Manaus, 21 de novembro de 2024

Dor na idade tardia

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Envelhecimento não é igual a adoecimento. Nascer é uma probabilidade, crescer e se desenvolver é um risco, mas envelhecer é um privilégio. E este privilégio depende de cada um que conseguiu ampliar a expectativa da sua própria vida. Desde a fecundação dependemos da saúde dos nossos genitores, de um bom acompanhamento médico, de uma alimentação saudável, atividade física e claro dependemos muito da genética repassada de geração em geração. À medida que crescemos somos impactados por vários outros fatores que dependerão das nossas escolhas ou não, como cuidados na primeira infância principalmente com as vacinas e prevenção durante a fase adulta, se tudo der certo podemos ter um envelhecimento sadio com a perspectiva de viver cada dia mais alcançando a longevidade.

Porém, nos consultórios muitos reclamam que depois dos 40 anos começam os sintomas de dores no corpo e atribuem este fato ao envelhecimento, ai doutor, dói a perna, dói o braço, as mãos, as costas e assim por diante, sabemos como é difícil conviver com a dor, mas a dor não é considerada uma característica normal do envelhecimento.

Sabemos que no processo do envelhecimento envolve a redução e perda de algumas funções. Nossa massa muscular é reduzida, o rim perde 30% da capacidade de filtração glomerular, o tubo digestivo perde 40% da capacidade de absorção alimentar, o pulmão perde 40% da capacidade de oxigenação celular, o cérebro vai perdendo lentamente massa cerebral branca ocasionando perda de memórias, e outras alterações fisiológicas que podem ser aceleradas ou diminuídas de acordo com nosso estilo de vida.

O processo da dor no corpo pode ter várias origens, quando ultrapassa três meses temos estabelecida a dor crônica e deve ser tratada. A dor geralmente afeta os idosos porque a estrutura óssea do nosso corpo “o esqueleto” e seu conjunto de articulação também perdem funções moleculares levando a osteoporose como vimos no meu artigo anterior, uma enfermidade que causa a fragilidade óssea, temos também desgastes e inflamações das articulações que com o tempo perdem a lubrificação gerada por uma doença conhecida como a artrite reumatoide, causando muita dor e impedimento de movimentos, além destas dores localizadas, há também outras enfermidades que podem disparar o processo de dor no corpo todo como é o caso da fibromialgia ou até mesmo uma simples compressão de nervos que desencadeia dores sem causa aparente. Cada caso de dor deve ser investigado por especialistas antes de qualquer tratamento, evite automedicar-se, pois a dor pode esconder os verdadeiros motivos, temos como exemplo de casos cefaleia por hipertensão, ou dor de cabeça causada por sinusite, dor causada por gases intestinais ou infelizmente um câncer.

Portanto, não aceite a dor como um fardo do envelhecimento, buscar uma qualidade de vida deve fazer parte constante do nosso cotidiano. Cuidem-se!

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