Manaus, 17 de junho de 2025

O último dia do Eldorado e do Lago Parima (1)

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armando-loureiro*Armando Loureiro

Por mais incrível que pareça, o ELDORADO e o LAGO PARIMA desapareceram ao mesmo tempo em um único dia, devido a um grande terremoto de 7 na escala Richter. 

Esta data é informada no Diário do Padre Samuel Fritz (1654-1724) e não é precisa: Ficando como qualquer dia do mês de junho de 1690.

Há mais de 30 anos, venho estudando estas duas lendas responsáveis sobre a existência da Amazônia no passado, perdurando até hoje, abrindo um novo futuro para elas. As novidades são muitas.

Tentarei explicar toda essa história pausadamente na próxima vez, através de um índice.

Quanto ao terremoto de 1690, atestado cientificamente e considerado como o maior do Brasil, pode ser verificada a comprovação através da pesquisa do Sr. Alberto Veloso (Instituto de Geociências da Universidade de Brasília – UnB), publicado no site http://amazoniareal.com.br

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 1

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima – Primórdios 

1 – Um pouco depois da descoberta da América, espanhóis em suas primeiras viagens ao longo da Costa da Colômbia, escutaram a lenda do Rei Dourado.

2 – Contava a lenda sobre um soberano da região colombiana, o Príncipe Guatavita, que teria caminhado até a um lago, situado numa altura de 3.700m, onde na sua margem, o seu corpo foi ornado com ouro em pó, obedecendo a um certo ritual. Em seguida, lavou-se nas águas do Lago, deixando o ouro do seu corpo como oferenda. Daí o lago ter ficado com o nome Lago Guatavita.

3 – A procura do “Homem Dourado”, deu origem a cidade chamada El Dorado, à margem do Lago Parima.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 2

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima – À Procura

4 – Em 1540, o governador da Província de Quito, Gonçalo Pizarro, irmão de Francisco Pizarro, esse o destruidor do “Império Inca”, no Peru, montou uma enorme expedição cujo objetivo principal era encontrar o El Dorado.

5 – Devido a falta de alimentos para a expedição, em janeiro de 1541, Gonçalo Pizarro determinou ao seu Capitão Orellana a procura do El Dorado, resultando na descoberta do Rio das Amazonas.

6 – Com o decorrer dos anos, após a expedição de Gonçalo Pizarro e da descoberta do Rio das Amazonas por Orellana, o “El Dorado” ficou funcionando como um ímã atraindo aventureiros e exploradores.

7 – Inúmeras novas expedições foram enviadas à procura do “El Dorado”, uma delas sob o comandada por Pedro de Ursua, e tantas outras conduzidas por espanhóis.

8 – Banqueiros europeus, reis e rainhas da época financiaram expedições para descobrir a “Terra do Homem Dourado”, associada agora a uma ilha com um formato de uma xícara situada num altiplano frio, próximo da atual cidade de Bogotá.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 3

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima – À Procura

9 – Aos poucos a lenda transformou o “Homem Dourado” em “Cidade Dourada”.

10 – O Lago Guatavita, inicialmente com mais ou menos 3 Km de circunferência e 1 Km de diâmetro, foi aumentado até se transformar num verdadeiro mar fechado, do tamanho do Mar Cáspio.

11 – Tanto a “Cidade Dourada” ou “Eldorado” com suas ruas largas e telhados de ouro às margens de um lago gigantesco, distavam agora 2.500 Km da sua localização inicial. Esta nova localização passou a ser no rumo do baixo rio Orenoco e logo após no atual Estado do Amazonas, no Brasil. É bom lembrar que existe também um Estado do Amazonas na Venezuela.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 4

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O porque das mudanças de lugares das Lendas do Eldorado e do Lago Guatavita para a Amazônia.

