Manaus, 7 de setembro de 2024

Livros lançados. Seminário. Homenagens. 339 Anos da Cidade

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Na beneditina missão de pesquisar, escrever livros e destacar sua terra natal – tarefa que se autoimpôs como tarefa permanente, iniciada aos 19 anos de idade (1965) e prosseguida até os dias de hoje (setembro de 2022: véspera de completar 77 anos), o historiador Francisco Gomes da Silva é dono de uma invejável bibliografia: 18 livros lançados, sendo 15 sobre a História da sua cidade e 3 sobre outros temas, ou seja, mais de 3.900 páginas escritas.

Na verdade, Francisco Gomes começou suas pesquisas históricas aos 16 anos de idade (1961). Seu primeiro livro – “Itacoatiara. Roteiro de uma Cidade”, 1º volume da Série Paulino de Brito das Edições Governo do Estado do Amazonas – veio a lume em 1965. Prefaciado e editado pelo historiador e então governador Arthur Cézar Ferreira Reis (1906-1993), essa obra constou do programa de inauguração da Am-010 (Rodovia Manaus-Itacoatiara), em 5 de setembro do mesmo ano, em cerimônia na Câmara Municipal de Itacoatiara presidida pelo próprio Arthur Reis, à tarde daquele dia histórico.

Contados, até aqui, são 61 anos de atividade intelectual, período em que, ao tempo que se insurge contra o apagamento da memória amazonense e destaca sua cidade no panorama sócio-cultural, Francisco Gomes da Silva insere Itacoatiara na bibliografia universal. Além de 18 livros editados, o autor programa para os próximos anos lançar mais os seguintes: a) primeiro volume de Homens, Mulheres e Coisas de Itacoatiara. Uma Enciclopédia Municipal – (Verbetes de “A” a “L”); b) Itacoatiara: evolução do sítio urbano. Cronologia da Avenida Parque; c) segundo volume de As Pedras do Rosário: 1874-2022; d) Itacoatiara: administrações municipais; e) Súmula de História de Itacoatiara (destinada a alunos das escolas do Ensino Fundamental).

Lançamentos de Livros

  1. No dia 27 de julho de 2021, às 19:00 horas. Lançamento do livro “Euler Ribeiro. O Homem da Floresta Cidadão do Mundo”, com 130 páginas, da lavra de Francisco Gomes, em que o autor destaca a figura do homem público nascido em Itacoatiara, reitor da FUnATI e confrade do autor na Academia Amazonense de Letras e no Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. O acontecimento cultural realizou-se no auditório da representação local do SENAC, para onde afluíram autoridades locais e de Manaus, estudantes e professores, e onde, além do autor da obra, usaram da palavra o doutor Euler Ribeiro e o prefeito Mário Abrahim.

O livro sobre o cientista Euler tem Apresentação do historiador, acadêmico, professor e ex-secretário de Cultura do Amazonas Robério Braga e é prefaciado pela Professora Doutora Ivana Beatrice Manica da Cruz, da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Conforme a menção de Francisco Gomes, no texto introdutório, a obra destina-se “a homenagear o amigo Euler Esteves Ribeiro, à passagem de seu octogésimo aniversário. Um trabalho simples, espontâneo, em linguagem coloquial, que também tem o condão de contribuir para elucidar a brilhante trajetória desse grande político, escritor e cientista amazonense que se enfileira entre as figuras que deixaram suas marcas na história da Amazônia”.

Grupo de pessoas em frente a televisão Descrição gerada automaticamente com confiança média

Pessoas sentadas em cadeira de escritório Descrição gerada automaticamente

Grupo de pessoas em pé Descrição gerada automaticamente com confiança média

  1. No dia 18 de dezembro de 2021, às 19 hs, no auditório do SENAC em Itacoatiara: Lançamento de “Presidentes e Presidenciáveis da República em Itacoatiara”, 17º livro do historiador Francisco Gomes, com 276 páginas. A cerimônia contou com a presença de várias autoridades, entre elas o prefeito Mário Abrahim, o presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Galvão, e o bispo da Prelazia dom José Ionilton de Oliveira Lisboa. No plenário, professores, estudantes, membros do Instituto Geográfico e Histórico de Itacoatiara (IGHI) e da Academia Itacoatiarense de Letras (AIL), familiares e amigos do autor.

A obra leva o Prefácio do advogado, jornalista e escritor Júlio Antônio Lopes: presidente da Academia de Ciências, Letras e Artes do Amazonas (ALCEAR), membro da Academia Amazonense de Letras (AAL) e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA). Segundo Júlio Lopes, na obra “Francisco Gomes relata a passagem pela cidade de oito ex-presidentes e de cinco presidenciáveis, os quais, pelos mais variados motivos e circunstâncias, acharam por bem aportar na Velha Serpa. Em cada episódio desses é possível aprender um pouco mais sobre a história da região e sobre o próprio país, porque tudo se encontra contextualizado pela visão ampla e arguta do autor”.

