Manaus, 19 de junho de 2025

O último dia do Eldorado e do Lago Parima (2)

Compartilhe nas redes:

armando-loureiro*Armando Loureiro

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 22

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

MAPAS ONDE APARECE O LAGO PARIMA. 

116 – O mapa nº 54, da Coleção da Editora Abril, é de GuglielmoSansone, geógrafo de Luis XIV da França, foi publicado em 1677, em Roma. O seu nome é “AmericaMeridionale”, fazia parte do Atlas “Mercurio Geográfico”, veja o Lago Parima neste mapa.

117 – O mapa nº 55, é do francês Sanson d’Abbeville e chama-se “AmériqueMeridionale – Sanson d’Abbeville II”, é de 1685, data bem próxima do nosso próximo personagem a aparecer procurando o Lago Parima e a Cidade Dourada, o padre Samuel Fritz. Veja o Lago Parima neste mapa.

fig1

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 23

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS

118 – Foram quase 150 anos, mostrando mapas de lagos e do Lago Parima. Uma tentativa de situar e de até chegar à sonhada Cidade de ManôaOdelDorado.

119 – Existem vestígios deixados por holandeses ou portugueses, mostrando um comércio funcionando por esta época, entre eles e os índios.

120 – São estes vestígios, contas de vidro fabricadas em Amsterdã e cacos de louças decoradas, misturadas com os cacos de cerâmicas de índios.

121 – Todos estes vestígios estrangeiros, são encontrados em locais onde se situavam as tabas antigas. Talvez trocados por plaquetas de ouro e outros produtos da época, principalmente o cacau.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 24

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

SÓ POR VOLTA DE 1689, É QUE SURGE UM NOVO PERSONAGEM À PROCURA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA, O PADRE SAMUEL FRITZ.

122 – Fazia mais ou menos 90 anos da volta de Sir Walter Raleigh para a Inglaterra, quando apareceu o Padre Fritz.

123 – Padre Fritz, nasceu em Ornávia, um povoado da Bohemia, já desaparecido, na atual República Tcheca.

124 – Foi admitido na Companhia de Jesus em 1673, tendo estudado filosofia e teologia com brilhantismo e isto fez com que os seus superiores lhe destinarem desde o princípio, para cargos altos dentre os jesuítas.

125 – Em 1686, ele elegeu a vocação de missionário, sendo enviado para o Colégio Jesuíta de Quito, no atual Equador, de onde saiu para catequizar os índios Omáguas e outras tribos pagãs.

126 – Portugueses daquela época chamavam vulgarmente os ínidosOmáguas de índios Cambébas, uma corruptela de Cangas – Péuas, cujo significado é cabeças-chatas.

127 – Estes índios tinham suas cabeças deformadas, desde o seu nascimento, com ripas de madeira ali amarradas e bem apertadas, ficando mais tarde com as cabeças parecidas com as dos Maias do México e também com a cabeça do grande Faraó Eknathon, o pai de Tutankamon.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 25

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

SÓ POR VOLTA DE 1689, É QUE SURGE UM NOVO PERSONAGEM À PROCURA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA, O PADRE SAMUEL FRITZ.

128 – A Cidade de São Paulo de Olivença e suas adjacências, era onde habitavam os índios Omáguas, daí o seu nome mais antigo, São Paulo dos Cambebas.

129 – Atacados por uma séria doença, na aldeia dos Yurimáguas, Fritz ficou prostrado durante três meses, por causa da inundação da área.

130 – Informou ainda no seu diário, que a enchente nesse ano de 1689, foi tão grande que o lugar mais alto da aldeia, onde ele encontrava-se no seu rancho, o rio havia subido até uma vara de altura.

131 – Enquanto ainda permanecia na aldeia dos Yurimáguas, padre Fritz observou a chegada em dez canoas, de um bando de índios Manaves (Manaus ou Manauses, como lhe chamavam os portugueses) e segundo ele vindos do norte do atual estado do Amazonas. Isto é contado no seu próprio diário.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 26

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O ENCONTRO DO PADRE SAMUEL FRITZ COM OS ÍNDIOS MANAVES (MANAUS OU MANAUSES)

132 – Do seu próprio diário:”- Na chegada deles saí pela proa de minha canoa fora do rancho (taba ou maloca), para recebê-los”. “Mas eles, sem querer olhar para mim passaram todos, desviando suas canoas do meu rancho”.

133 – “-Mandei chamá-los, vieram e muito contentes estiveram comigo, chamando-me em sua língua de Abbá! Abbá! que significa Pai o mesmo em hebraico.”

134 – Este fato de desvio de olhar dos índios, para o padre Fritz, foi porque eles o assemelharam como sendo o Grande Çumé (grafia tupi).

