No próximo dia 8 de setembro, fundada que foi em 1683, a cidade de Itacoatiara, no Amazonas, completará 340 anos de existência. Segundo dados do IBGE, censo de 2022, Itacoatiara é o segundo município mais populoso do estado, com 103.598 habitantes. Gostaria de prestar-lhe uma homenagem falando, ainda que em rápidas pinceladas, de pessoas, de um pouco de cultura e, também, de algumas de suas peculiaridades.
Itacoatiara é berço de ilustres personalidades do Amazonas. Cito, desde logo, algumas delas, muitas das quais queridos amigos e amigas, em nome de quem aplaudo todo o bravo povo da “Pedra Pintada”: Marinildes Costeira de Mendonça Lima, desembargadora, hoje aposentada, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM); Euler Esteves Ribeiro, idealizador e reitor da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FunATI), membro da Academia Amazonense de Medicina (AAM), da Academia Amazonense de Letras (AAL) e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA); Elson Farias, poeta, escritor, ex-secretário de estado e membro da Academia Amazonense de Letras (AAL) e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA); Márcia Perales Mendes Silva, ex-reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM); Cleuter Mendonça, ex-deputado estadual por quatro mandatos e pai do atual presidente da OAB-AM Jean Cleuter; Alberto Nascimento Júnior, Procurador-Geral de Justiça do Amazonas (PGJ); Antonio Ausier Ramos, diretor de edições da Secretária de Estado de Cultura (SEC); Raimundo Silva, juiz federal trabalhista aposentado; coronel Paulo Roberto Vital, ex-secretário estadual de Segurança Pública.
Dentre os falecidos, registro: Ozório José de Menezes Fonseca, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), professor de Ecologia na UTAM e da UEA, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e ex-presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR); Francisco Calheiros, professor, advogado e membro fundador da Academia Itacoatiarense de Letras (AIL); Oscar Ramos, artista plástico, designer e cenógrafo, destaque da arte contemporânea em nosso país; João Valério, deputado estadual, advogado e professor do Colégio D. Pedro II, em Manaus, cidade que tem uma de suas principais avenidas com o seu nome; e Vicente Mendonça Júnior, que foi deputado estadual, Procurador-Geral do Estado, presidente do conselho diretor da Fundação Universidade do Amazonas (FUA) e notável jurista na área eleitoral. É, de fato, um dream team, um celeiro de craques em praticamente todas as áreas do conhecimento humano, embora esse rol seja apenas exemplificativo, no qual incluo, por fim, entre os vivos, o amigo Arnóbio Filho, a quem não vejo faz tempo, mas que é um grato filho daquelas plagas.
Itacoatiara, ainda, é senhora de uma pujante vida cultural. Basta dizer, neste sentido, que o seu Festival da Canção, o Fecani, é considerado o maior do norte do país. A cidade abriga, de igual modo, duas entidades culturais robustas: a Academia Itacoatiarense de Letras (AIL), hoje presidida por Marusca Wisler Iannuzzi; e o Instituto Geográfico e Histórico de Itacoatiara (IGHI), cujo presidente é Claudemilson Nonato Oliveira. Aliás, o maior cultor de sua história, que merece uma estátua em praça pública, e eu o deixei para este tópico, para ressaltá-lo, pois ele encabeça a lista das personalidades que acima mencionei, é o grande Francisco Gomes da Silva, meu confrade da Academia Amazonense de Letras (AAL) e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), que é membro igualmente da AIL e do IGHI, autor de mais de uma dezena de livros, nos quais joga luzes, com o olhar criterioso do pesquisador, com a inspiração dos apaixonados por sua terra e com o talento e o entusiasmo do tribuno, sobre as coisas de sua amada Itacoatiara. Segue ele, à risca, o que ensinava Tolstói: “Se queres ser universal, começa por cantar a tua aldeia”.
Itacoatiara tem como cartão postal a Avenida Parque, que foi inspirada em Champs Elysées, de Paris. É o segundo maior PIB do Amazonas. Possui um importante porto fluvial e já foi visitada, como relata Gomes, em uma de suas obras, a qual tive a honra de prefaciar, por nove presidentes da República e cinco presidenciáveis. Tem, é claro, muitos problemas sociais. Qual a cidade que não os possui? Que a data, todavia, sirva de motivo para reflexões e para o traçar de melhores e merecidos rumos para a sua gente. São os meus votos. Viva, Itacoatiara!
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Uma resposta
Valeu, meu querido amigo e confrade.
Alegre e feliz ante a sua carinhosa manifestação rememorando a data magna de Itacoatiara. Você sempre generoso e cortês. Muito lhe agradeço, irmão. Paz e Bem!
Francisco Gomes da Silva