A Praça Tamandaré e Rua Marquês de Santa Cruz em Direção ao Mercado
Aqui outrora estava a foz do igarapé dos Remédios atravessada por uma ponte pênsil de ferro. A praça está bem cuidada e apresenta um chafariz, no centro do triângulo por ela formado, onde hoje existe um tapume há vários meses, depois que foi demolido o bar que enfeava o local, sem qualquer benefício direto para a população, como tantos outros. Ressaltamos a poda arredondada dos Fícus benjamins, hoje esquecida.
À esquerda o casario comercial da Rua Marquês de Santa Cruz, que não sofreu muitas mudanças, e a direita o primeiro paredão de nivelamento da cidade, um grande trapiche, depois demolido, onde foi construída a Capitania dos Portos e dois armazéns da Manaos Harbour.
Ao lado esquerdo do triângulo da praça estão as carroças de transportes de tração animal, puxadas por burros ou cavalos, únicos veículos de transporte de cargas da cidade, que como vemos nesta foto, ainda não apresenta automóveis. Para os lados onde um dia será a Capitania, ficavam os carros de mão de tração humana, usados para transporte de bagagens e para cargas de pequeno peso, geralmente pertencentes a imigrantes portugueses e italianos. Eles serviam de emulação para todos os que não se saiam bem nos estudos, pois até os professores repetiam a frase: se continuares assim sem estudar, quando cresceres, vais ser carroceiro, no porto ou no mercado.
No meio da rua podemos ver os trilhos dos bondes que subiam a Miranda Leão ou dos que iam para o mercado.
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