Temos que valorizar todas as idades em qualquer época e ensinar ao mundo que devemos caminhar sempre juntos.
Costumo dizer que se você chegou à idade tardia significa que você obteve êxito durante a juventude, ora envelhecer é um privilégio e viver é um risco constante, portanto cada fase da nossa vida deve ser celebrada e respeitada, mas infelizmente ainda nos deparamos com o sentimento de abandono e discriminação ao envelhecer, a juventude caminha do lado oposto da experiência e sabedoria e gera um grande abismo geracional.
O jovem é reverenciado com a cultura da esperteza, inteligência, beleza, sonhos e projetos, enquanto que o idoso sofre com o preconceito da incapacidade, da perda de funções sociais, do ser que deixou de sonhar, de ter novas metas, que vive somente de lembranças, esquece tudo, não acompanha as novidades, a tecnologia, a evolução da ciência, é incapaz de promover novas expectativas construtivas, e por fim são julgados muitas vezes com deboche ouvindo em tom desagradável: velho!
A valorização excessiva da juventude faz com que não aceitemos o envelhecimento, muitos esquecem que o idoso de hoje foi o jovem de ontem. O conhecimento e toda a experiência que fez ao longo da vida não poderão ser ignorados, pelo contrário são compartilhados por gerações, vivemos uma nova realidade com uma expectativa de vida que abriram novos horizontes, a terceira idade nunca foi tão ativa, temos um novo perfil de idosos, saudáveis, ativos, e mesmo com suas enfermidades são protagonistas de suas vidas.
Portanto, temos que valorizar todas as idades em qualquer época e ensinar ao mundo que devemos caminhar sempre juntos, necessitamos uns dos outros, seja na infância, na vida adulta ou na idade tardia, valores precisam ser ensinados para que não haja o distanciamento social por opção, precisamos mudar a forma como o idoso é visto na sociedade, eduque suas crianças, conscientize seus jovens e viveremos uma realidade bem mais saudável em um futuro próximo. Cuidem-se!
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