Manaus, 21 de novembro de 2024

Jogos da esperança

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Aproxima-se o dia em que o hemisfério Sul do continente americano viverá dias de glória, valorizadas pelo esforço das equipes nacionais na disputa pelos lugares no pódio. Esses jogos modernos são a continuação daqueles que ocorreram na Grécia, onde, através do esporte, os povos se encontram, irmanados pelas disputas para celebrar a vida.

O Brasil viverá o esplendor de ser o país mais visto, em agosto de 2016, com os contrastes abismais entre  beleza e a pobreza de todo nosso povo simples, revelando para o mundo a capacidade engenhosa de apresentar mais um espetáculo maravilhoso que encherá os olhos do mundo, sem dúvidas – o maior espetáculo da Terra -, mas, ainda, sem erradicar o analfabetismo e a pobreza de seus cidadãos.

Os Jogos Olímpicos do Brasil tem como sede o Rio de Janeiro, cidade na qual ocorrerá a maioria das competições e, Manaus, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo foram selecionadas como sub-sedes para completar essa descentralização, aproveitando a estrutura das arenas construídas para a Copa-2014, para servir de palco aos espetáculos de alguns esportes.

Em Manaus, oficialmente,  vão ser realizadas três partidas de futebol feminino na Arena da Amazônia, com a possibilidade de ser contemplada com uma partida das oitavas de final. Para tanto algumas transformações serão acrescidas como a construção de vestiários femininos. Mas será que a cidade mais bem avaliada pela FIFA não poderia ganhar mais competições?

A Vila Olímpica também está sendo repaginada, ganhando um novo padrão que vai da reforma do Hotel dos Atletas até o revestimento de uma pista de atletismo nova, que servirá como base para treinos e adaptação das seleções de inúmeros países em solo amazônico. Mas um povo que recebeu tão bem dirigente, atletas e turistas deveria ser contemplada com bem mais.

Recentemente alguns jornais estrangeiros criticaram a qualidade da água nos locais em que serão realizadas as provas de esportes náuticos, no Rio de Janeiro,  por causa da poluição. Não seria o caso das autoridades olímpicas mundiais optarem pelas águas cálidas do Rio Negro? Deste modo poderíamos afirmar que o Comitê Olímpico Internacional estaria fazendo uma boa escolha ao optar pela Capital da Amazônia e estimulando, pelo menos, o remo amazonense abandonado pelo governo dentre outros esportes relacionados.

A população espera o legado dos dirigentes com estes jogos, pelo menos, incorporando a cartilha da Ética, afastando o Brasil da miséria. Já é uma grande conquista.

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