Manaus, 21 de novembro de 2024

CIEAM, 44 anos de resistência e compromisso com a Amazônia

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“A entidade CIEAM está escrevendo a história de lideranças empresariais, sacudidas e sustentadas pela insistência de tantos heróis da resistência e suas respectivas comissões, devotadas e compromissada com a base civil, em nome da nova ordem, a justiça social, tendo o progresso econômico e sustentável por finalidade, na direção da prosperidade geral da Amazônia e nossa gente. Longa vida, CIEAM, associados, aliançados e encarregados das múltiplas funções no exercício do protagonismo, da solidariedade e da habilidade de quem escolheu ser e crescer uma entidade em movimento..”

Neste 9 de Agosto de 2023, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas, em nome do empresário Mário Expedito Neves Guerreiro, fundador da entidade, presta uma homenagem coletiva a todos os seus presidentes, nos últimos 44 anos. Todos eles terão seus retratos num mural/memorial dos grandes líderes que advogaram as causas da indústria, e conduziram a delicada tarefa de conciliar os interesses de investidores do setor industrial com seus compromissos de redução das desigualdades regionais. Afinal, foi esta a razão pela qual aqui vieram, para o Estado mais remoto do ponto de vista geográfico, geopolítico e de precária infraestrutura competitiva do Brasil.

Planta e árvore no fundo

Descrição gerada automaticamente

Divulgação: Observatório BR-319

Como contrapartida de empreender no coração da maior floresta tropical do planeta, esses empresários firmaram um contrato com a União Federal – com a vantagem competitiva de redução de alguns impostos, com destaque para o IPI – compromissados, através da geração de emprego e renda, com a proteção da Amazônia. Em resumo, o desafio de então poderia ser traduzido num slogan: “Integrar para não entregar a Amazônia”. Integrar a região amazônica ao conjunto territorial nacional para não entregar o patrimônio natural da Amazônia à cobiça estrangeira. Tarefa de toda uma vida.

O que destacar neste quase meio século de atuação institucional, de uma entidade do setor privado, focada na defesa das classes empresariais, com a responsabilidade de gerar oportunidades de desenvolvimento econômico e prosperidade social? Implantar uma indústria na floresta nunca foi novidade para os empreendedores e pioneiros da geração de riqueza e oportunidades na Amazônia a partir de 1850, consumada a Guerra da Cabanagem que culminou com a elevação do Amazonas à categoria de Província. Isso foi equivalente a conquistar uma autonomia política, econômica e administrativa em relação ao governo do Grão-Pará, que corresponderia, hoje, à Amazônia Legal.

Vista aérea de uma cidade

Descrição gerada automaticamente

Neste momento, chegando o século XX, abrem-se as oportunidades do Ciclo da Borracha, um insumo para a indústria mundial nascente que só era encontrado na Amazônia, o que significaria uma janela escancarada de oportunidades e exclusividade. Aliás, isso permite entender a pressão internacional para a abertura dos Rios da Amazônia à navegação internacional, ocorrida em 1865. É importante anotar o que isso representa a (não) evolução do desenvolvimento econômico do Brasil. Usufruímos do privilégio e das folias do látex sem saber transformá-lo em oportunidades e trampolim em direção ao futuro.

Hoje, a despeito de termos perdido a batalha tecnológica para os ingleses – que souberam cultivar extensivamente a seringueira em seus domínios asiáticos – ainda não conseguimos, sequer, produzir racionalmente a quantidade de borracha que atenderia ao polo industrial de duas rodas, um dos mais evoluídos do polo industrial de Manaus.