135 – Çumé era considerado o Grande Pai das tribos do litoral brasileiro, principalmente dos tupinambás.

136 – Samuel Fritz era bastante alto, de cabelos louros e olhos azuis, tal e qual como era descrito o Çumé.

137 – Porém, esta comparação pode ter sido também com o Jurupari das tribos do Alto Rio Negro.

138 – Caso alguém tenha interesse sobre o Grande Çumé e o Jurupari, deixe o seu e-mail que lhe enviarei os relatos mais detalhados sobre os mesmos. Vale a pena ler, pois são inéditos.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 27

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O PADRE SAMUEL FRITZ ASSISTE OS ESCAMBOS ENTRE OS ÍNDIOS MANAUS E OS ÍNDIOS AIZUARES, IBANOMAS E YURIMÁGUAS. COMEÇA UM SONHO PARA O PADRE, O OURO DO ELDORADO

139 – “São este índios Manaus, muito valentes e temidos dos outros índios das cercanias e fizeram frente há anos, a uma tropa portuguesa”.

140 – “Suas terras são para o lado do norte sobre um riacho chamado de Yurubetss, aonde se chega pelo rio Yupurá (Japurá)”.

141 – “Saem ordinariamente no tempo da cheia, porque então, pelas muitas águas, estes rios se comunicam de modo que podem do Yurubetss em canoa sair no rio Yupurá (Japurá)”.

142 – “O comércio (escambo) que tem estes Manaus com os Aizuares, Ibanomas e Yurimáguas, são umas pranchinhas de ouro, urucu, ralos para mandioca, redes de dormir chamadas de cachibanco, com outros gêneros de cestos e bordunas que lavram, muito curiosas”.

143 – “O ouro eles não tiram, senão vão pelo rio Yurubetss navegando ao rio Iquiarí (rio Quiarí), aonde o resgatam. Este rio entre os índios é muito afamado em ouro”.

144 – Notem que os índios Manaus vistos por Samuel Fritz, comercializavam com ouro. 

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 28

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

NOVAS NOTÍCIAS DAS PLAQUETAS DE OURO DOS ÍNDIOS MANAUS

145 – Li por várias vezes o diário do Padre Fritz. Certa vez, tentando localizar o rio Yurubetss e saber notícias sobre o rio Iquiari (Quiari), indaguei ao Gabriel Gentil (um índio tucano já falecido), se havia ouro por lá. Mas, acabei lhe contando sobre as pranchinhas de ouro vistas pelo padre Fritz nos pescoços dos índios Manaus.

146 – Gabriel disse saber da existência do rio Quiari, mas nunca havia estado por lá. Quanto ao rio Yurubetss, ele nunca ouviu falar deste rio.

147 – Mas, quanto às pranchetas de ouro, ele me contou:

“- Seo Armando, o padre Casemiro tem destas pranchetas de ouro”

148 – Nesta época o Gabriel era informante do padre Casemiro Bekstain dos Salesianos (falecido a pouco tempo) e o padre também era meu amigo, pois nós três estudávamos os índios do Alto Rio Negro.

149 – Antes, eu havia alertado o Gabriel de não falar nada sobre as plaquinhas de ouro com o padre Casemiro, com o intuito de não despertar o interesse histórico ocultado nessas peças.

150 – Passado alguns meses, estávamos nós três reunidos e conversando, quando o Gabriel falou perguntando:

“- Padre porque o senhor não mostra aquele seu ouro para o seu Armando?”

151 – Imediatamente, o padre Casemiro ficou vermelho de raiva e disse:

“- Não tenho ouro nenhum, ele está inventando!”

152 – Devido a isto, não consegui ver às pranchinhas de ouro e não sei dizer se eram as dos índios Manaus, ou restos da roupa do Jurupari.

153 – Eu acho que o Padre Casemiro sabia sobre as histórias das plaquinhas de ouro.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 29

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS SOBRE O RIO YURUBETSS

154 – O rio Yurubetss, deveria ser o rio Urubu, para onde ele (o padre Fritz), iria logo a seguir, isto segundo o seu diário.

155 – Pode ter havido uma certa confusão dele, devido ao tamanho da área relatada pelos índios Manaus, exímios comerciantes. A taba do rio Urubu para onde ele iria, na minha opinião deveria ser a mais velha de todas, breve falaremos sobre ela.

156 – O rio Urubu fica muito distante do rio Japurá e segundo os índios do Alto Rio Negro, nunca existiu um rio por nome Yurubetss ou rio Urubu por lá.

157 – Mas, sabe-se da existência de uma passagem do rio Negro ao norte, esta direta para o rio Japurá nas épocas das cheias, como relata o padre Fritz e também alguns índios do rio Negro.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 30

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS DIVERSOS

158 – Contavam também os mais antigos da área da atual Manaus e adjacências, sobre a existência de um Furo (canal), logo depois do encontro das águas do rio Negro com o rio Amazonas, por onde chegava-se mais rápido a atual cidade de Silves.