12 – Baseado no Quadro de Theodore de Bry, datado de 1599, é notável que a Lenda do Homem Dourado e o Lago Guatavita da e na Colômbia, duraram apenas 60 anos de procura, pois a expedição de Gonçalo Pizarro é datada de 1540.

13 – Só a partir do ano 1600, é que surge um novo personagem de muita fama, à procura de um novo lago, o Lago Parima e um novo Eldorado, a Cidade de Manôa do Eldorado: Sir Walter Raleigh, o amante da Rainha Elizabeth I.

14 – Alguém teria transferido as lendas iniciais para a Amazônia, o que não seria possível. Levando-me a afirmar que o Lago Parima e a Cidade de Manôa são novas Lendas.

15 – Estudando todos os detalhes históricos e suas datas, cheguei a uma única explicação: Foi através da grande Expansão Territorial dos índios do grupo linguístico Aruaque ou Expansão Aruaque, de onde apareceram estas novas lendas.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 5

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

Os Índios do Grupo Linguístico Aruaque

16 – Índios do Grupo Aruaque, tornavam-se nômades por excesso de população masculina nas suas Tauacueras. Daí eles abandonarem essas suas tauacueras, indo invadir o território de outras tribos, matando toda a população masculina dessas tribos e ficando com suas mulheres.

17 – Tauacueras ou Tauaqueras significa Taba Velha ou Taba Antiga, pois Taua significa Taba e Cuera significa Velha ou Antiga, uma palavra composta da língua Aruaque.

18 – Eles expandiram seu território de Tauacuera em Tauacuera por todo o Caribe, chegando a entrar na Flórida nos Estados Unidos. Há notícias da sua expansão até ao Nordeste do Brasil.

19 – Na Bahia, temos a Ilha de Itaparica. Itaparica é um nome da língua Aruaque, cujo significado é Pedra Paricá ou Pedra do Paricá, pois Itá, tal e qual no Tupi é Pedra e Paricá é uma planta da qual se extrai um tóxico para um Pajé ter as suas visões.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 6

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

A Expansão Aruaque foi PRÉ-COLOMBIANA, isto quer dizer, data de antes de Cristóvão Colombo descobrir a América.

20 – Quando Cristóvão Colombo descobriu a América em 1492, na Ilha Espanhola (República Dominicana e Haiti), encontrou-a habitada por índios aruaques e caribes. Mar do Caribe é assim chamado por causa dos índios caribes.

21 – Nesta época de Colombo, na Ilha Espanhola, os espanhóis observaram: em alguns Cacicatos as mulheres falavam aruaque e os homens falavam caribe, tudo isso devido a uma outra expansão, a Expansão Caribe. Uma verdadeira Torre de Babel para os espanhóis.

22 – Cacicato é uma palavra oriunda de Cacique.

23 – Índios Caribes eram antropófagos e os Aruaques não se sabe.

24 – Mas, foi no pescoço dos índios aruaques que foram avistadas penduradas plaquetas de ouro. Esses índios já usavam ouro em plaquetas para comercializar.

25 – Isto vai ser comprovado pelo Diário do Padre Samuel Fritz, na sequência desse índice.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 7

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

Começa a procura do novo Eldorado e de um Lago chamado Parima.

26 – O Mar do Caribe, todos sabem, é imenso, várias são as suas ilhas e outros países atuais situam-se nele.

27 – Toda esta área excetuando-se os países onde habitaram os Maias e os Astecas, estavam apinhados de índios Aruaques e Caribes.

28 – As plaquetas encontradas nos pescoços dos índios Aruaques, a cada dia aguçavam a gana de ouro dos espanhóis, que os arguiam de onde elas teriam vindo.

29 – Talvez a resposta seria: “vem dos Manaus do Lago Parima”, ou dos “Manôas do Lago Parima”.

30 – Os índios Manaus, conhecidos por darem o nome à Cidade de Manaus, eram do grupo linguístico aruaque e foram dizimados por portugueses, pela cobiça do ouro que pendurava no pescoço.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 8

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

Viagem para comprovar a existência de Aruaques na Ilha Espanhola.