Trem de brinquedo

Descrição gerada automaticamente com confiança média

foto: André Pessoa

A razão é muito simples. O Brasil de 1967, que demorou 10 anos para elaborar o programa Zona Franca de Manaus, para redução das desigualdades regionais, pensou pequeno e a pouca distância esta modulação econômica, agrícola, comercial e industrial. Nas primeiras décadas da ZFM a ordem federal era treinar tão-somente trabalhadores até o ensino médio. A visão estratégica era de manutenção da soberania nacional sobre a Amazônia restrita às nossas fronteiras. Ninguém olhou o mapa para se dar conta que apostar na Amazônia significaria acesso mais rápido aos mercados dos países desenvolvidos, América do Norte e Europa. Antes do MercoSul, seria mais inteligente o MercoNorte. 

Integrar para proteger e não entregar a riqueza para uma cobiça estrangeira que começou a se acirrar depois do século XVII. Era o início do Ciclo dos Viajantes. Sequer soubemos negociar parcerias. Eram espiões europeus, travestidos de botânicos, jornalistas, religiosos, que fizeram inventários prévios do Eldorado, sem saber que mais do que dourado, a riqueza da floresta é verde, ou seja, a imensurável riqueza da biodiversidade amazônica. Ainda hoje, fechamos fronteiras da matéria-prima, inutilmente, mas não ensaiamos escancarar a fronteira do conhecimento, a fonte segura da transformação.

CIEAM, 44 anos de resistência e compromisso com a Amazônia

Em 2023, o Brasil começou a acordar para o velho sonho Amazônia, a utopia do paraíso perdido, onde habita a eterna juventude dos cosméticos, a higidez perene da alimentação integral/funcional, e dos fitoterápicos sem danos colaterais. O cardápio de riqueza é impossível de inventariar. Manter a floresta em pé não é o que nós imaginávamos, uma conversa fiada para impedir o desenvolvimento regional do país. Era, na verdade, guardar para o modo bionanotecnológico na geração de riqueza com os bioativos da revolução biomolecular na Amazônia. 

Todos os que aqui vivemos e/ou trabalhamos e nos debruçamos na história da economia da Amazônia a partir da metade do século XX, sabemos dos embaraços de empinar o desafio da prosperidade regional. Há um Fundo de Compensação previsto para a Suframa na reforma tributária. Isso exige uma conversa emergencial. E o resguardo de mecanismos de repasse seguros, transparentes e permanentes.

No meio deste atravancado caminho, aconteceu, entre outros embaraços, uma pandemia, uma ameaça invisível e inusitada, que obrigou a todos e a cada um a se reinventar. Empreendedores, gestores públicos, voluntários de toda a ordem, eram instados a se movimentar, na descrição de Luiz Augusto Rocha, presidente do Conselho do CIEAM:

“entre feridos e acidentados, podemos dizer que, movidos pela força da solidariedade, até aqui sobrevivemos. Para a história, importante registrar: ao invés de colocar o cadeado nas fábricas e ir para os nossos aconchegantes lares e aí passar a propalada quarentena. Porém, as principais lideranças do polo industrial de Manaus arregaçaram as mangas, tomaram para si a responsabilidade da iniciativa e passaram a articular soluções com as lideranças nacionais com quem partilhamos visão de mundo”. 

Uma imagem contendo quarto, mulher

Descrição gerada automaticamente

Foto: Divulgação

Essa história de geração de riqueza, oportunidades e civilidade social já está escrita em seus capítulos iniciais. Entretanto, ela não terá fim na medida em que o país estiver de cócoras e de costas para o fascínio e o espinho de gerar prosperidade com sustentabilidade florestal, com essa burocracia infernal. Proteger a floresta supõe geração de riqueza e de ferramentas de promoção humana e realização profissional, como buscam fazer as empresas mais ousadas.

A entidade CIEAM está escrevendo a história de lideranças empresariais, sacudidas e sustentadas pela insistência de tantos heróis da resistência e suas respectivas comissões, devotadas e compromissada com a base civil, em nome da nova ordem, a justiça social, tendo o progresso econômico e sustentável por finalidade, na direção da prosperidade geral da Amazônia e nossa gente.