159 – Dizem que seria uma das bocas desaparecidas do rio Urubu.

160 – Tal canal era verídico, sendo ainda navegável nos meados dos séculos XVIII e XIX, isto quando havia grandes cheias. O canal teria sido assoreado com o terremoto citado por Fritz, do qual em breve falarei, sendo abandonadopara sempre.

161 – Há notícias de novas tabas de índios Manaus no rio Negro, próximo ao rio Branco e outros seus afluentes. Isto há trinta anos, antes do chefe Ajuricaba, dos Manaus.

162 – Portanto, há grandes possibilidades do padre Fritz ter trocado o nome rio Urubu, para rio Yurubetss, com o intuito de esconder ou desviar o interesse de alguém sobre o Lago Parima e a Cidade de ManôaOdelDorado.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 31

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O PRIMEIRO INDICADOR OS ÍNDIOS PARA O CAMINHO DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA

163 – Na grande seca que tivemos bem recente, a do ano de 2010, observou-se e foi noticiado por jornais locais, uma parede de pedras esculpidas com cabeças humanas, bem próxima ao encontro das águas. Ela nunca havia aparecido e também fora relatada por alguém no passado.

164 – Para mim, trata-se de um indicador de caminho de entrada ou saída para o Eldorado e o Lago Parima.

165 – Tratam-se estas pedras esculpidas de uma forma de escrita (uma escrita escultura-gráfica), bem parecida com a escrita pictográfica dos índios norte-americanos, contando alguma história, podendo também ser uma mensagem.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 32

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

MOSTRA DO FUNCIONAMENTO DE UMA ESCRITA PICTOGRÁFICA

166 – No livro “Introdução à Antropologia, de Ashley Montagu”, temos este exemplo:

167 – A reprodução da carta de uma índia norte-americana ao namorado, muito embora não esteja escrita, porque não supõe um sistema formalizado de símbolos que todos poderiam compreender, os sinais são símbolos particulares, não são públicos. Ao que o escritor traduziu:

168 – “A jovem, que pertence ao totem do urso, escreve ao namorado, que pertence ao totem da salamandra, dizendo-lhe que gostaria de receber uma visita dele, como o indica o símbolo de uma mão traçada sobre a tenda que ela habita. O caminho conduz aos lagos, representados por três contornos irregulares, de onde se destaca na direção das duas tendas, situadas perto das tendas ocupadas por três jovens cristãs, indicadas pelas cruzes”.

169 – Notem o desenho da pictografia e duas fotos das esculturas-gráficas amazônicas.

170 – O raciocínio destes tipos de escrita devem ser de 5.000 anos atrás.  

fig2

fig3

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 33

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS SOBRE AS ESCULTURAS-GRÁFICAS

171 – As pedras (esculturas-gráficas) próximas ao Encontro das Águas, são idênticas às esculturas-gráficas de um local chamado “Pedra das Caretas”, no rio Urubu uma outra possível entrada ou saída para o Eldorado e o Lago Parima, ou seja, segundo indicador de caminho dos índios para o Lago Parima e o Eldorado.

172 – Sobre o segundo indicador, falarei em breve.

173 – Estas esculturas-gráficas, parecem ser indicações de alguma coisa de ruim, acontecida em algum lugar.

174 – Os índios tupis, chamavam esses lugares de esculturas-gráficas onde faziam rituais, de “Caruaras” e por corruptela desta palavra, surgiu a palavra Careiro, uma cidade próxima do Encontro das Águas. É possível existir alguma Caruara, no Careiro, ou é alguma referência às pedras aparecidas do outro lado do rio na seca de 2010.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 34

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

PREPARATIVOS DO PADRE FRITZ PARA A DESCIDA ATÉ AS TABAS DO RIO URUBU 

175 – Ainda na aldeia do Yurimáguas o padre Fritz relata:

176 – “Também vieram neste mesmo tempo que a aldeia estava isolada, uns oito índios Ibanomas de abaixo, desde a boca do rio Japurá para ver-me, e me convidaram a baixar para sua aldeia”

177 – “Estes Ibanomas me trouxeram notícia de uns portugueses que desde o Pará haviam subido até aos Cuchivaras (índios), para tirar salsaparrilha, oito dias abaixo dos Yurimáguas, pelo qual me determinei baixar em busca desses portugueses, com esperança de achar algum remédio em minhas doenças, porque ir rio acima estava impossibilitado ou em manifesto perigo”.

