Manaus, 7 de setembro de 2024

Professora Anazildes

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Os seres humanos nascem, crescem, formam família, participam da vida comunitária e, finalmente, em dia traçado pelo Calendário Divino, chamados pelo Criador dos mundos são inexoravelmente levados a habitar a Morada Eterna. Na ótica cristã, a morte é o ápice da vida, o final da trajetória terrena. Somos todos marcados pelo destino: a sucessão de fatos que constituem a vida da gente, que independem da nossa vontade – tudo é determinado por Deus.

Ontem, 28 de janeiro de 2014, em Itacoatiara fez-se silêncio: a professora Anazildes Simões Barros de Paiva partiu desta para melhor. Deixando chorosos seus parentes e amigos, foi morar na Casa Celestial. Alma gentil repousa lá no Alto eternamente e, rodeada de anjos, tem a seu lado Nossa Senhora do Rosário, a milagrosa Padroeira de Itacoatiara, de quem era devota extremada.

Nascida aos 28 de outubro de 1934 e, portanto, prestes de completar oitenta anos, dona Anazildes era professora aposentada. Durante mais de duas décadas lecionou em escolas tanto da rede estadual quanto da municipal. Assídua na prestação de serviços comunitários, em especial aqueles relacionados à Igreja Católica, também teve uma elogiosa participação em movimentos que resultaram na fundação de entidades e/ou associações educativas, folclóricas e de incentivo à cultura. Demonstrava estar sempre de bem com a vida. Generosa, educada, extremamente dedicada à família e aos seus amigos – estes em número incontável; tenho orgulho de ter sido um deles.

Portadora de um grande austral e dona de uma agradável conversação, aqui e acolá estávamos nos encontrando, e ela sempre rodeada de seus filhos. Na última vez que a abracei – a 28 de setembro do ano passado – como em muitas outras ocasiões nos emocionamos. Foi no salão de eventos da Panificadora PAP, no relançamento de meu último livro – “Fundação de Itacoatiara”. Na ocasião, falamos a respeito de nossas famílias, da nossa Itacoatiara e, é lógico, de seu falecido esposo Antônio Euvaldo de Paiva (1931-2011).

Servidor federal aposentado e durante décadas telegrafista da ECT, Antônio Paiva, além de haver dirigido a Agência local dessa repartição, trabalhou nas cidades de Barreirinha, Boa Vista do Ramos Borba, Itapiranga, Manaus, Maués, Parintins e Urucará. No dia 24 de maio de 1979, em face da sua dedicação, assiduidade e zelo funcionais, foi escolhido “Telegrafista do ano” recebendo o respectivo prêmio das mãos do doutor José Drumond de Moraes, então Diretor Regional da ECT.

Há três anos, Antônio Paiva, antecipando-se à professora Anazildes, fez o caminho da Eternidade. Avaliamos ter sido emocionante o encontro de ambos no céu! Representando-os, aqui na terra, ficaram seis filhos: Antônio Filho, Benjamin, Níger Rubem, Antonildes France, Helen e Cristiana – como seus pais incansavelmente empenhados na luta em prol do desenvolvimento da cidade em que nasceram. Maravilhosa terra da pedra pintada que Antônio e Anazildes dignificaram e enalteceram.

A professora Anazildes viajou para o além. Cumpriu a tarefa que lhe foi encomendada por Deus. Deixou saudades – muitas saudades!

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