Grupo Rede Amazônica a Caminho dos 50 Anos.
Projetada e montada em um espaço físico de centro ideal, utilizando o estúdio com iluminação fria e painéis de múltiplo uso, a Sucursal de Brasília tornou-se a marca da Amazônia no Planalto Central. Tendo sido a primeira sucursal das regiões Norte, Centro-Oeste e Leste do país a ser instalada em Brasília.
Com sua moderna estrutura Up-Link, integrado por satélite exclusivo às TVs Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Desta forma a integração das notícias é produzida em tempo real, da Sucursal com o jornalismo de todas as praças.
Tendo como principal destaque a Internet, com antena exclusiva, permitindo que os registros contábeis sejam feitos, tal qual toda a Rede em tempo real com informações rápidas e confiáveis.
Mantendo em tempo integral três equipes de jornalismo, produzindo matérias politicas, econômicas e sociais, direto do Planalto Central, que sejam de interesse da Amazônia. De forma moderna, mantém fibra óptica interligando o Congresso Nacional, o Palácio do Alvorada, com o estúdio mediante parceria com a Radiobras. Valendo-se de uma unidade portátil para a transmissão ao vivo em cadeia com toda a Rede. Isto quer dizer que a sucursal pode transmitir de Brasília qualquer fato jornalístico em tempo integral, cobrindo os três poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário, abrangendo a Amazônia Legal, de modo especial a Amazônia Ocidental e o Estado do Amapá.
Podemos destacar algumas conquistas jornalísticas da Sucursal em Brasília: primeira entrevista exclusiva do Presidente Fernando Henrique Cardoso para uma Rede regional, com cobertura em Goiânia, Palmas (TO), Rio de Janeiro, Resende, São Paulo, São José dos Campos, Santarém, Belém e Porto Alegre.
Elisangela Barreto e o cinegrafista Fernando Fonseca. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal
A equipe da sucursal da Rede Amazônica foi a primeira em coberturas internacionais: Bonn (Alemanha) – cobrindo a Reunião do PPG-7; Semana da Amazônia, em Nova Iorque (de 20/09 a 01/10/1996); abertura da 50,ª Sessão da Organização das Nações (ONU), pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, em junho de 1997; Carolina do Norte (USA), cobrindo jornalisticamente o Navio-Usina Elétrica Flutuante que viria para o abastecimento de energia em Manaus; promoveu na Venezuela a cobertura do Linhão de Gury de 07 a 15/11/1996, mantendo parceria internacional com a CNN (Cable News Network).
Em 30 de abril de 1991, a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da Rede Amazônica aprovou a Sucursal de Brasília. Estava assim, fincada mais uma estaca de aquariquara, esta feita na capital da República, demarcando a conquista do nosso espaço territorial e o pioneirismo que caracteriza a Rádio TV do Amazonas.
São, portanto, vários anos de plena atividade. Como todo início a nossa chegada a Brasília fora difícil, adaptação ao processo de conquista noticioso, concorrendo com várias emissoras de todo o país. O material era gerado pela Embratel, utilizando-nos da linha permanente da RBS, cuja, fronteira conosco é de apenas uma parede. Em Brasília, até o final de 2001, existiam apenas a RBS (Rede Brasil Sul), que cobre os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e, a partir de 1999, a TV Liberal/Pará, ambas como nós, afiliada da Rede Globo de Televisão.
Em março de 1995, conseguimos entrevista exclusiva de um Presidente da República do Brasil. Logo após assumir, o Presidente programou uma visita a Manaus. A sucursal conseguiu cerca de quinze minutos de material inédito. Após esta conquista, mais quatro outras foram feitas.
A Rádio TV do Amazonas fez a transmissão mais difícil da sua história, cobrindo a viagem do Presidente da República à Reserva do Mamirauá, abrindo a Semana do Meio Ambiente. Neste evento, nossos funcionários demonstraram o seu valor e, naturalmente, a criatividade cabocla. Foi instalada a antena de acesso ao satélite no telhado da única casa existente e de lá o Presidente falou em cima de uma balsa. Foi um ato tão marcante que sua excelência o Presidente da República solicitou-nos o make-off da reportagem.
Equipe que cobriu a visita do Presidente Fernando Henrique Cardoso a Xapuri, no Acre. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal
A nossa comprovada capacidade técnico-operacional, nessa e em outras viagens do Presidente à Amazônia, deu a partida para a celebração de uma parceria com a Radiobras, que outorgou a responsabilidade da Rede Amazônica nas coberturas de viagens presidenciais àquela região.
Na abertura da 50.º Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), quando Presidente da República do Brasil abordou a questão do meio ambiente, lá estávamos nós. Por tudo isso, o Presidente da República, condecorou o presidente da Rádio TV do Amazonas, jornalista Phelippe Daou, com a Comenda Grã Cruz do Rio Branco, dizendo-lhe o Presidente da República em seu discurso: Vocês são ousadas. Por essas e outras ousadias, a Sucursal de Brasília receberia como prêmio a substituição de todo equipamento antigo por equipamento Beta.
A Sucursal tem contribuído para a divulgação de questões do maior interesse para a região não só de Brasília, mas, como já foi mostrado no início, em várias outras unidades da Federação, onde são tratados assuntos da Amazônia.