178 – Fritz sabia que se arriscasse a voltar para Quito no atual Equador, não conseguiria viver, isto devido as suas doenças.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 35

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMEÇA A DESCIDA DO PADRE SAMUEL FRITZ ATÉ ÀS TABAS DO RIO URUBU 

179 – Acompanhado do Curaca (Chefe) dos Yurimáguas, de nome Mativa e mais dez índios desta tribo, ele narra no seu diário:

“- Saí da aldeia de N.Sra das Neves a três de julho de 1689, passei longe das aldeias dos Aizuares. No dia seguinte, ao amanhecer, passei pela boca do rio Yuruá (Juruá), pela tarde por outras aldeias de índios, dos Aizuares, dos Guayoënis e dos Quirimates.”

180 – “A cinco de julho, prossegui minha navegação e passei por outros Aizuares. A seis de julho, ao amanhecer passei pela boca do Yapurá (Japurá). Entrei na aldeia dos Ibanomas, chamada Yoaboni, cujo chefe é Arimavana. Aqui me detive quatro dias doutrinando e fazendo bagagens para passar adiante.”

181 – “A dez de julho, parti acompanhado de gente daquela aldeia”.

182 – “A doze de julho, passei por outra aldeia chamada Guayupé e cheguei a outra de Ibanomas.”

183 – Mativa e Arimavana são dois belos nomes para filhos de amazonenses do Alto Solimões.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 36

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

CONTINUAÇÃO DA DESCIDA DO PADRE FRITZ ATE AS TABAS DO RIO URUBU

184 – “- A treze de julho, pela parte da tarde, parti dali e a catorze de julho entrei de manhã no rio Cuchivara (rio Purus) e passei por uma aldeia aonde não entreipor estar alagada.

185 – “- A quinze de julho, cheguei às casas desocupadas que haviam edificado em umas barracas altas os portugueses. Estes já haviam ido uns dias antes da minha baixada. Lhes encontrei depois mais abaixo, chamava-se um Manoel Andrade e o outro Manoel Pestana.”

186 – “- Logo que cheguei àquelas paragens, vieram de suas aldeias muitos índios e índias Cuchivaras com seus filhos, e ocupando aquelas casas desertas durante o tempo que ali estive, que foi oito dias, me assistiram com muita prontidão e amor, mas que se foram prestativos, trazendo-me muito pescado, tartarugas e bananas, mostrando o desejo que ficasse com eles.”

187 – “- Como não encontrei aqui com os portugueses, que buscava, me dedicando já no caminho, me vi precisando a prosseguir minha viagem, em especial vendo que os mal-estares se iam cada dia aumentando”.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 37

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

CONTINUAÇÃO DA DESCIDA E CHEGADA DO PADRE FRITZ ATE AS TABAS DO RIO URUBU

188 – “A vinte e quatro de julho, parti para abaixo, levado por índios Cuchivara. A vinte e seis de julho, perto da noite, cheguei à boca do Rio Negro.”

189 – “A vinte e oito de julho, encontramos com um cacique dos portugueses, da nação Tupinambarana, chamado Cumiarú, que ia acompanhando uma tropa de resgate.”

190 – “Meus índios Cuchivaras que trazia, julgando que eram Tarumãs, seus inimigos do Rio Negro, logo armaram suas flechas. Eu plantei minha cruz na proa, até que, se acercassem às canoas, se conheceram por amigos e o cacique Cumiarú me deu um índio guia para a aldeia do rio Urubu.”

191 – “A trinta de julho cheguei ao povoado do Urubu, aonde assistia de missioneiro o padre Teodósio Vegas, mercedário. Estava ausente quando eu cheguei, depois que veio para o povoado, me agasalhou com muito amor.”

192 – Cumiarú é um belo nome para quem nascer na Ilha de Tupinambarana.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 38

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

PADRE FRITZNA ALDEIA DO RIO URUBU

193 – “A 05 de agosto, voltou do rio Negro para aquele povoado do rio Urubu a tropa portuguesa de resgates”.

194 – “Vinha a frente dela um capitão chamado Andrés Piñeiro e o missioneiro do Rei o Padre Juan Maria Garzoni, mantuano, de nossa companhia (Companhia de Jesus)”.

195 – O Padre Fritz comenta sobre um grande alvoroço por causa da sua descida até esta taba:

196 – “É de notar, que nesta minha baixada se levantou a cerca de mim um alvoroço grande, não só entre os índios comarcanos senão que chegou até ao Pará e São Luiz do Maranhão”.

197 – “Alguns me diziam Santo e Filho de Deus, alguns o Diabo”.

198 – “Uns, pela cruz que trazia, diziam que havia vindo um Patriarca ou um Profeta, outros que eu era Embaixador da Pérsia”.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 39

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O PADRE FRITZ NA AINDA POR SUA ESTADA NA ALDEIA DO RIO URUBU

199 – “Até os negros do Pará diziam que havia vindo seu libertador, que havia de ir a Angola a libertá-los”.

