Manaus, 1 de dezembro de 2023

Morenidade IV

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Na cor morena os olhos são vitrais

esplendendo fulgores diamantinos,

quando castanhos – credes? – são divinos!

Se negros, lembram gemas sensuais.

 

Vezes tingem-lh’os laivos florestais

de um verde intenso e brilhos hialinos;

se a bronze ou mel, refulgem, peregrinos,

são confeitos de humana catedrais.

 

Incrustados em plástica escultura

os olhos da morena são moldura

de cárnea perfeição e alta nobreza.

 

Vede, incrédulos! tendes rara e bela

a fulgir, cá na terra, humana estrela,

comandando dois sóis de igual grandeza!

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