Paragem rara a prata nas escamas,
é o rio encrespado que que se aclara,
solidárias às asas das gaivotas
as águas se espreguiçam sobre a praia.
A prata nas escamas, peixe largo
nas caricias lavrado pela brisa,
abriga nos seus olhos as imagens
raiadas por um sol renascentista.
Nas nuvens as colunas voluptuosas
vagam paradas no ar, elas são dádivas
da vida que se estreita nos meu braços.
A prata nas escamas, as escumas
da noite se dissolvem com as sombras,
miragens, inventadas na vazante
do rio tributário do silêncio.
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