200 – “Outros, de medo, se retiravam, dizendo que trazia fogo comigo e que vinha queimando quantas aldeias e gente encontradas”.

201 – “Outras muitas e maiores mentiras haviam publicado de mim. De modo que o padre Teodósio Vegas, a quem enviei a chamar logo que cheguei ao Urubu, me escreveu num papel como uma pessoa incerta, concluindo nele, como quem não quer nada, que lhe haviam contado tantas coisas de mim, em que descrevia que havia chegado ao seu povoado uma coisa admirável do outro mundo.”

202 – “E o chefe da tropa Piñeiro, quando chegou do rio Negro ao Urubu segundo me disse o mesmo, depois no Pará, que não se atreveu naquela noite que chegou a entrar e falar comigo, por tantos disparates que lhe haviam contado. Senão, por um buraco estava me olhando se era homem ou coisa de outra vida.”

203 – “Há quinze de agosto me vendo e mencionando o chefe da tropa que meus imprevistos (males) iam cada dia aumentando e que necessitava de cura mais apurada, me despachou numa canoa sua para o Pará e me deu um soldado chamado José Silva, para que cuidasse de mim no caminho.”

204 – “O padre Garzoni, com a mesma intenção, abriu mão do seu companheiro que era o irmão co-ajudante de nossa Companhia, encarregando-lhe a que me levasse com toda presteza a Cidade (Pará).”

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 40

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS E OBSERVAÇÕES

205 – Foi observado até o momento, que existiram no passado duas “Lendas” distintas para o “Eldorado”.

206 – A primeira surgida e contada na Colômbia e a segunda foi em decorrência da Expansão dos índios do grupo linguístico Aruaque no Caribe.

207 – Que o Padre Samuel Fritz era olhado pelos índios e outros como o Çumé (Sumé) dos Tupinambás.

208 – Observamos que os índios Manaus (Aruaques) comercializavam com ouro em plaquetas.

209 – Que o Padre Samuel Fritz depois de ter visto o ouro nos pescoços dos índios Manaus e conversando com eles, chegou ao seu objetivo, às Aldeias do Urubu, no dia 30 de julho de 1689.

210 – Tudo indica que o Padre Fritz sabia sobre as duas lendas e que a segunda Lenda, a Lenda da Cidade de Manoa O Del Dorado e o Lago Parima, devido aos informes dos índios Manaus, estaria situada nas Tauaqueras (Tabas Velhas) mais antigas dos índios do grupo linguístico Aruaque, as Tabas da direção do atual rio Urubu.

211 – Talvez o rio Urubu ainda não existisse na época do Padre Fritz, assim como o rio Uatumã eo seu afluente rio Jatapú, todos decorrentes do Terremoto que veremos mais adiante. Mas, posso adiantar que todos eles, os três rios, tratam-se de drenos do lendário Lago Parima.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 41

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

POR QUÊ SE PODE DESCONFIAR DO PADRE FRITZ ESTAR PROCURANDO O ELDORADO

212 – O título do capítulo II do seu diário é: “DIÁRIO DA BAIXADA DO PADRE SAMUEL FRITZ, MISSIONÁRIO DA COROA DE CASTELA, NO RIO MARAÑON, DESDE SÃO JOAQUIM DE OMÁGUAS, ATÉ A CIDADE DO GRÃO-PARÁ, PELO ANO DE 1689, E A VOLTA DO MESMO PADRE DESDE A DITA CIDADE, ATÉ O POVOADO DE LAGUNA, CABEÇA DAS MISSÕES MAINAS, PELO ANO DE 1691”.

213 – Isto indica que o Padre Fritz procurava o Eldorado para a Coroa de Castela.

214 – Padre Fritz era contra os resgates de índios feitos por portugueses e religiosos de diversas ordens, que posteriormente eram escravizados. Ele protegeu os índios Omáguas até quando morreu.

215 – Na sua estada na Aldeia Urubu, ele teria observado a chegada da tropa de resgate com mais um descimento numeroso de índios, comandada pelo capitão Andrés Piñeiro e o padre missionário do rei, Juan Maria Garzoni, da sua própria Companhia de Jesus. Fritz deve ter ficado indignado com isto.

216 – Daí, termos duas versões do que aconteceu na sua estada na Aldeia Urubu de apenas quinze dias.

217 – A primeira já descrita na parte 39, por ocasião da sua saída da Aldeia. A segunda, Fritz omite de ter sido preso pelo capitão Piñeiro e remetido para o Pará como espião, ou por ter defendido liberdade para os índios presos. Isto iremos ver a seguir, mas na sua volta do Pará, onde ele admite de ter sido preso.

