Manaus, 30 de junho de 2025

O poeta está com medo

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Borboletas amarelas
deixaram de aparecer
nos espaços das janelas.

Desistiu a saracura
de cantar pela manhã
no meio de tanta chuva.

Corta no espaço um relâmpago,
o temporal na cidade
encheu as casas de pânico.

A lua sumiu nas nuvens
presa sem saber porque
entre assassinas impunes.

O urutau prega o caixão,
a corujinha se cala,
voa o vampiro ladrão.

Querem votos os políticos
e disputam seu lugar
no lugar que era do vírus.

Não guarda nenhum segredo
o poeta, está com medo.

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