Texto Descrição gerada automaticamente com confiança média

Pessoas assistindo músicos no teto Descrição gerada automaticamente

Auditório com pessoas sentadas Descrição gerada automaticamente

Grupo de pessoas sentadas em uma sala Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

c)      No dia 31 de maio, final do Mês Mariano de 2022. Lançamento do 18º livro de Francisco Gomes, “As Pedras do Rosário (Primeiro volume: 1683-1874)”, com 227 páginas. O evento teve lugar na Catedral Prelatícia, após a Missa de Entronização da nova imagem de Nossa Senhora do Rosário, cerimônia iniciada às 19 hs, celebrada pelo bispo dom José Ionilton e concelebrada pelo vigário padre Acácio Rocha. Na sequência, deu-se a sessão de autógrafos, à entrada da Catedral, que se estendeu até às 23:30 hs. daquele dia memorável. Aproximadamente 250 livros foram distribuídos aos presentes, gratuitamente, e outros 200 volumes o autor os doou à Prelazia, para venda e aquisição de fundos destinados às obras paroquiais.

Consoante o prefácio ao livro “As Pedras do Rosário”, da lavra do advogado e escritor Pedro Lucas Lindoso, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas, o autor “se apresenta com uma inspiração teologal”, decanta o caráter da religião que adota e na qual foi batizado, e pinta com as cores da pura realidade a formação histórico-cultural de Itacoatiara. Na referida obra, o simbolismo e a glória exaltam a crônica do Catolicismo; e o passado colonial da então futura cidade da Pedra Pintada exsurge-se com toda a força e imponência.

Na verdade, o livro “As Pedras do Rosário” especula sobre fatos da História Colonial de Itacoatiara reportando intercorrências do sagrado e do profano. Nele, Gomes da Silva reafirma uma luta de mais de seis décadas em favor da revelação de sua terra natal, sobretudo direcionada contra o apagamento da memória da Velha Serpa. Reitere-se que esse primeiro volume d’As Pedras do Rosário (1683-1874) trata dos fatos municipais ocorrentes desde o nascimento do núcleo originário da atual cidade, em 1683, à sua emancipação política, em 1874. 

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Homem cortando bolo Descrição gerada automaticamente com confiança média

Pessoas cortando bolo Descrição gerada automaticamente com confiança média

Mulher segurando bolo Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

 

I Seminário Sobre a Fundação de Itacoatiara-AM

Nos dias 21 e 22 de março de 2022. Início: 19:00 hs. Carga Horária: 4 horas. Palestrantes: historiador Francisco Gomes da Silva e professor doutor Claudemilson Nonato de Oliveira. Primeiro dia: Live Youtube – Biblioteca ICET/UFAM. Sob Coordenação da Bibliotecária e Pesquisadora Katiane Vieira. Segundo dia: Presencial, no auditório do SENAC. Em ambos os momentos, os palestrantes discorreram em profundidade sobre o tema, ratificando que a fundação do aldeamento que deu origem à Itacoatiara foi uma decisão geopolítica da Coroa de Portugal.

Realmente. Fundada em 8 de setembro de 1683 por padres jesuítas, a então futura cidade ingressou na vida cristã e civilizada dos europeus, como atestam vários autores seiscentistas e setecentistas, responsáveis pela historiografia, a crônica religiosa e a correspondência missionária, ricas em informações geográficas e etnográficas. Os documentos cartográficos que exibidos nesse Seminário, colhidos por cópia da Biblioteca Nacional Francesa (Fonte: Source Gallica.bnf.fr) confirmam, de uma vez por todas, a veracidade e cientificidade da tese ali exposta, que resultou na decretação da Lei municipal nº 404/2019, a ser reportada no final deste trabalho, oficializando o 8 de setembro como Data Magna desta cidade.

Pessoas com instrumentos musicais e microfone em cima de mesa Descrição gerada automaticamente

Grupo de pessoas sentadas ao redor de uma mesa Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

Pessoas sentadas em cadeiras Descrição gerada automaticamente

Homenagens Escolares 

a)      Pela Escola Municipal Maria Nira, no dia 25 de agosto deste ano, na Feira Literária Municipal. Segundo o convite firmado pelo professor Alexandre Rocha, gestor da referida Escola, Francisco Gomes da Silva foi escolhido pelo grupo de professores de Língua Portuguesa “devido à profusão de suas obras”. A reunião preliminar para as tratativas, ocorrida em 4 de maio último, contou com a presença do professor Jorge Alberto, coordenador de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). A Escola Municipal Maria Nira, uma das maiores de Itacoatiara, está situada na zona leste da cidade.

A homenagem constou de apresentações musicais, leitura de textos e exposição de fotografias – realizadas no período da manhã e à noite. Um problema de saúde que acometeu o homenageado, em Manaus, na véspera, impediu-o de viajar para Itacoatiara e, em consequência, enviou mensagem agradecendo e desculpando-se por não se fazer presente ao evento. O ponto alto da festa foi a apresentação e leitura do poema Mamorini, da lavra do professor, teólogo, músico e escritor Alexandre Rocha, celebrando o Cacique indígena da tribo dos Iruri, pioneiros habitantes de Itacoatiara.