218 – Como o nosso objetivo é: “O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA“, não interessa a sua estada como prisioneiro no Pará. Mas interessa e muito a sua volta.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 42

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

A VOLTA DO PADRE SAMUEL FRITZ DO PARÁ

219 – No dia 08 de julho de 1691, já recuperado, o padre Fritz deixou o Pará, isto dois anos depois de ter chegado a Aldeia Urubu.

220 – Sendo o nosso objetivo O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA, descrevo apenas alguns pontos por onde ele passou e suas respectivas datas, isto de acordo com o seu Diário.

221 – Dia 11, ele chegou a Comutá. A 14 de julho, partiu de Comutá e na manhã do dia 15, passaram pela Costa chamada de Limoeiro. No dia 16, chegaram de noite na Aldeia dos Bocas, aonde pararam no dia seguinte, … Veja o restante no seu Diário.

222 – Adiantando um pouco mais, para não perder tempo, no dia 26 de agosto à tarde, partiram dos Tupinambaranas (Parintins), percorrendo cinco dias, sem existir nenhum povoado e nem gente.

223 – “A 2 de setembro chegamos de noite a um areal, que está a duas léguas mais abaixo, de uma das bocas do Urubu”.

224 – Para mim, o rio Urubu e os seus afluentes, assim como os rios Uatumã e Jatapú com os seus afluentes, só surgiram após o terremoto que esvaziou o Lago Parima, provavelmente situado um pouco acima dessas localizações, que veremos a seguir.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 42

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

A VOLTA DO PADRE SAMUEL FRITZ DO PARÁ

225 – “Aqui nos esperava o padre Teodósio Vegas, Mecedário e missionário naquela Aldeia Urubu, com muita gente sua”.

226 – “Me acolheu muito conforme havia feito em minha baixada. Aqui paramos no dia seguinte 3 de setembro”.

227 – “Seus índios desejavam muito ver-me, porque uns deles, durante o meu tempo de detenção no Pará, agitaram todos os gentis comarcanos, dizendo que um tremor e arrebentações terríveis que houve umas oito léguas acima, na mesma banda do Norte, havia sucedido por minha causa, e que se haviam de consumir todos, se os portugueses não me restituíssem à minha missão”.

228 – “Outra agitação houve por um cestinho que havia trazido um índio bozal (mudo) ao Pará, despachado do seu cacique para mim. Não é possível saber de onde e nem teria dentro mais que uma faixa de lã.”

229 – “Diziam que vinha muito de cima, passando de aldeia em aldeia, e nenhum dos índios se atreveu em abrir-lhe, senão logo entregava a um cacique, este o despachava para outra aldeia com aviso que não lhe abrissem, porque diziam vir nele o grande mal e fogo, que em abrindo, os havia de queimar a todos.”

230 – “Outra mentira andou entre aqueles índios durante o tempo em que estava no Pará: que já me haviam feito pedaços, pelo que eu era imortal, que logo minha alma fez juntar os pedaços e entrou outra vez no corpo.”

231 – O padre Fritz e os outros padres com certeza não sabiam da história do Çumé (Sumé), mas os índios sabiam. A tal faixa de lã mencionada talvez fosse uma relíquia deixada pelo Çumé (Sumé) durante a sua passagem.

232 – “O padre Teodósio para persuadir os seus índios que eu era homem como os demais, mandou a alguns que tocassem minhas mãos”.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 43

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

A VOLTA DO PADRE SAMUEL FRITZ DO PARÁ

233 – “A quatro de setembro, partimos deste areal a meia-noite. Passamos pela madrugada na boca do Urubu na banda do Norte, e na banda do Sul deixamos algo mais acima do rio Madeira e uma ilha grande que antigamente povoaram os Tupinambaranas. Agora está povoada de uns índios chamados Guayarizes.”

234 – “A cinco de setembro, cerca de meio-dia passamos a boca do rio Matari à banda do Norte, onde está muito estreito, e dentro faz um lago grande.”

235 – Agora vem a grande notícia registrada neste Diário do padre Samuel Fritz: o terremoto de junho de 1690.

236 – “A seis de setembro, pela manhã, deram princípio na banda do Norte às terras aonde no ano passado de 1690, pelo mês de junho, houve um grandíssimo tremor. Pareciam ruínas de grandes cidades. Penhascos caídos; aglomerações de árvores grossíssimas, arrancadas pela raiz e jogadas no rio Amazonas; montes de terras com matagal em cima caídos; jogadas do alto terras brancas, vermelhas, amarelas, pedras, aglomerado de árvores, e amontoadas sobre o rio; por outra parte abriram-se lagos, destruíram-se os bosques e tudo sem ordem, misturadas. Aonde havia terra arenosa ou lodosa, não havia feito estrago o tremor.”

