Manaus, 21 de novembro de 2024

Mostra de Ukelelê

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O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia realizou nos dias 29 de julho a 2 de agosto, a “I Mostra de Instrumentos Musicais:  Ukelelê”, na Casa da Ciência. Segundo o professor de Lutheria Gean Dantas, Ukelelê  significa pulga saltitante por causa do modo tocado, como se as cordas fossem “beliscadas”. O instrumento  é originário da Ilha da Madeira, mas teve projeção internacional no Hawaí. É considerado pelos luthiers brasileiros, como primo do Cavaquinho.

Conforme a coordenadora professora-doutora Claudete Catanhede faz parte do projeto os cientistas Estevão Monteiro de Paula, Joaquim dos Santos e Niro Higuchi que articularam a materialização das aulas e dos experimentos no Município de Manacapuru, disponibilizando vagas para os alunos da rede estadual de ensino, preenchidas pelo interesse, comportamento e rendimento escolar, afirmou.

Foram selecionados 12 alunos para o curso e cada um obteve uma bolsa Pibic (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica), para a confecção de Ukelelês trabalhando com madeiras até então pouco comercializáveis como é o caso da espécie Piquiá. No entanto trabalham também com o conceito ecológico do reaproveitamento de madeiras.

No Curso de Luteria de Ukelelê os alunos utilizam essências florestais da Amazônia nas quais a instituição já avaliou com  os testes físicos, químicos e acústicos a viabilidade técnica da construção. Para o estudante Pablo Alves, o projeto em questão joga papel importantíssimo em nossa comunidade, visto que a maioria dos jovens ainda não tem profissão definida e que, além da formação, insere o jovem no processo, gerando renda para as famílias, disse.

Apenas quatro  estudantes de Lutheria – confecção de instrumentos musicais com caixa de ressonância -, apresentaram os resultados para o público que compareceu e comprou a produção, mas a questão financeira inviabilizou que toda turma estivesse presente, para tocar afinado. Até os cientistas envolvidos contribuíram financeiramente para que os jovens ficassem hospedados até o fim da mostra.

Ridículo o papel do Governo Federal ao cortar investimentos de um dos mais importantes patrimônios culturais e científicos do Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, sediado no coração da nossa região. Como é que o governo quer dar o salto dos tigres se não há investimentos robustos na ciência?

Infelizmente a iniciativa dos cientistas ainda não conseguiu sensibilizar as autoridades municipais, mas a música ecoou para todo mundo ver e ouvir, através do concerto realizado no domingo e na terça-feira passada, no palco sagrado do Teatro Amazonas, onde os jovens colocaram em prática o que aprenderam com o maestro Davi Nunes, regente da Orquestra de Violões do Amazonas tocando com os próprios instrumentos que confeccionaram. Foram aplaudidos de pé pela plateia daquela casa de ópera.

Este grupo já entrou para a história, deixando um legado inesquecível para a cidade que é a Camerata de Manacapuru.  Já está provado que a inserção de jovens em projetos sociais, além de gerar renda, sem dúvidas, vai evitar que o prefeito construa prisões. Que vergonha Prefeito de Manacapuru! Agora, desejo saber qual o legado que o senhor vai deixar para os seus munícipes? Por favor, seja humilde e aprenda a lição com os estudantes, a aula ainda vai para o 3º tempo… O senhor está semelhante ao seu colega Mamoud Amed, de Itacoatiara, que está no 5º mandato e não vai deixar nada de legado positivo para o povo.

Parabéns Moisés Barros Praia, Jailson Ramos da Mata, Pablo Alves Leitão, Pedro Paulo Gomes e toda turma pelo exemplo. Aos ilustres cientistas Claudete Catanhede, Estevão Monteiro de Paula, Joaquim dos Santos e Niro Higuchi a sociedade está orgulhosa de vocês por serem diferenciados e por terem mostrado o Mapa do Caminho.

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