31 – Em 1994, eu viajei para a República Dominicana e me hospedei no hotel Casa de Campo nos Altos do Chavon, nas cercanias da Cidade La Romana, junto com outros amigos de Manaus.

32 – Admitimos como guia um crioulinho de 17 anos, que apelidamos de Pirelli, muito instruído e que almejava ser um guia oficial de turismo.

33 – Conversando com o Pirelli sobre os índios da Ilha, ele me confirmou a existência de Cacicatos de índios Aruaque, cujos principais índios eram os Taínos e informou que o único Cacicato de Caribe que existiu na Ilha era o dos índios Higüey. Contou ainda que existia um senhor no mercado de La Romana que vendia peças antigas (cacos de cerâmica) de índios da Ilha.

34 – Dentre os amigos de viagem estavam a Dra. Dismênia Paracate e a Sônia Jinkings. Dra. Dismênia comprou quadros dos artistas dominicanos, que são muito famosos e eu as peças arqueológicas, para comparações com as peças dos Aruaques do Amazonas, tudo isto neste mercado.

35 – Os adornos dessas peças são figuras de animais, tal e qual as dos Aruaques do Amazonas.

36 – Comprei ainda uma pedra de três pontas, que representa uma vagina, usada para enterrar no solo, uma forma de dar fertilidade à terra, muito difícil de achar, um verdadeiro troféu de viagem.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 9

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

DE COMO SE ESPALHARAM AS NOVAS LENDAS DA CIDADE DE MANÔA DEL DORADO E DO LAGO PARIMA POR TODO O CARIBE E AMÉRICA DO SUL

37 – A cobiça pelo ouro em plaquetas, exibido nos pescoços dos Aruaques, foi se alastrando de ilha em ilha por todo o Caribe. Cada Cacicato, ou cada Tauacuera, ou cada Taba, ou ainda cada Aldeia onde se encontravam índios Aruaques, era assaltada e dizimada por aventureiros, em busca de notícias da Cidade de Manôa do Eldorado e do Lago Parima.

38 – O fato da Cidade Dourada e do Novo Lago serem procurados agora no rumo do baixo Orenoco, foi por causa do antigo corredor de acesso de ida e de volta para o Caribe, utilizado por Aruaques na sua expansão e comercialização: o Canal do Cassiquiare.

39 – Do Canal do Cassiquiare, o rio Orenoco corre para o Mar do Caribe, o Rio Negro sai desse Canal e corre para o Rio Amazonas. O Rio Guaiania que nasce no sul da Colômbia, deságua no Rio Negro, sendo o seu primeiro afluente de porte depois que ele sai deste Canal.

40 – A expansão Aruaque não poderia partir de outros lugares da América do Sul, por dois motivos:

*Se fosse pelo Panamá os índios Aruaques cairiam nas mãos dos Maias, isto numa época anterior, ou nas mãos dos Astecas na época mais recente.

*Se fosse por outros locais da Costa Caribenha, a partir da Venezuela (exceto a foz do Orenoco) até as Guianas, a corrente do Golfo os arrastaria para o Mar dos Sargaços, um terror para qualquer navegante.

41 – Com o quase extermínio dos Aruaques, os Caribes (valentes, antropófagos e que não possuíam ouro), conseguiram ficar mais numerosos, daí o Mar ter ficado com o nome de Mar dos Caribes. Os índios Caribes também eram da América do Sul.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 10

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O OURO DA AMÉRICA DO SUL 

42 – Espanhóis, principalmente os da Catalúnia e os Bascos eram excepcionais metalúrgicos, eles fabricavam as melhores espadas e outras ferramentas da Europa.

43 – Quando Francisco Pizarro se apossou do tesouro dos Incas, eles (os Incas) segundo relatos antigos, conseguiram encher várias salas com objetos de metal dourado.