Todas as experiências em transmissões do exterior acabam por nos deixar ensinamentos fantásticos. É o caso da transmissão de Bom (Alemanha), quando a sucursal cobria a 3.º Reunião do PPG-7 (Programa Piloto para a Preservação das Florestas Tropicais). Durante toda uma semana a Rede foi abastecida com material diário, gerado por satélite.
Foi a experiência mais marcante para os nossos profissionais, pois tivemos de demonstrar nossa ilha de edição, montá-la num quarto de hotel em Bonn, já que o sistema alemão é diferente do sistema brasileiro. Foi um esforço enorme, porém trouxe-nos a satisfação da imensidão amazônica e, o mais importante, saímos na frente.
Após este momento de pioneirismo na Europa, no mês seguinte fomos aos Estados Unidos cobrir a Semana da Amazônia, no World Trade Center, promovida por uma entidade não-governamental. Naquela oportunidade, éramos o único veículo de comunicação a fazer tal cobertura, o que nos rendeu matéria para a Rede Globo, que foi exibida no Fantástico.
Quando cobrimos a assinatura do protocolo, firmado entre os governos do Brasil e da Venezuela, que sinalizava o fornecimento de energia venezuelana para o Estado de Roraima, a Rede resolveu cobrir todo o percurso por onde passaria o Linhão de Gury. Este fato jornalístico fora mostrado numa série de reportagens, cobrindo o caminho percorrido desde Puerto Ordaz, onde está localizado o complexo de Macágua até a fronteira com o Brasil, cuja, inauguração ocorreu em 2001.
Ainda no campo internacional, um passo importante foi a parceria com a CNN, firmada em 16/07/1997 (World Report). Este fato nos propiciou a exibição da primeira meteria assinada pelos repórteres Sílvio Souza e Cláudia Moreira. Naquela oportunidade mostramos o Festival Folclórico de Parintins, cujos objetivos dessas parcerias são: mostrar a Amazônia como ela é, sem fantasias ou cores diferentes: mostra a nossa verdade, como somos, com a cara e a voz da Amazônia: treinar nossos repórteres, dando-lhes, chance de aprendizado em nível internacional. Este fato motivou os nossos de profissionais a dominarem outros idiomas.
Através do World Report da CNN, fora iniciado pela Sucursal o envio de matérias semanais, enquanto nossos repórteres de outras praças eram treinados em Atlanta (USA).
Ana Cunha e o cinegrafista Ricardo Alexandre. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal
A Rádio TV do Amazonas conquistou, através de sua Sucursal em Brasília, o treinamento de cinco repórteres que estão credenciados como correspondentes dessa importante emissora de TV a cabo.
Podemos citar, como exemplo da importância dessa parceria, a divulgação do incêndio da mata em Roraima, ocorrida em 1998, cuja, repercussão internacional deu-se após matéria divulgada pela CNN, através da TV Roraima, que dispõe de meios de transmissão de áudio e vídeo.
Outro fato histórico importante, em decorrência do empenho da Sucursal de Brasília, levou a Rádio TV do Amazonas a ser contemplada com o convite do governo alemão para conhecer durante vinte dias o sistema de televisão daquele país.
Se já não bastasse todo este fato, uma das repórteres da sucursal de Brasília, em 1999, fora integrada no Programa Jovens Jornalistas, que consistia em viajar pelos Estados mais importantes da Alemanha em companhia de outros jornalistas brasileiros, cujas, viagens proporcionaram experiências e conhecimentos da realidade daquele país.
Além do jornalismo do dia a dia, com coberturas ao vivo, transformou-se o sonho de integrar a Amazônia ao restante do país pela comunicação.
A Sucursal de Brasília desempenha, hoje, um dos mais importantes papéis na articulação com os três poderes da República. O contato diário com os parlamentares dos cinco Estados da área de atuação da Rádio TV do Amazonas, com as autoridades do Executivo e o acompanhamento das decisões na área do Judiciário, denotam a importância que damos aos assuntos que digam respeito à nossa região.
A Sucursal de Brasília é um referencial da Rádio TV do Amazonas no Planalto Central, com destaque para a atuação do diretor geral da Sucursal Raimundo Moreira. Hoje a Sucursal tem como diretor-geral o jovem Phelippe Daou Neto, que nesta oportunidade vem desempenhando sua função.
Brasília Hoje!
Continuando com o objetivo de ter um olhar “amazônico”, isto é, verificar o que está sendo tratado sobre a região amazônica no centro politico do Brasil. Temos atualmente uma equipe composta de três repórteres, três cinegrafistas e dois produtores que são responsáveis por realizar reportagens sobre todos os assuntos relacionados a região mais verde do planeta.
Um ponto a se destacar no ano passado, foi a cobertura da COP26 pela repórter Mayara Subtil, que utilizando tecnologia de conexão por streaming chamada de WebLink, conseguiu fazer diversas entrevistas ao vivo para todos os veículos de comunicação do Grupo Rede Amazônica e também para GloboNews.
Isto mostra que a Sucursal de Brasília dispõe de tecnologia adequada para enfrentar o desafio diário que é levar a informação de qualidade para nossa região.
Carlos Eduardo Lopes
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