A Amazônia tornou-se centro do debate mundial sobre o ambiente por causa das queimadas do agronegócio criminoso que toca fogo na floresta para aumentar o pasto ou campos para plantação da monocultura de soja, expulsando quilombolas, indígenas e pequenos trabalhadores da agricultura familiar, onde o governo pretende armar o campo para uma carnificina que ocorrerá se o projeto da bancada ruralista e da bala, passar no Congresso. A flora-ictio-fauna perdida, diversidade de seres vivos de repente virou uma Natureza morta.
A segunda-feira, dia 19 de agosto de 2019, foi negra para o Brasil, pois às 15 h., o céu de São Paulo tornou-se cinza, uma escuridão nunca vista que após a chuva lavar a grossa cortina de fumaça, veio à comprovação da análise química de material particulado deslocado pelas correntes de ar para o Sudeste do país. O pior de tudo é que mesmo nos povoados iluminados os pássaros ficam desorientados, asfixiados por uma fumaça tóxica, não distinguindo os obstáculos e batem de frente em edifícios causando mortandade aos que fogem para as cidades a procura de refúgios. Meio ambiente é um direito difuso e está em nossa Constituição.
Para o agronegócio criminoso de uma parte dos ruralistas brasileiros, Ricardo Salles foi o melhor Ministro da Agricultura que o Meio Ambiente já teve. Responde a processo por improbidade administrativa, está sendo investigado por enriquecimento incompatível com os ganhos e, provavelmente, sofrerá um impeachment por omissão e desmonte da pasta. Além de aparelhar com militares órgãos administrados pela área. O Governo aumentou para 300 a lista de agrotóxicos banidos na Europa por envenenar os lençóis freáticos, os produtos que chegam à mesa dos consumidores e a morte de insetos e aves polinizadoras das monoculturas.
Esse Governo tomando como exemplo outro falastrão, Donald Trump, baseou sua campanha em Fake News, nas redes sociais, assessorados por seus miquinhos amestrados o 01, o 02 e o 03 como o povo já os conhece, quer dizer, os Três Patetas, representando a HQ do Tio Sam. Quando assumiu prometeu extinguir o Ministério do Meio Ambiente e como não conseguiu colocou para dirigi-lo o office boy do desmatamento, segundo o deputado paulista NiltoTatto. O ministro chamou os cientistas do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de mentirosos por desconcordar com os números. Acusa as ONG’s e é mentiroso habitual.
Negacionistas concordam somente com o que Trump sugere. Tirou o Brasil do Acordo de Paris e pediu as bênçãos ao Trump para as queimadas não seja discutida no encontro do G7 (Angela Merkel, Alemanha; Emmanuel Macron, França; Donald Trump, EUA; Boris Johnson, Reino Unido; Justin Trudeau, Canadá; Itália, Japão) que ocorreu de sábado até a manhã desta segunda-feira no balneário de Biarritz, no sudoeste francês. O prato principal foram as barreiras comerciais entre EUA-China, mas sem dúvidas a sobremesa falou-se da Amazônia. Recusou o auxílio da Alemanha e da Noruega.
Na sexta-feira, dia 23 de agosto houve manifestações em uma quantidade inumerável de países e, inclusive, nas cidades brasileiras que serão as primeiras a sentir o impacto. Mas o conselheiro Mário Mello, do Tribunal de Contas do Estado disse, irresponsavelmente, que os dirigentes dos países mais ricos deveriam sobrevoar a floresta para constatar que tudo está limpo aqui. Ora, ele deve residir em apartamento, nunca foi ao interior e deve ser daltônico para analisar as contas que passam por suas vistas nas salas de ar condicionado que trabalha. Pensa que pimenta na vista (?) dos outros é refresco é! Trabalha como voluntário no IBAMA, Mello.
O Brasil que andava na vanguarda do movimento ambientalista, agora está atrás, pois muitos países da UE (União Europeia) estão mostrando resistência para aprovar um acordo com o Mercosul (Mercado Comum do Sul), pressionados por suas populações que são sensíveis as questões ambientais. E a maioria são crianças que vão pedir aos pais que não comprem mais a carne brasileira por que tem odor de fumaça amazônica. E aí o Brasil pode enfrentar um boicote internacional aos seus produtos no mundo inteiro… A Amazônia é um grande ar condicionado central, mas nunca os pulmões, pois essa função é dos oceanos.
E esse movimento não é de agora, mas ficou mais conhecido há pouco tempo. Na Suécia, uma menina de 15 anos com síndrome de Asperger, falta a aula toda sexta-feira para, com o seu cartaz de papelão onde se lê Skolstrejk for klimatet (de greve da escola pelo clima) apelar para os políticos na frente do parlamento de seu país para chamar a atenção sobre o aquecimento global. Antes o protesto era solitário, mas agora todas as crianças do mundo saem às ruas para protestar. Já caminhou com Raoni, discursou em parlamentos e visitou países.
Uma frágil adolescente Greta Thunberg, tornou forte o movimento Sextas-feiras pelo Futuro (Fridaysfor Future), singra as águas oceânicas para chegar a New York, onde vai discursar na Assembleia Geral da ONU – Organização das Nações Unidas, em setembro. Ela também vai participar da Conferência do Clima da ONU, no Chile, em dezembro. Ela já está indicada para receber o Prêmio Nobel.
Bolsonaro é deselegante e envergonha os brasileiros. Agora é o mundo contra nós.
Muitos adolescentes já estão pedindo a presença de Greta Thunberg no Congresso Nacional. Tomara que ela venha e dê uma lição em todos por que Floresta Amazônica não existe na Lua ou em Marte. Ganhe o prêmio e continue a peregrinação pelo planeta.
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