44 – Nesta época Incaica, os Incas usavam o ouro apenas para confeccionar peças para os seus rituais.

45 – Recente alguns arqueólogos estudaram o ouro usado nas peças dos Mochicas, um povo pré-incaico do Peru.

46 – Conseguiram então uma classificação por fases cronológicas, num total de quatro.

47 – O ouro usado para a confecção de peças na fase mais antiga, era ouro puro.

48 – Na segunda fase, era usado ouro misturado com prata.

49 – Na terceira fase era usado ouro, misturado com prata e com cobre.

50 – Na quarta fase, era usado ouro misturado com prata, com cobre e com estanho.

51 – Isto significa que se Pizarro enviasse os objetos de metal dourado intactos para a Espanha, não conseguiria nada com eles.

52 – Daí os seus metalúrgico terem conseguido separar os metais pelo ponto de fusão, fazendo barras de ouro, prata, cobre e estanho. Um trabalho árduo para os metalúrgicos.

53 – Já o ouro visto em plaquetas nos pescoços dos índios Aruaques, era considerado puro. 

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 11

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

SOBRE OS MAPAS EXISTENTES DA CIDADE “MANÔA DEL DORADO” E DO “LAGO PARIMA”

54 – A Editora Abril Cultural lançou há algum tempo uma coleção com o título “Grandes Personagens da História”, fazendo parte dela, os “Mapas Históricos Brasileiros”. São 56 cópias de mapas antigos.(veja foto1)

55 – Dentre esses mapas, temos alguns onde aparecem as tentativas de mostrar lagos abaixo do Rio Orenoco. Em outros já aparece o Lago Parima e ainda em outros a “Cidade Manôa Del Dorado” e o “Lago do Parima”.

56 – O mapa nº 11, da Coleção, o “Mapa Múndi de Pierre Desceliers”, é o primeiro a mostrar lagos no rumo do baixo Rio Orenoco.

57 – Este Mapa também é conhecido pelo nome de “Mapa de Henrique II” (Rei da França), que o teria mandado fazer em 1546. Mas, estudos posteriores, revelaram que tenha sido elaborado em 1542.

58 – Notem que esta data é bem próxima de quando houve a Expedição de Gonçalo Pizarro, em 1540 e a Descoberta do Rio Amazonas por Orellana, em 1541.

59 – A não existência do Rio Amazonas neste Mapa, confirma então a existência de duas lendas distintas para uma “Cidade Dourada” e um “Lago”.

60 – Observe na foto do Mapa, dois lagos na direção do Rio Orenoco. (veja foto 2)

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Foto 1

foto2

Foto 2

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 12

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

SOBRE OS MAPAS EXISTENTES DA CIDADE “MANÔA DEL DORADO” E DO “LAGO PARIMA”, COM TENTATIVAS DE MOSTRAR LAGOS PRÓXIMOS DO RIO ORENOCO. 

61 – Os Mapas de nº 13, nº 15, nº 19 e nº 20, da Coleção citada na parte 11, são de autoria de Diogo Homem, cosmógrafo oficial do Reino de Portugal.

62 – O Mapa nº 13, é de 1558, sendo conhecido por “Mapa da América Meridional”, faz parte de um Atlas de Diogo Homem, encontrando-se agora no Museu Britânico, em Londres.

63 – O Mapa nº 15, cujo original está na Biblioteca de Paris, é conhecido por “América do Sul I” e faz parte de um Atlas de Diogo Homem. Data(?)

64 – O Mapa nº 19, seu original está na Biblioteca de Dresden na Alemanha é conhecido por “América do Sul II” e faz parte de um Atlas de Diogo Homem, de 1568.

65 – O Mapa nº 20, o seu original também encontra-se na Biblioteca de Dresden, na Alemanha é conhecido por “América do Sul III” e faz parte de um Atlas de Diogo Homem, de 1568.