237 – “Dizia frei Teodósio, que ao mesmo tempo houve marés (ondas) horríveis no rio e se morreu muitíssimo peixe; e isto é o que atribuíram os índios a minha detenção, dizendo que o Pará e todos haviam de morrer.”

238 – “Continuaram as ruínas umas quatro léguas de rio; terra adentro havia sido maior o estrago; e o tremor foi caminhando umas trezentas léguas para cima até as ilhas dos Omáguas, quem depois me disseram havia tremido muito as suas casas.”

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 44

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS VARIADOS

239 – O padre Samuel Fritz, um protetor dos índios, não sabia e nem podia saber que em 1663, uma expedição dirigida pelo sargento-mor Antonio Vilela Arnau, havia caído em uma emboscada armada pelo índios Aruaques das Tabas Urubu. Salvando-se apenas um padre por nome Raimundo e alguns índios aliados dos portugueses. A sede pelo ouro havia começado para os portugueses.

240 – O alferes João Rodrigues Palheta, que se encontrava na missão Saracá, foi ao encontro desses índios revoltados, mas não conseguiu vencê-los, ficando a partir daí uma luta eterna entre os Aruaques Manaus e os Portugueses até a época de Ajuricaba.

241 – É notável que a missão por nome Saracáé onde hoje se encontra a atual cidade de Silves, daí uma confusão de ninguém saber ao certo se o local onde ficava o padre Teodósio Vegas e a aldeia que ele dirigia.

242 – A notícia do ataque dos índios Aruaques daquela área, logo chegou ao Pará, de onde a 06 de setembro de 1664, partiu uma expedição composta de quatro companhias de infrantaria, totalizando 400 soldados, além de 500 índios aliados, todos sob o comando de Pedro da Costa Favela (o terror dos índios daquela época). As duas tropas uniram-se na aldeia Urubu, onde Pedro Favela, já se encontrava desde novembro de 1664.

243 – A carnificina foi terrível. Morreram cerca de setecentos índios Aruaques, outros quatrocentos índios foram pegos para escravos, outros que não se sabe quantos, fugiram dali para sempre, tendo sido ainda incendiadas cerca de 300 aldeias. Pedro Favela retornou ao Pará triunfante, em março de 1665, ficando a região desabitada dos por índios Aruaques até hoje.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 45

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS VARIADOS

244 – O padre Samuel Fritz, não sabia que o padre Juan Maria Garzoni, mantuano, da sua própria Ordem, a Companhia de Jesus, caçava índios com o capitão-mor AndresPiñeiro, para vendê-los no Pará.

245 – Do livro Síntese da História do Amazonas, do meu irmão Antonio José Souto Loureiro, na pág. 93, temos: “Após o seu regresso, em 1663 a Companhia de Jesus reencetou a sua penetração, agora em terras do atual estado do Amazonas”.

“Em 1671, o padre Juan Maria Garzoni, desceu do Japurá cerca de 800 índios Solimões”.

246 – Como o padre Fritz era contra isso, acabou preso pelos dois, na Aldeia Urubu, sendo mandado para o Pará.

247 – Os índios Aruaques Manaus, com quem o padre Fritz manteve contato na Aldeia dos Yurimáguas, na cheia de 1689, eram remanescentes daqueles índios Aruaques Manaus, massacrados em 1664, por Pedro da Costa Favela e outros portugueses. Eles já estavam morando no médio Rio Negro e fazia 25 anos do massacre, quando houve este contato.

248 – Só em 1729, os índios Aruaques Manaus finalmente foram exterminados, quando foi preso e agrilhoado o seu chefeAjuricaba, que segundo a lenda atirou-se acorrentado nas águas do rio Negro ao passar em frente ao Lugar da Barra, hoje Manaus.

249 – Ajuricaba era filho de Uiuiebeua e neto de Caboquena e o seu grito de guerra era o mesmo: “- Eu sou Ajuricaba, o filho e Uiuiebeua e neto de Caboquena!!!!!!”.

250 – Na atual Silves, antes Aldeia Saracá, as tabas principais antes do grande massacre, eram a taba de Caboquena avô de Ajuricaba e a taba Guanavena.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 46

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS VARIADOS

251 – O padre Fritz como explica o seu Diário, presenciou os estragos feitos por um terremoto, talvez de mais de 7 na escala Richter, em junho de 1690, este atestado por um pesquisador do Instituto de Geociência da Universidade de Brasília, Alberto Veloso, veja sobre isto no link: http://amazoniareal.com.br/pesquisa-atesta-que-terremoto-na-amazonia-em-1690-foi-o-maior-do-brasil/.

252 – Porém, na minha opinião, para atingir mais de 7 na escala Richter em terrenos, onde não existem problemas com placas tectônicas e vulcões, tal calamidade só poderia ter acontecido por algo oriundo do Espaço Sideral.

