Quando sentimos “um frio na barriga”, “um arrepio na coluna”, uma vontade “louca” de estar junto, parece que não se tem o ar, que o coração está descompassado.
A paixão é assim, mexe com o nosso corpo, ficamos pensando constantemente na pessoa. A paixão faz a gente não pensar direito, reduzimos o mundo e tudo o que nos cerca a esse sentimento. Se a paixão vai bem tudo está lindo, mas se não vai bem, o mundo se torna mal, feio, sem esperança. É um sentimento que consome que dói. Que falta uma parte de si mesmo.
Muitas vezes confundimos esse sentimento com amor, pois é tão forte que começamos a achar que isso que é o amor. Essa necessidade da outra pessoa, pois só com ela estaríamos completos.
Na verdade o amor é muito diferente disso. O amor é um sentimento que nos traz paz, conforto, um bem-querer maior que tudo pela outra pessoa. Mas como sabermos se é amor? Primeiramente devemos lembrar-nos de um “mandamento” de um Ser Iluminado que trouxe muitos ensinamentos sobre o amor. Aquele que diz que devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas e aos outros como a SI MESMO”.
Sendo assim, o primeiro passo é aprendermos a amar a nós mesmos, aprender a nos respeitar como pessoa, a buscar um sentimento que não nos traga dor e sim aconchego, saber que primeiramente temos que conhecer nossos verdadeiros desejos, aquilo que nos faz ficar em paz, que nos traz felicidade sem ter que esperar que o outro faça alguma coisa pra que isso aconteça. O amor tem que brotar primeiramente dentro do nosso coração pela nossa pessoa, pois assim conseguiremos preparar o terreno do coração para que outra pessoa possa habitá-lo.
Quando estamos apaixonados sempre esperamos que a outra pessoa venha completar algo que esta faltando dentro de nós mesmos. Mas essa falta é nossa e a outra pessoa não tem a responsabilidade de completá-la.
A paixão normalmente nos cega e só nos faz enxergar aquilo que queremos. Isso é um risco muito grande por que estamos apaixonados pela idéia que fazemos da outra pessoa e não pela pessoa como ela é verdadeiramente: com suas qualidade e defeitos.
Amar é saber gostar de alguém reconhecendo e valorizando as qualidades e defeitos e desejando sempre o bem, independente dela estar ou não do nosso lado.
O amor é calmo, paciente, compreensivo (mas não é aquele que aceita tudo), que sabe a hora de dizer sim e de também dizer não. E principalmente o amor nos faz sorrir e não chorar. Amar alguém é cuidar, valorizar e querer que o outro esteja sempre bem em todos os aspectos da vida, é vivenciar suas alegrias e tristezas como se fossem as nossas.
O amor é cuidadoso, atencioso e cúmplice. Ele nos faz acreditar que a felicidade não está nas mãos de outra pessoa e sim nas nossas mãos.
Que só podemos ser felizes com alguém se conseguirmos ser felizes com nós mesmos. O amor é aceitar que o outro tem defeitos, que somos diferentes, mas que podemos conviver com estas diferenças, pois o que atrai duas pessoas é exatamente o que um tem e o outro não.
Há quem acredite que é necessário viver cegamente uma paixão já que as pessoas hoje em dia não se permitem mais sofrer.
Mas quem disse que quem ama não sofre, não chora, não erra, não sente ciúmes e não se decepciona às vezes.
O que vale nessa vida é amar intensamente e ter a certeza que tudo com amor e emoção, flui bem melhor.
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