Manaus, 22 de novembro de 2024

Rio Negro

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1

De manhã o rio

Brilha azul como o infinito

Lavado de chuva

 

É tempo das águas altas

Bom inverno da Amazônia.

 

2

Começa a chover

O rio Negro se cobre

De precioso aroma

 

Chegam no espelho das águas

Boas imagens da infância.

 

3

Nas águas serenas

Logo mais os pescadores

Lançarão a rede

 

A enseada está tranquila

Como um quadro na parede.

 

4

Rio e remadores

Filhos do mesmo criador

Manejam os remos

 

Desde bem cedo estão juntos

Rio e os atletas nos treinos.

 

5

Bate o sol nas águas

Escamas claras do rio

Estrelas da tarde

 

Chove agora o dia inteiro

Mas às vezes o sol arde.

 

6

Remeiros do rio

Levam nas mãos calejadas

Música de pá

 

Nas águas quebram-se os remos

Que não souberam remar.

 

7

Vem de cima a noite

As nuvens estão buchudas

Reina o claro-escuro

 

Chegam ao porto os remeiros

O sol deita no crepúsculo.

 

8

Lâmina do rio

Espelho azul do infinito

Espírito bom

 

A manhã se faz mais bela

Vibra-me o ser no seu som.

 

9

O rio está cheio

Começa a baixar em junho

É tempo de peixes

 

Na enseada os pescadores

Lançaram no rio as redes.

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COLABORADORES

Abrahim Baze

Alírio Marques