Manaus, 22 de novembro de 2024

Economista, profissional do desenvolvimento

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Sob o tema “Economia, Ética & Cidadania”, o Conselho Regional de Economia – CORECON-AM acaba de promover mais uma Semana do Economista, durante a qual, no período de 13 a 18, foram debatidos questões de amplo alcance e interesse da sociedade. Dando início à Semana foi promovida a palestra “Corrupção e seus efeitos sobre a dinâmica do crescimento econômico regional”, ministrada pelo delegado federal Pablo Oliva, na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), com a participação de estudantes e economistas. Seguiu-se a realização de uma Oficina “Criatividade, propósito e carreira”, sob a responsabilidade do economista Durval Braga, fundador do Parque de Ideias, na unidade UEA.

Casa cheia no Curso de “Matemática Financeira”, à frente o professor Eliraldo Adbensur, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Na terça-feira o Corecon participou da Sessão Especial promovida pela Assembleia Legislativa do Amazonas  (ALEAM) em homenagem ao Dia do Economista, celebrado no dia 13 de agosto. A homenagem foi proposta pelos deputados economistas José Ricardo e Serafim Correa, com apoio do deputado Luiz Castro. Na ocasião, o presidente do Corecon, Francisco Mourão Júnior, em nome do Conselho agradeceu a homenagem, registrando os 67 anos da profissão no Brasil, 46 anos no Amazonas. “Ao longo desse período, os profissionais jamais se recusaram a se envolver nos debates em torno do processo de desenvolvimento do Estado. O Conselho é parceiro do desenvolvimento sem descuidar, no entanto, de posicionamentos críticos quando necessário”, salientou Mourão Júnior.

Extensos e árduos são os caminhos do desenvolvimento econômico. O Amazonas ainda não concluiu a terceira etapa, dentre as cinco propostas por W.W. Rostow (1961), como intrínsecas a esse longo e penoso processo. A fase do arranco (take off), o intervalo em que as obstruções e resistências ao desenvolvimento são superadas, e na qual ocorre a acumulação de capital, indispensável ao crescimento auto sustentado por investimentos líderes geradores de renda e emprego.

Ainda se verifica a falsa percepção de que o planejamento governamental leva em conta fórmulas aplicáveis “erga omnes”, isto é, extensivas simultaneamente a todos os setores da economia. Na verdade, o processo é lento, gradual e setorial,, podendo, segundo a competência e legitimidade do governante e do sistema político produzir efeitos abrangentes sobre o conjunto da sociedade. Ou não! Quem comanda carrega o ônus da tomada de decisão.

Mas, afinal o que é Economia? Trata-se do estudo de como as sociedades dispõem de recursos escassos para produzir bens valiosos e distribuí-los entre diferentes grupos; o estudo da forma como se usam esses recursos para satisfazer necessidades humanas ilimitadas. Configurando a base nevrálgica do sistema econômico, constituem tais recursos: Terra (recursos naturais, florestas, minério, etc);  Trabalho (dotações humanas); Capital (os meios técnicos e físicos de produção – máquinas e instalações) e a Tecnologia (de produto e processo)aplicados (o conjunto dos recursos) na produção de bens e serviços.

Aqui reside o maior desafio do processo de escolha de alternativas mais adequadas ao atendimento das necessidades humanas. O pleno equilíbrio entre recursos escassos e bem estar pode, ao que se presume, ser entendido como desenvolvimento. O objetivo maior da Economia, enquanto ciência e instrumento de gestão pública. Na complexidade de escolha das alternativas e oportunidades economicamente factíveis, não há espaço para soluções mágicas. O economista apenas subsidia alternativas a planos, projetos e estratégias na esfera governamental e da iniciativa privada. A escolha de soluções independe da vontade desse profissional, mas de instâncias superiores. Por isso nem sempre funcionam, exatamente devido a que, embora o crescimento seja função direta de investimentos sólidos em infraestrutura técnica e operacional, em educação, ciência e tecnologia, esta via, por circunstâncias eminentemente do interesse partidário, nem sempre é a eleita pelo governante. Contrariamente, recaindo a decisão sobre a opção correta o país se desenvolve social e economicamente.

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