Grupo de pessoas sentadas Descrição gerada automaticamente com confiança média

Grupo de pessoas sentadas em cadeiras Descrição gerada automaticamente

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b)      Pela Escola Municipal Osmarina Melo de Oliveira, no dia 26 de agosto, na Feira Literária Municipal (na parte da manhã), com a participação presencial e virtual de autores amazonenses. Além do historiador Francisco Gomes da Silva, os autores homenageados que tiveram suas obras lidas e interpretadas, foram Auricélia Fernandes (falecida), Éder Gama, Elson Farias, Rafael Neves e Wilson Nogueira.

A gestora da Escola, professora Vanusa Viana de Freitas, avaliou como excelente o desempenho dos alunos e alunas, que interpretaram as obras por meio de cartazes, peças teatrais e recitais. A Escola Osmarina Melo de Oliveira localiza-se no Conjunto Residencial Poranga, na Estrada Itacoatiara-Manaus (AM-010), há cerca de 5 km da cidade. Pelos mesmos motivos referidos no ítem anterior, Francisco Gomes não se fez presente à homenagem, que a visualizou diretamente de Manaus, via internet.

 Comemoração dos 339 Anos de Itacoatiara

A data magna de nossa cidade (8 de setembro) era, até pouco tempo atrás, desconhecida. Veio a público graças às pesquisas do historiador Francisco Gomes da Silva. Ou seja, só após o lançamento da primeira edição do livro “Fundação de Itacoatiara”, do referido autor, em 2013, o tema se popularizou, passando a motivar debates na Câmara Municipal de Itacoatiara. Em 2015, face a requerimento firmado pelo vereador Francisco Rosquildes, postulando o reconhecimento oficial da data natalícia, a Edilidade itacoatiarense, presidida pelo vereador Raimundo Silva, abriu Audiência Pública onde foram ouvidos o escritor-autor da tese, autoridades, professores, intelectuais (inclusive de Manaus) e membros da sociedade civil local. Com o lançamento, em 2017, da segunda edição de “Fundação de Itacoatiara”, os debates se ampliaram. Na metade daquele ano, já sob a presidência do vereador João Bosco Rodrigues, e tendo o vereador Aluísio Isper Neto subscrito o requerimento do colega Rosquildes, a Câmara realizou uma segunda Audiência Pública, e então os debates ganharam maior força, cresceram os elementos de prova (textos históricos de autores nacionais e internacionais, cartas jesuíticas, textos legislativos do período colonial, etc.).

Finalmente, em meados de 2019, estando na presidência da Casa Legislativa o vereador Aluísio Isper Neto, o Projeto de Lei ganhou corpo. Aprovado à unanimidade dos vereadores, transformou-se na Lei número 404, de 2 de setembro de 2019, promulgada pela Mesa da Câmara e sancionada pelo prefeito Antonio Peixoto de Oliveira, com a seguinte ementa: “Estabelece, no âmbito do Município de Itacoatiara, a data festiva municipal civil de 8 de setembro de 1683, alusiva a fundação, em 8/09/1683, da primitiva Missão Jesuítica que deu origem à cidade de Itacoatiara”.

A Lei 404/2019 foi regulamentada pelos decretos número 500, de 2 de setembro de 2021, e número 42, de 23 de fevereiro de 2022, ambos baixados pelo atual Prefeito Mário Jorge Bouez Abrahim, e referendados pelo doutor Procurador-Geral do Município Ramon da Silva Caggy.       

Ante ao acima exposto, no último dia 8 de setembro, Itacoatiara completou 339 anos de existência. Vindo de uma aldeia missionária criada pelos jesuítas em 1683, no Mataurá, afluente do Médio rio Madeira, e sucessivamente transferida para o rio Canumã em 1691, para o rio Abacaxis em 1696, para o Baixo Madeira em 1757, e para o atual assento à margem esquerda do Amazonas em 1758 – a primitiva Missão Jesuítica foi elevada à Vila, com o título português de Serpa, em 1º de janeiro de 1759, e finalmente recebeu o foral de Cidade, com o nome de origem tupi Itacoatiara, em 25 de abril de 1874, em razão da Lei provincial nª 283, da mesma data.

A Data Magna foi comemorada na noite do mesmo dia, ao redor da Árvore de Natal do senhor Manoel de Oliveira, à esquina da rua Benjamin Constant com a rua do Fomento, no bairro Araujo Costa. E mesmo a despeito do inexplicável silêncio das autoridades competentes, a Celebração de Itacoatiara aconteceu sob o embalo do Grupo Mureru e os aplausos de milhares de itacoatiarenses. Coroando à festa ao ar livre foram sorteados 20 livros sobre Itacoatiara, doados pelo historiador Francisco Gomes da Silva.

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