Manaus, 22 de junho de 2025

O ministério das tradutoras

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*Irmãs Rosa Telles e Marilia Menezes, ASC

No início de 2014, quisemos escrever algumas linhas sobre um dos ministérios da nossa Congregação: o das tradutoras do material que é enviado pelas Irmãs da Administração Geral e/ou Regional ASC a nós, atuais tradutoras na Região Brasil, sobretudo no idioma italiano, mas também no inglês, se for necessário. Neste artigo nos referimos, também, às tradutoras ASC de todo o mundo.

Esta é uma bela missão que exige, porém, além do conhecimento da língua estrangeira, a exatidão na tradução, para não incorrermos no provérbio: “Traduttore-traditore”, isto é a pessoa que traduz corre o risco de trair o pensamento do autor ou autora.

É um serviço interessante  porque é através da palavra escrita e traduzida que nossas Irmãs conhecerão no Noticiário Internacional ASC, por exemplo, – aspectos singulares das realidades onde trabalhamos. Ficarão sabendo, também, o pensamento e a orientação das superioras e nossas coordenadoras, as atividades do ano, e o conteúdo  sobre congressos, encontros, etc.  A importante preparação e realização da Assembleia geral ASC  segue esse método, mesmo se, sempre mais, o uso dos recursos da MIDIA  esteja sendo obrigatório.

Em uma linha de Espiritualidade, pode-se visar a tradução como uma atualização da própria Palavra de Deus, sendo o nosso Jesus o “Dei Verbum”, e por isso, as tradutoras podem rezar como Paulo: “A Palavra está perto de ti: na tua boca (tuas mãos) e em teu coração (Rm 10, 8), ou ainda: “Que a Palavra permaneça em vós, com toda a sua riqueza.” (Col 3,16).

E as dificuldades do trabalho? É preciso a correção na língua e o bom manejo do computer e da internet.  Na Casa Merlini, onde moramos, temos a presença do Padre Lucas Fuertes, cpps, na Eucaristia e demais orações e serviços e- falando do assunto deste artigo – contamos com sua ajuda no campo da internet, que apresenta, às vezes,  complicações.

Tudo isto é de uma necessidade absoluta, nestes tempos em que o exercício da CONECTIVIDADE é uma obrigação- como, aliás, nos falam documentos dos nossos Papas. A isso se acrescente precisar compreender o pensamento de quem escreve e os aspectos culturais e emocionais.  Não esquecer, também, que é preciso não uma tradução literal, mas de acordo com a língua das pessoas que vão ler o texto.

Terminamos lembrando Maria De Mattias- a “Mulher da Palavra”, como a chamou o Pe. Michele Colagiovanni, cpps. Recordamos este trecho tocante e significativo da carta enviada  de Acuto a 28.10.1864, por Maria, a Merlini:  “Em relação às duas religiosas da Alemanha, não sei o que dizer… Se não conhecem a língua italiana, como poderei falar com elas ?”….

São pensamentos com os quais queremos contribuir, sempre mais, para o crescimento de nossa querida Congregação.

*Religiosas da Congregação Adoradoras do Sangue de Cristo (ASC). Irmã Rosa Telles, natural Cruzeiro do Sul/AC. Professora de várias matérias em escolas da Congregação (Manaus, Belém e cidades do interior).Voluntária de oração e mística no deserto de Sahara, África. Conselheira e superiora das Irmãs Adoradoras uns por alguns anos. Reside em Aparecida de Goiania/GO. Irmã Marília Menezes é poeta e escritora. Ex-secretária da CRB. Trabalhou na Prelazia de Itacoatiara, em 1962-1963, ao tempo do bispado de dom Francisco Paulo Mc-Hugh (1924-2003), onde dirigiu o Colégio Nossa Senhora do Rosário, auxiliou o Grupo de catequese no meio rural, sob a coordenação do padre Guilherme Smith, ministrou cursos no CENTREPI e ensinou português aos/as missionários/as anglo-canadenses. Em 1997 voltou a Itacoatiara para secretariar o bispo dom Jorge Marskell (1935-1998), até sua morte no ano seguinte. Sócia correspondente da Academia Amazonense de Letras. Atualmente reside em Belém, sua terra natal.

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