Esta frase ouvi de um motorista de táxi, em Lisboa, quando me deslocava de um lugar para outro na capital portuguesa, em conversa sobre a situação de degradação moral e política que atinge a administração pública nas três esferas de poder, o executivo, o legislativo e o judiciário, no nosso país. A frase parece não conter nenhuma novidade, para nós, brasileiros, que vivenciamos os fatos degradantes no dia a dia da vida nacional. Mas proferida por um cidadão simples de outro país, que nunca veio ao Brasil, torna-se significante na medida em que nos transmite a triste realidade da dimensão das práticas de corrupção cujo conhecimento já chegou às pessoas do mundo afora, causando vergonha aos brasileiros que vivem com honestidade e com o suor do seu trabalho digno e aos desempregados (são ainda 14 milhões) que deixam o país em busca de emprego. São tantas as emoções negativas com os políticos e maus empresários brasileiros, que, a cada novo dia, parece que fica pior do que o dia anterior.
Nos últimos dias, surgiu nas redes sociais uma onda de opiniões de brasileiros favoráveis à intervenção militar a partir de uma palestra que um general de nome Mourão proferiu numa loja maçônica. Disse o general, que lembra o outro Mourão que deflagrou o golpe militar de 1964, que estava convencido de que só existe uma solução para o Brasil, que é o governo militar. Os mais novos não viveram o tempo da ditadura que sufocou a liberdade e o direito de opinião do povo brasileiro, e que assassinou centenas de opositores do regime autoritário, além de outras práticas nada virtuosas do governo militar. Os mili tares fecharam o congresso nacional e cassaram mandatos de políticos valorosos na vida pública. Pelo desprezo que o povo tem pelos políticos, atualmente, se fechassem o atual congresso, posso até imaginar que seria uma medida passível de atrair a simpatia popular. Podemos até afirmar que, na verdade, essas casas legislativas lotadas de políticos corruptos que só cuidam do interesse pessoal deles, negligenciando o interesse público, não fazem nenhuma falta ao povo. Esta seria uma afirmativa aparentemente correta, se não causasse lesão ao estado democrático de direito, que sustenta o regime republicano de governo, que tem a constituição como ordenamento de garantia aos direitos sociais e individuais e defesa da dignidade da pessoa humana, com a livre manifestação do pensamento.
A solução para esse congresso carcomido pela corrupção seria a renúncia coletiva desses delinquentes aos seus mandatos, e a realização de novas eleições sem a participação deles, com a renovação total dos integrantes do congresso. É óbvio que isso não é de se esperar desses canalhas, e se ocorresse daria acesso dos suplentes, a respeito dos quais não se sabe quem é quem. Ou se não renunciarem, que o povo não os reeleja. Mas a solução da questão ética na política brasileira, não pode afastar-se das regras da democracia, que por pior que possa parecer, o povo nela exerce o direito de eleger os seus mandatários de quatro em quatro anos. No governo militar, o dirigente da nação é escolhido no quartel, entre generais, sem a participação popular, pelo voto livre, secreto e universal. O golpe militar de 64 adotou o motivo de salvar o Brasil do comunismo que avançava. Essa motivação foi uma fraude, porque os comunistas daquela época, com exceções, não queriam fazer revolução comunista nenhuma, visto que eram tão ideologicamente trapalhões e enganadores como os de hoje, do tipo Lula, Dirceu, Dilma, Vacari, Genoino, Lindenberg e outras figuras do sindicalismo pelego, que, como as de hoje, viviam mamando nos governos do PT. É evidente que para a democracia funcionar as instituições também devem agir, cumprindo as suas funções institucionais, sobretudo na persecução penal, punindo aqueles que se consideram acima da lei e cometem crimes.
O atual presidente, pela conduta deletéria à ética política que vem exibindo, também deve ser preso, atendidos o devido processo, a ampla defesa e o contraditório. Nos últimos dias uma bo a novidade veio de uma pesquisa do instituto Data Folha, que aferiu a opinião de mais de 50% dos consultados se manifestando a favor da prisão do Lula. Este senhor é o maior problema do Brasil, na medida em que ele e a sua turma levaram o país a esta desgraça social, moral e política em que nos encontramos, e ele continua em campanha política legalmente fora de época, e se passando como salvador da pátria. E aí me lembro do motorista de táxi que conheci em Lisboa, quando disse que o Brasil seria o maior país do mundo, se não existissem os políticos e os empresários corruptos. Então, a solução para consertar o país parece ser simples: basta termos políticos honestos e incorruptíveis, que sendo assim, os empresários de má índole não terão sucesso na apropriação de dinheiro público dos impostos que o povo paga, para dividir com os maus políticos.
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