66 – Todos os Mapas de Diogo Homem, procuram mostrar Lagos no rumo do Rio Orenoco. Podendo algum desses lagos ser o Lago Maracaibo. Mostram ainda, acidentes geográficos, lugares e outros.

67 – O Mapa nº 16 da Coleção, é de autoria de Bartolomeu Velho, foi feito em Lisboa em 1561, e o original deste Mapa encontra-se no Museus Naval de La Spezia. É conhecido por “Mapa Mundi” de Bartolomeu Velho.

68 – Ele mostra dois Lagos em negro próximo onde está escrito Nova Granada.

69 – Todos estes mapas publicados até agora, nos mostram a procura de Lagos na direção do Rio Orenoco e comprovam a existência de duas Lendas em lugares diferentes.

foto3

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 13

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

FOTOS REFERENTES A PARTE 08 E A PARTE 10 DO ÍNDICE.

70 – A fotografia nº 01 refere-se às peças antigas (cacos de cerâmica) dos índios Aruaques da Ilha Espanhola, para comparação com as peças dos índios Aruaques da Amazônia.

71 – As fotografias nº 02 e 03, referem-se ao ouro dos Mochicas, um povo pré-incaico do Peru. O verdete que aparece nelas, indica oxidação dos outros metais utilizados nas suas confecções com o ouro.

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foto5

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O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 14

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

SOBRE OS MAPAS EXISTENTES DA CIDADE “MANÔA DEL DORADO” E DO “LAGO PARIMA”, COM TENTATIVAS DE MOSTRAR LAGOS PRÓXIMOS DO RIO ORENOCO.

 

72 – O Mapa nº 22, da Coleção da Editora Abril, chama-se “América Mundus Novus”, é de autoria de Vaz Dourado, um dos principais cartógrafos portugueses do século XVI e faz parte de um atlas de 1573, do próprio autor. Encontra-se no Museu Britânico.

73 – Este Mapa, além de mostrar um lago branco na direção do Rio Orenoco, mostra um outro lago em negro acima da linha equinocial, dentro do atual território brasileiro. Pode-se considerar isto como a única menção do Lago Parima no século XVI.

74 – Faço ainda referências aos Mapas nº 24 de Joan Martines, da Ilha de Majorca, de 1582, cujo nome é “América do Sul-Joan Martines”, da Biblioteca do Arsenal de Paris.

75 – nº 25 é o Mapa “América Meridional-Arnoldus Fiorentinus”, reproduzido do livro de Leo Bagrow, História da Cartografia, sabe-se apenas que ele é do século XVI.

76 – Todos esses Mapas mostram tentativas de indicar lagos abaixo do Rio Orenoco e alguns deles podem ter sido utilizados por Sir Walter Raleigh, principalmente os que se encontram no Museu Britânico. foto7

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 15

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

A PROCURA DE MANÔA ODEL DORADO E DO LACVS SALSVS PARIME, POR SIR WALTER RALEIGH

77 – Sir Walter Raleigh (1552-1618), o amante da Rainha Elizabeth I da Inglaterra, queria a todo custo descobrir  o Eldorado.

78 – Foi o primeiro, das primeiras tentativas de colonização inglesa na Virgínia, nos EUA.

79 – A nova lenda da Cidade de Ouro chamada “Manôa odel Dorado”, situada às margens de um lago chamado Parima, espalhada por todo o Caribe, aguçou a sede de ouro de Raleigh.

80 – Este descobrir inglês tinha em seu poder as mais recentes obras sobre o Novo Mundo, estudou os poucos mapas disponíveis da época, apostando na área da atual República da Guiana, como a localização da Cidade e do Lago.

