para produzir drones no Polo Industrial de Manaus. Quase uma década depois, as razões dessa visita ganham mais sentido, relevância e urgência. A motivação é prosaica. Os tempos mudaram e a premência do monitoramento da Amazônia – no combate ao desmatamento – virou pauta global e oportunidades de negócios.
Na contramão do desmatamento
A Amazônia, no contexto dos fenômenos extremos do clima, desempenha um papel vital na regulação do clima global e na preservação da própria biodiversidade. A crescente preocupação com o desmatamento e as queimadas nessa área crucial levou à busca de soluções inovadoras e sustentáveis. Uma dessas soluções é a promoção da indústria local que contribui para a proteção ambiental, sem abrir mão do desenvolvimento econômico. Eis porque, a ideia de priorizar a produção na Zona Franca de Manaus, especialmente a fabricação de drones, representa um avanço significativo tanto para a economia local quanto para os esforços de conservação da Amazônia.
Proteção da Amazônia
A Amazônia abriga a maior biodiversidade em uma floresta tropical no mundo. Além disso, desempenha um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas, absorvendo grandes quantidades de CO2. No entanto, atividades ilegais como o desmatamento e as queimadas ameaçam sua existência. A proteção eficaz deste bioma é, portanto, uma prioridade global, não apenas para manter o equilíbrio ecológico, mas também para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
ZFM como referência de inovação
A Zona Franca de Manaus é um polo industrial brasileiro que oferece incentivos fiscais para empresas locais e internacionais. A integração de uma linha de produção de drones neste polo pode ser um grande passo para a proteção da Amazônia. Drones equipados com tecnologia avançada podem realizar monitoramento contínuo, identificar atividades ilegais, mapear a biodiversidade e auxiliar na logística em regiões de difícil acesso. Além disso, a produção local de drones pode impulsionar a economia da região, criando empregos e promovendo o desenvolvimento tecnológico.
Drones: ferramentas de proteção e logística
Os drones já são utilizados em diversas partes do mundo para fins de vigilância, transporte e mapeamento. Na Amazônia, seu uso pode ser especialmente transformador, dadas as dificuldades logísticas impostas pela vastidão e pela densidade da floresta. Ao facilitar o transporte de pequenas e médias cargas, os drones podem ajudar comunidades remotas e fortalecer as operações de fiscalização ambiental que podem transformar as comunidades em aliados indispensáveis na luta contra o desmatamento e na promoção de um desenvolvimento sustentável e evolutivo.
Viabilidade e Sustentabilidade
Investir na produção de drones na ZFM não apenas se alinha com os objetivos de conservação ambiental, mas também apresenta uma oportunidade econômica viável. A especialização na fabricação de tecnologias limpas e sustentáveis pode posicionar o Brasil como líder em inovação ambiental. Além disso, a utilização de drones para monitoramento e logística na Amazônia serve como modelo para outras regiões do mundo enfrentando desafios semelhantes de conservação.
Cooperação Internacional
O sucesso dessa iniciativa poderia estimular maior cooperação internacional, atraindo investimentos e parcerias que beneficiem tanto a economia local quanto os esforços globais de conservação. O Fundo Amazônia é um exemplo de como o apoio internacional pode ser canalizado para ações concretas de proteção ambiental. A expansão desse tipo de colaboração para incluir tecnologias inovadoras como os drones poderia reforçar o compromisso global com a sustentabilidade.
A quem interessar possa…
Esta é uma bandeira comum, diretamente afeita à Suframa e ao governo do Estado, mas também uma oportunidade singular e decisiva para as empresas reafirmarem sua adesão a Nova Indústria Brasil, presença e protagonismo. A priorização da produção na Zona Franca de Manaus, especialmente a fabricação de drones e artefatos afins, é uma estratégia que vai unir desenvolvimento econômico e conservação ambiental. O investimento em tecnologias que apoiam a sustentabilidade e a proteção ambiental é um caminho promissor para o futuro, alinhando os interesses econômicos com a responsabilidade global de preservar nosso planeta para as gerações
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