O Centro da Indústria segue inquieto a bordo desta nave teimosa da conjugação verbal da economia em consonância com a ecologia, há quase meio século, com um olho no gato da produtividade e outro na promoção da dignidade humana e socioambiental, sem a qual é inviável a navegação. Longa vida, CIEAM, associados, aliançados e encarregados das múltiplas funções no exercício do protagonismo, da solidariedade e da habilidade de quem escolheu ser e crescer uma entidade em movimento. 

II

Com visão de futuro, CIEAM celebra 44 anos e inaugura memorial dos ex-presidentes

Presidente do Conselho Superior, Luiz Augusto Rocha, se une aos conselheiros da entidade, onde a participação feminina cresce e aparece, e aos responsáveis pelas Comissões Setoriais, para prestar contas e destacar planos da nova gestão.

Liderança feminina 

O ponto alto de sua manifestação foi exaltar a presença cada vez mais numerosa de lideranças femininas, um verdadeiro tabu nas entidades de classe da indústria brasileira. Rocha fez questão de fazer um levantamento para reforçar seu argumento e satisfação.

“Quero destacar a crescente participação feminina no CIEAM. Somos hoje onze líderes Mulheres em nosso Conselho. Pesquisei, mas não encontrei, em nenhuma entidade empresarial brasileira, um percentual tão alto de mulheres em seus conselhos. E precisamos de mais mulheres líderes, pois elas têm capacidade superior de realizar, e o fazem, com firmeza e dedicação, mas temperadas com doçura e beleza”. 

Comissões CIEAM: no dia a dia das empresas

Outro registro especial do evento foi dado aos conselhos setoriais, as Comissões CIEAM. Trata-se de uma ferramenta preciosa para a entidade conhecer, enfrentar e equacionar demanda pontuais das empresas, especialmente as que envolvem as cangalhas tributárias. Imaginem se não fôssemos uma Zona Franca.

Comissão de Tributos: Moises Silva

Comissão de Logística: Augusto César Rocha

Comissão ESG: Régia Moreira

Comissão de Segurança: João Mezari 

Comissão de Recursos Humanos: Silvana Aquino

Comissão de Assuntos Jurídicos: Victor Bastos

Comissão Desenvolvimento e Inovação: Mariana Barrela

Comissão de Assuntos Legislativos: Rebecca Garcia

“Este é um time forte e que realiza mais um trabalho voluntário, que tem sido fundamental para desenvolvermos e realizarmos as decisões do Conselho, mas também para ampliarmos nossos serviços e a atração de novos associados, garantindo, assim, o crescimento contínuo e aprimoramento de nossa atuação”

 reforçou o líder empresarial.

Luiz Augusto Barreto Rocha

Leia pronunciamento na íntegra: 

Caros Conselheiros do CIEAM, autoridades, demais membros da nossa valorosa comunidade industrial, funcionários, ex-funcionários, familiares, senhoras e senhores.

É com grande satisfação que nos reunimos hoje, para celebrar os 44 anos do nosso CIEAM.

Ao longo de mais de quatro décadas, esta entidade tem sido de fundamental importância, agregando as principais lideranças da indústria amazonense, de forma competente e altiva, em defesa da segurança jurídica e do desenvolvimento econômico do polo industrial de Manaus e da região amazônica.

Hoje é dia de agradecer, primeiro a Deus, que tudo nos concede.

E é dia também de agradecer aos grandes líderes desta entidade. Todos que aqui estiveram fizeram o seu melhor, deixando, ao final de cada período, um legado pessoal.

Esta galeria de presidentes, hoje inaugurada, reconhece as contribuições de cada um deles. Suas realizações impulsionaram nosso setor industrial, colocando-o como referência.

Se hoje podemos falar em sustentabilidade e inovação na Zona  Franca de Manaus, por exemplo, devemos agradecer, também, a estes grandes presidentes que aqui fizeram história.

Seus nomes e retratos ficarão registrados para a posteridade, como forma de reconhecimento, a cada um deles, por suas contribuições.