81 – Um espanhol desenhou para ele um mapa falso, com a localização de um lago, com um novo nome, LACVS SALSVS PARIMA (Lago Salgado Parima), cujo tamanho negava qualquer realidade. Sendo ele navegador, descartou o mapa e não tem-se notícia do que aconteceu com o espanhol.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 16

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

A PROCURA DE MANÔA ODEL DORADO E DO LACVS SALSVS PARIME, POR SIR WALTER RALEIGH

82 – Chamaram a atenção de Raleigh, por serem corretos, uns desenhos do litoral de Cartagena até a foz do Rio Orenoco, onde apareciam lugares, portos, acidentes geográficos, bem como os 100km à montante do Rio Orenoco.

83 – Só o Rio Orenoco e o Rio Amazonas apareciam nesses desenhos paralelamente e entre eles estava localizado o Lago Salgado Parima, o possível lugar da Cidade de Manôa do Eldorado, com 1200km de extensão, alimentados por centenas de rios.

84 – Estes desenhos eram do cartógrafo holandês Joost Hondt Hondius, chamado de O Velho.

85 – Depois desses desenhos, Hondius O Velho, desenhou um mapa, em 1599, isto logo após o retorno de Raleigh para a Inglaterra, mas não se sabe se este mapa foi publicado, tendo inclusive uma confusão que explicarei a seguir.

86 – Ele deu ao lago uma extensão maior do que a do Mar Cáspio.

87 – Sir Walter Raleigh nunca chegou a ver o Lago Salgado Parima, mas o registrou em seus mapas de uso e seus desenhos com este nome e a Cidade Manôa Odel Dorado.

foto8

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 17

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

O TRÁGICO FIM DE SIR WALTER RALEIGH

88 – Sir Walter Raleigh retornou à Inglaterra, em 1599.

89 – Sendo ele amante da Rainha Elisabeth I, perdeu a oportunidade de até ser o Rei, ao casar-se secretamente com outra mulher, daí no seu retorno à Inglaterra, ter sido condenado por esta Rainha à morte, em 1603.

90 – Foi executado, só em 1618, sob o pretexto de ter entrado em choque com os espanhóis na Guiana e por outros feitos contra eles. Tudo isto por causa dos interesses superiores de um acordo de paz Anglo-Espanhol, onde o Rei Jaime I fez cumprir a pena de morte, a ele imposta por Elisabeth I, em 1603.

91 – Um pouco antes e depois da volta de Sir Walter Raleigh para a Inglaterra, surgiram apenas dois mapas.

92 – O mapa nº 27, um mapa mundial com o nome de “Theatrum Mundi”, de 1597, feito por João Batista Lamanha e Luiz Teixeira. Encontra-se este mapa na Biblioteca Real de Turim.

93 – O mapa nº 26, da Coleção da Editora Abril, chamado de “América Austral”, de 1600, de autoria e assinado por Luiz Teixeira. O seu original encontra-se na Biblioteca Nacional de Florença.

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O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 18

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

38 ANOS SEM MAPAS E NOTÍCIAS DO LAGO PARIMA E DA CIDADE MANÔA ODEL DORADO 

94 – Depois da volta de Sir Raleigh para a Inglaterra, em 1599 e do mapa “América Austral” de Luiz Teixeira, de 1600, passaram-se 38 ou 39 anos, sem mapas novos da América do Sul e notícias do Lago Parima e da Cidade Dourada.

95 – Este período foi a época de consolidação dos territórios portugueses e dos territórios espanhóis no Novo Mundo.

96 – Morreram os cartógrafos antigos, os mapas da América do Sul e dos outros Continentes deixaram de ser produzidos.

97 – Neste período é que aparecem os mapas localizados, como os das Capitanias Hereditárias, os de Cidades, os de localização de Fortalezas e outros.

98 – Não descobri nada sobre o Eldorado e o Lago Parima por esta época (38 ou 39 anos).

99 – Os serviços de confecção de mapas eram muitos e bem remunerados, ocupando todos os cartógrafos e desenhistas existentes e disponíveis neste período.

O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 19

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

OS MAPAS MOSTRANDO O LAGO PARIMA SÓ COMEÇAM REALMENTE A APARECER EM 1638.