253 – Um cometa por nome 109p/Swift-Tuttle foi descoberto independentemente por Lewis Swift em 16 de julho de 1862, em Marathon, Nova York, e por Horace Parnell Tuttle, da Universidade de Harvard, em 19 de julho de 1862. Veja sobre ele no link: https://pt.wikipedia.org/wiki/109P/Swift-Tuttle.

254 – Conhecido por “Uma ameaça potencial para a Terra”, já fora observado por chineses no passado, em 69 a.C e 188 d.C, e seria o possível responsável pelo terremoto citado no Diário do padre Fritz.

255 – Imaginem a decepção do padre Fritz quando presenciou os estragos feitos de um meteoro proveniente da Chuva de Meteoros das Perseidas, que riscam os céus próximo do mês de agosto ecujo pico máximo é a 12 de agosto, veja sobre ele no link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tunguska_brasileiro. O seu sonho pela busca do Eldorado e do Lago Parima havia acabado.

256 – É possível que a “Chuva de Meteoros Perseidas”, sejam restos deixados pelo Cometa 109p/swift-tuttle, pois em 13 de agosto de 1930, um destes caiu na margem do rio Curuçá, afluente do rio Javari, no município de Atalaia do Norte, produzindo um terremoto de 4,1 na escala richter, veja sobre isto no link: http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/meio-ambiente/caso-tunguska-brasileiro-o-meteoro-que-abriu-uma-cratera-na-floresta-amazonica. Vale ressaltar que outros eventos similares a este aconteceram em vários cantos do mundo. Não seria ele o grande responsável pela “Extinção dos Dinossauros”?

257 – Não se sabe se o padre Fritz soube no Pará, que houve o grande massacre dos Aruaques Manaus daquela área a 30 anos antes da sua chegada a Aldeia Urubu.

258 – Padre Fritz elaborou um mapa, onde ele aponta o “lago Parima”, acima das áreas dos atuais rio Urubu, rio Uatumã e os seus afluentes, que publicarei a seguir explicando alguns detalhes.

259 -Mas, O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA, já tem uma data, foi em qualquer dia do mês de junho de 1690. 

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 47

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

COMENTÁRIOS VARIADOS

260 – De repente, eu quis saber há quanto tempo os Aruaques Manaus moraram na área das Tabas citadas acima dos atuais rios Urubu, Uatumã e os seus afluentes.

261 – Das discussões sobre a antiguidade, dispersão e variedade etnoliguística na Amazônia, surgidas a partir das duas posições fundamentais, a de MEGGERS (1981) e a de LATHRAP (1970), de onde surgiu até um mapa publicado na Venezuela que nos mostra o local onde os índios Aruaques Manaus habitavam, como um dos centros de dispersão genética. Veja o mapa.

fig4

262 – Isto comprova as imigrações Aruaques para o Caribe e outros lugares, e também a segunda lenda do Eldorado, visualizada por mim.

263 – Por últimos estudos, estima-se que a selva tropical vai movimentando-se profundamente em extensão e que as últimas variações climatológicas mais fortes, foram posteriores à chegada do homem. Duas grandes épocas de secas, uma faz 11.000 anos e a outra faz 3.000 anos, reduziram a selva a pedaços situadas, a primeira nas ribeiras mais úmidas das bacias de um rio, e a segunda, a do ao longo dos rios mais largos, sendo muito provável que grande parte da Amazônia vinha-se de épocas, transformada em pradarias e savanas, como na Venezuela e outras áreas.

264 – As provas levantadas por MEGGERS são de natureza geológica baseadas em análise de sedimentos marinhos que demonstram que entre os 18.000 e 13.000 mil anos a.C., as regiões continentais não glaciares, experimentaram uma baixa temperatura e uma seca maior.

265 – Outras provas levantadas por MEGGERS, referem-se a diferenciação linguística. Nas terras baixas predominaram três famílias linguísticas: o Aruaque, o Tupi-Guarani e o Caribe.

266 – As reconstruções linguísticas nas primeiras duas famílias evidenciam um lugar de origem comum: o Sudoeste da Amazônia.

267 – Se estima que essas imigrações ocorreram há 1.500 a.C. Esta data corresponderia com o período de seca ou aridez mais recente.

268 – É possível que aquelas trezentas Tabas de índios Aruaques, principalmente as dos índios Manaus, cujo nome lembra “Manoa do Eldorado”, já existissem acima dos atuais rio Urubu, rio Uatumã e seus afluentes, há mais de 3.000 anos.

*Engenheiro civil graduado pela UFAM. Irmão do historiador Antônio Loureiro. Publica esporadicamente textos amazônicos em jornais e revistas do nosso Estado.

Views: 93

Compartilhe nas redes:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COLUNISTAS

COLABORADORES

Abrahim Baze

Alírio Marques