*Francisco de Abreu Cavalcante
Pertence ao quarto livro “Miséria e Utopia no Terceiro Milênio” a ser publicado em breve.
XLVII
Mas o que carrego é tristeza pela dor alheia
Sem nada poder fazer para tudo mudar,
Vejo a vida de quem algo precisa e não tem
Sequer os meios até para se alimentar.
XLVIII
Em pleno século vinte e um chegamos
Com a pobreza humana a aumentar,
Por culpa dos poderes administrativos
Que se ocupam apenas em se locupletar.
XLIX
É muito triste, mas é verdade verdadeira,
Aqui não se trata de qualquer acusação,
Trata-se de insensatez administrativa,
Levando a pobreza à infeliz degradação.
L
Vivemos em um grande pequeno Brasil,
Com poderes públicos desproporcionais,
Subtraindo recursos de trabalhadores
Impostos a trabalhar como servis animais.
LI
É lastimável saber de tanta indignidade
Sem nenhuma condição para impedir
A ação de tristes leis que determinam
Os meios para a paternidade persistir.
*Professor, memorialista e poeta. Natural da cidade de Itacoatiara.
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