Na vida há fases que somos expostos a sofrimentos inesperados. Todos passamos por “calvários”. São períodos em que o destino nos põe numa espécie de Auschwitz particular. Uma queda. Abaulamento discal. Compressão medular. Cirurgias. Cadeira de rodas fisioterapia.
Nessas horas é preciso cuidar não só do corpo. Mas da mente. Da alma. O saudoso Luís Fernando Veríssimo criou o inigualável analista de Bagé. Pensei em criar o terapeuta baré. Mas desisti. O analista gaúcho é “mais ortodoxo que caixa de Maizena.” O amazonense não seria diferente.
Então minha filha indicou-me Eduardo Vilar que é do Rio Grande do Norte. A indicação prometia uma abordagem mais diversificada e menos ortodoxa. Meditação, práticas alternativas, abordagem humanizada. Era isso que eu preciso, pensei.
O fato de Eduardo ter filhos como eu proporciona uma compreensão mais profunda das dinâmicas familiares e das questões emocionais que surgem na parentalidade. A experiência da paternidade enriqueceu a prática clínica. Permitiu que Eduardo se conectasse de forma mais empática comigo. A vivência das alegrias e desafios da paternidade pode ajudar a abordar questões como a culpa, a ansiedade e as expectativas que cercam a criação dos filhos.
Mas o mais importante mesmo tem sido o suporte terapêutico no meu processo de reabilitação.
A terapia me ajudou a lidar com aceitação essas mudanças que espero ser temporárias. Ajudou-me ainda a lidar com tristeza e raiva. Medo da dependência e da perda de autonomia. A ansiedade sobre atividades do dia a dia e retorno à independência.
Eduardo me deu dicas de procedimentos naturais, de rotina de dor e sono. Impactos emocionais de desconforto, fadiga e alterações de rotinas. Eu sinto que a abordagem é centrada na minha pessoa. Há respeito à minha experiência subjetiva.
Eduardo usa técnicas de meditação, respiração e relaxamento. Isso tudo tem me ajudado para enfrentar com galhardia momentos de ansiedade.
Além disso a terapia me ajuda no planejamento de soluções práticas visando minha reabilitação. Tudo isso baseado em relação de confiança. Sempre com escuta empática e validação da experiência.
A terapia tem sido um espaço seguro de expressão. Um estímulo a falar sobre frustrações sem julgamentos. Tem sido proveitoso e eficaz.
As tribos dos Manáos e dos Barés saúdam a tribo Potiguar com loas ao eficiente terapeuta.
Views: 0