Na cor morena os olhos são vitrais
esplendendo fulgores diamantinos,
quando castanhos – credes? – são divinos!
Se negros, lembram gemas sensuais.
Vezes tingem-lh’os laivos florestais
de um verde intenso e brilhos hialinos;
se a bronze ou mel, refulgem, peregrinos,
são confeitos de humana catedrais.
Incrustados em plástica escultura
os olhos da morena são moldura
de cárnea perfeição e alta nobreza.
Vede, incrédulos! tendes rara e bela
a fulgir, cá na terra, humana estrela,
comandando dois sóis de igual grandeza!