Manaus, 21 de novembro de 2024

A importância da educação em saúde

Compartilhe nas redes:

É realmente muito triste saber que o câncer de mama e o de color tem maior prevalência no norte do País, principalmente no nosso Amazonas. É que a mortalidade por câncer tem sido maior proporcionalmente que a guerra na Síria, que matou quatrocentos mil indivíduos durante cinco anos. Tudo em função da falta de educação em relação aos seus riscos.

O câncer de mama que no passado era mais frequente em pessoas idosas numa predominância absoluta nas mulheres, pode também acometer os homens numa proporção mínima. Isso porque as pessoas suscetíveis a este câncer não cuidam da saúde fazendo prevenção com exames especiais que fazem o seu diagnóstico precoce com possibilidade de tratamentos com sucesso.

O câncer do colo do útero está muito relacionado à prevenção do vírus HPV, para o qual hoje em dia já existe prevenção com vacinas específicas que imunizam as mulheres e homens. Este vírus pode ser decorrente da promiscuidade sexual precoce que acontece entre as meninas com idade acima de 10 anos. E mesmo assim as famílias não levam seus filhos aos postos de saúde onde ficam estoques muito grandes destas vacinas não utilizadas. Tudo pela falta de educação que deveria ser iniciada desde muito cedo nas escolas, nas praças, nas igrejas e em todas as organizações sociais e pela imprensa, fazendo um apelo geral para mostrar que para quem não se cuidar adequadamente, a morte pode chegar precocemente.

Outra doença que aumenta a mortalidade cada dia mais é a tuberculose. Existe uma vacina, o BCG intradérmico, que deve ser aplicada desde os recém-nascidos até o primeiro ano escolar. Mas a população não faz a proteção devida das crianças e mais, o bacilo álcool ácido resistente da tuberculose tem um poder patológico muito potente. Se você está num ambiente que tenha no mesmo espaço, num perímetro de dez metros quadrados, um paciente de tuberculose tossindo, este bacilo será capaz de contaminar os circunstantes por via inaladora, pois é aeróbico e necessita de oxigênio para sobreviver, tendo preferência pelos pulmões ricos em oxigênio. Aí já teremos mais e mais tuberculosos numa proporção de noventa doentes por cada mil habitantes, o que também é uma prevalência de altíssima mortalidade. As doenças sexualmente transmitidas tais como sífilis, gonorreias e tantas outras se disseminam também por relações sexuais sem proteção, pois a maioria das pessoas não usa preservativo por pura falta do poder da educação e por preconceito.

Então fica aqui um apelo a toda a sociedade e principalmente às estruturas governamentais para que se invistam maciçamente na educação preventiva. Só assim seremos capazes de diminuir esta assombrada mortalidade de doenças que dizimam mais pessoas do que a maioria das guerras fraticidas. Pois somente a educação liberta os homens, sob todos os aspectos sociais.

Views: 21

Compartilhe nas redes:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COLUNISTAS

COLABORADORES

Abrahim Baze

Alírio Marques