Nesta celebração, também queremos agradecer aos funcionários atuais e aos que já passaram por aqui. Além destes, colaboradores, consultores, prestadores de serviços, que dedicaram e dedicam, com suas habilidades e esforços, em prol do nosso propósito maior: o desenvolvimento sustentável da Amazônia e a melhoria da qualidade de vida de nossa população.

A eles, na pessoa de nossa funcionária decana, Genesse Freire, rendemos as nosas homenagens. Sem a colaboração de todos o CIEAM não seria o que é!

Muito obrigado, presidente-executivo Lúcio Flávio.

sua grande capacidade de trabalho, ao liderar esta equipe direta de seis pessoas – repito seis pessoas – fazendo com que pareçam 60! Obrigado Lúcio, meu querido amigo de tantas décadas!

Destaco e agradeço ainda ao trabalho voluntário de nosso Conselho Superior – 46 homens e mulheres que diariamente participam, decidem, influenciam e ditam as direções por onde vamos. Muito obrigado, Conselho!

Quero destacar a crescente participação feminina no CIEAM. Somos hoje onze líderes Mulheres em nosso Conselho. pesquisei, mas não encontrei, em nenhuma entidade empresarial brasileira, um percentual tão alto de mulheres em seus conselhos.

E precisamos de mais mulheres líderes, pois elas têm capacidade superior de realizar, e o fazem, com firmeza e dedicação, mas temperadas com doçura e beleza.

Outro registro especial foi dado aos conselhos setorias, as Comissões CIEAM. Trata-se de uma ferramenta preciosa para a entidade conhecer, enfrentar e equacionar demanda pontuais das empresas, especialmente as que envolvem as cangalhas tributárias. Imaginem se não fosse uma Zona Franca.

Quero também fazer um agradecimento especial para os líderes das nossas Comissões CIEAM:

Comissão CIEAM de Tributos: Moises Silva

Comissão CIEAM de Logística: Augusto César Rocha

Comissão CIEAM ESG: Régia Moreira

Comissão CIEAM de Segurança: João Mezari

Comissão CIEAM de Recursos Humanos: Silvana Aquino

Comissão CIEAM de Assuntos Jurídicos: Victor Bastos

Comissão CIEAM de Desenvolvimento e Inovação: Mariana Barrela

Comissão CIEAM de Assuntos Legislativos: Rebecca Garcia.

Este é um time forte e que realiza mais um trabalho voluntário, que tem sido fundamental para desenvolvermos e realizarmos as decisões do Conselho, mas também para ampliarmos nossos serviços e a atração de novos associados, garantindo, assim, o crescimento contínuo e aprimoramento de nossa atuação.

Finalizo, agradecendo a nossos familiares, de quem privamos tantas horas de convívio para aqui servir a nossa Indústria, o nosso Amazonas o e nosso Brasil.

Muito obrigado Famílias, muito obrigado Suely Rocha!

Reforçamos aqui o nosso direito de manifestação: quem tem autoridade e conhecimento para falar pela Amazônia, pela nossa gente e pela nossa economia somos nós que aqui vivemos, geramos empregos, renda e vida digna para milhões de brasileiros.

E para realizar isso, ampliamos nossa comunicação e a tornamos nacional, como temos dito, muito além da enseada do marapatá.

Hoje o CIEAM é a referência de nossa região, na interlocução com a grande mídia nacional.  Desta forma, nos mostramos ao Brasil e ao mundo, reforçando o compromisso com a ampliação do debate, mas colocando as verdades dentro da perspectiva da realidade que nós conhecemos, de nossa indústria e do nosso tecido social. Seguiremos na trilha determinada pelo nosso Estatuto e Conselho Superior, enfrentando os desafios que são e serão muitos, mas sempre fazendo o que for necessário para que possamos seguir fortalecendo a nossa indústria, preservando a Amazônia e contribuindo com a redução das desigualdades regionais do nosso Brasil. Muito obrigado.

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