100 – Só em 1638, que o Lago Parima começa a aparecer e ser divulgado em mapas.

101 – O mapa nº 38, da Coleção da Editora Abril,chama-se “América Pars Meridionales”, faz parte de um atlas chamado “Novus Sive Descriptio Geographica Totius Orbis Terrarum”, de Gerardi Mercatoris e Joducus Hondius. Este mapa é uma obra do cartógrafo holandês Henricus Hondius, o Novo.

102 – Vimos na parte 15, no nº 84, do índice, que um cartógrafo holandês Joost Hondt Hondius, chamado de o Velho desenhou um mapa em 1599, para Sir Raleigh. Tal mapa é o mesmo deste cartógrafo Henricus Hondius, o Novo. Notem ainda que o atlas também foi elaborado por Joducus Hondius.

103 – Vejam neste mapa o Rio Orenoco e o Rio Amazonas paralelamente, com o Lago Parima entre eles. Os descendentes de Hondius o Velho, aproveitaram-se do seu trabalho.

104 – Faço a publicação da “Carta de João Teixeira Albernás”, de 1640, apenas para mostrar que mapas de continentes voltaram a ser publicados nesta época.

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O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 20

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

MAPAS ONDE APARECE O LAGO PARIMA.

105 – O mapa nº 40, da Coleção da Editora Abril é o “Nova et Accurata Tabula”, obra de Jean Blaeu, feito em 1640, mostra o Lago Parima na linha equinocial.

106 – O mapa nº 47, o “Americae Descriptio”, feito por volta de 1650, é de autoria de Nicolau Visscher, faz parte de um grande atlas de 10 volumes e encontra-se na Biblioteca da Universidade de Leiden, na Holanda. Ele mostra o Lago Parima.

107 – O mapa nº 48, o “Amérique Meridionale I”, de N.Sanson d’Abbeville, de 1650, também mostra o Lago Parima.

108 – O mapa nº 50, o “Le Brésil”, de N.Sanson d’Abbeville, de 1656, também mostra o Lago Parima, acima da linha equinocial.

109 – O mapa nº 51, o “America Nova Tabula”, do holandês Guilherme Blaeus, de 1662, mostra o Lago Parima.

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O ÚLTIMO DIA DO ELDORADO E DO LAGO PARIMA – ÍNDICE – PARTE 21

Este é um índice de uso para a descoberta do Eldorado e do Lago Parima.

MAPAS ONDE APARECE O LAGO PARIMA.

110 – Este é o mais belo mapa do Lago Parima e da Cidade Manôa Odel Dorado, é o de nº 52 da Coleção da Editora Abril.

111 – É conhecido por “Litoral Amazônico”, uma obra do holandês Guilherme Blaeus, publicado em um belíssimo atlas, conhecido por “Atlas Major”, de 19 volumes, encadernados em pergaminho e ouro, em 1662.

112 – A primeira publicação foi em latim, depois em holandês, francês e espanhol. Exemplares especiais foram enviados como presente aos estadistas da época, não só os da Europa, mas também os da Ásia.

113 – Por iniciativa do sultão Maomé IV, ele foi traduzido para o turco.

114 – Notem a Cidade de Manôa Odel Dorado, na margem do Lago Parima.

115 – O Rio de Paria Yuyapari que aparece no mapa, pode ser o Rio Jauperí ou Yaauperi. A palavra Yaauperi, significa “Rio Caminho Para as Águas Sujas”, pois o Rio Jauperí um rio de água limpa deságua no Rio Negro, de águas negras e perto existe o Rio Branco, de águas barrentas, daí o nome “Rio Caminho Para as Águas Sujas”.

*Engenheiro civil graduado pela UFAM. Irmão do historiador Antônio Loureiro. Publica esporadicamente textos amazônicos em jornais e revistas do nosso Estado.

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