“Há um rio cuja torrente alegra a cidade de Deus…” Sl. 46,4
Minha mãe é um rio de águas grandes, profundas,
como “os caudais do Amazonas”.
É um rio que brotou da montanha que é Deus.
Veio trazendo os dons dessa montanha –
a coragem e a fé,
o amor e a esperança.
Veio rolando, se enriquecendo através dos anos,
com os afluentes das dores e alegrias
de que sua longa vida tem sido cheia.
Veio trazendo os dons para as cidades
que são seus filhos …
E estes recebem o influxo da torrente
que as fez nascer.
Essas cidades eram vilazinhas,
nascendo para a vida que vinha daquele rio.
Hoje são grandes e fortes,
e louvam o rio
que, passando, as beija.
Os rios dão vida às cidades
ou serão as cidades que dão vida ao rio?
É um rio que passa em nossa vida,
como diz a canção.
E a vida desse rio é uma canção …
É uma canção que o rio canta –
canção alimentada pelas chuvas de Belém,
pelo sol do Equador –
água da Graça,
sol da Eucaristia.
Canção da água da vida
que nossa mãe fez brotar e faz brotar,
de diversas maneiras,
sem cessar.
É um rio de longa história, que não pára …
E ele segue, incansável, o seu caminho,
cantando sua canção,
a caminho do mar,
do mar que é Deus.
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